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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Por trás do Criacionismo da Terra Jovem 21: Tecidos moles, datações e Mark Armitage

Mark Armitage: por que foi demitido?
De 2007 em diante, descobertas em tecido mole de T-rex, Hadrossauros e análises usando datação por carbono 14 em fósseis de dinossauros tornou-se um argumento recorrente entre criacionistas bastante conhecidos, pois tecido mole, conforme se argumenta, não suportaria milhões de anos. No meio do ano de 2014, uma notícia veiculada em muitos sites cristãos criou um alerta entre os criacionistas da Terra Jovem: o cientista cristão Mark Armitage é demitido da Universidade Estadual da Califórnia (UEC) por questionar a idade dos dinossauros. Como assim? Acontece que Mark Armitage trabalhava na escavação de Hell Creek, em Montana, e encontrou um chifre de Tricerátops. Ao analisar o achado com um microscópio, o cientista encontrou tecidos moles na amostra.O alarde foi geral em torno disso, já que é difícil imaginar um "tecido mole" com "milhões e milhões de anos". Mas será que ele foi demitido realmente por causa disso? E mais, será que realmente tecidos moles em dinossauros são os "melhores amigos" dos criacionistas?

Nesse artigo, procuraremos responder essas perguntas, de uma maneira de fácil entendimento. Caso você já tenha visto outros artigos da série "Por trás do criacionismo da Terra Jovem", talvez não se espante com o que verá nesse artigo aqui. Do contrário, e ainda mais se você for cristão (como eu), poderá se surpreender.

Antes de mais nada, quero agradecer pela colaboração da paleontóloga da UNICAMP, Silvia Regina Gobbo, para essa matéria do blog.

TUDO COMEÇOU COM UM TRICERATOPS

Tricerátops - como era quando vivo
A formação Hellcreck, em Montana, é bastante conhecida pelos paleontólogos. Lá, já foram encontrados diversos fósseis de dinossauros que, segundo datação relativa e absoluta, teriam vivido bem no finalzinho da Era dos Dinossauros, lá para a casa dos 68 - 65 milhões de anos a.C. E foi lá que Mark Armitage encontrou um chifre de um dinossauro conhecido como Triceratops. Não era a primeira vez que se encontrava um fóssil dessa espécie ali; já foram encontrados fósseis quase completos - e nisso inclui-se um crânio de quase 3 metros de comprimento! - de Triceratops, inclusive em diversas fases de crescimento, todos apontando uma mesma idade geológica... Mas Mark Armitage, um cientista evangélico, levou esse chifre ao laboratório e fez uma descoberta interessante: com a ajuda de um microscópio, ele detectou no chifre tecidos moles!

Mark Armitage ficou empolgado, pois ele sempre foi criacionista-da-terra-jovem - e portanto discordava dos 68 milhões de anos que a ciência dava ao Triceratops - e agora, possuía a evidência que queria em suas mãos, que poderia derrubar o Darwinismo de uma vez por todas. Bom, pelo menos foi esse o argumento que seu advogado, Brad Dacus, usou para justificar o motivo da demissão de Mark Armitage. (o tal advogado alegou também que a demissão teria sido por preconceito religioso dos academicos da UEC, mas falaremos disso mais adiante...).

Bom, quando um leigo analisa isso, a impressão que dá é a de que existe uma espécie de "conspiração" para rotular os fósseis com uma idade de milhões de anos e, assim, creditar o evolucionismo. Mark Armitage, ao fazer sua pesquisa, descobriu, supostamente, que isso não procedia e, quando tentou "desafiar" a academia, a UEC o teria demitido para que a "conspiração" em favor do evolucionismo continuasse. Muitos criacionistas acreditam nisso, e é mais ou menos o que o documentário falacioso "Expelled" tentou fazer (veja mais sobre a "tal conspiração e esse documentário aqui), logo não é a toa que essa notícia apareceu, basicamente, só em sites "gospel". Uma pesquisada rápida no Google mostra isso...

Repercussão somente em sites religiosos

Nada contra sites gospel, claro... Aliás muito pelo contrário, já que esse blog também, de algum modo, entra nessa categoria. Mas é óbvio que quando algo parece mostrar perseguição aos cristãos, acaba virando notícia nesses sites. Mas, como eu disse, PARECE...

TECIDO MOLE E CONVERSA MOLE

Mas será que essa história da conspiração para manter uma idade de milhões de anos é verdade mesmo? Uma coisa pode nos responder muito bem a pergunta: a análise em torno dos tecidos moles...

Esqueleto de Tricerátops
Como dissemos no começo do artigo, o caso do Triceratops de Armitage não é o primeiro de tecidos moles encontrados em ossos de dinossauros, e também não é o primeiro que surge como "prova contra a Terra Antiga". Em 2005, paleontólogos encontraram uma substância transparente e "flexível" (vou explicar o porquê das aspas aí) na perna fossilizada de um Tyrannoraurus Rex: filamentos de vasos sanguíneos, vestígios de células sanguíneas e de outras células responsáveis por compor e manter os ossos do animal. Tecido mole, ou melhor, moléculas orgânicas, não poderiam sobreviver há 65 milhões de anos, segundo os Criacionistas da terra jovem, logo, o animal em questão teria vivido há alguns milhares de anos e não há milhões e milhões de anos... Isso acabaria sendo um ponto em favor para esse grupo que mencionamos de criacionistas porque, segundo eles, a Terra teria somente entre 6 e 10 mil anos, idade resultante de um cálculo feito pelo arcebispo James Ussher no século XVI usando apenas como base a Bíblia - note que não é a Bíblia que fornece essa idade, mas o cálculo que James Ussher fez em torno dela.

Mas a pergunta que não quer calar: tecido mole de dinossauro é realmente o "melhor amigo dos criacionistas"? A resposta, surpreenda-se, é NÃO. E vamos explicar, de forma bem didática, porque os tais "tecidos moles" não entram em conflito com qualquer idade antiga da Terra.

Primeiramente, vamos deixar claro que, quando falamos em tecido mole em fósseis, não estamos falando em algo como um filé de peixe preparado por uma dona de casa - como certa vez exemplificou (ainda que de uma forma bem humorada) o bioquímico Marcos Eberlin - mas sim em um tecido bem duro, como concreto mesmo. Tanto é que o nome mais usual, no caso, seria "tecido não-resistente", e não "tecido mole". Os tais tecidos, quando o animal era vivo, correspondiam ou a pele, ou músculos do animal que eram "moles", mas, no processo de fossilização, eles não se preservaram moles, mas sim "petrificaram", basicamente.

Isso foi desmineralizado...
A imagem ao lado, que os criacionistas gostam de mostrar para dizer que o tecido estava flexível, corresponde ao tecido desmineralizado em laboratório. Mas o fato é que ele estava bem "duro" quando foi achado.

Mas ainda assim, podemos nos perguntar o porquê de tais moléculas orgânicas terem durado tanto tempo assim. Na verdade, realmente, isso não é algo comum de se acontecer, pois geralmente tecidos moles se decompõem e o material ósseo é substituído por minerais, formando uma espécie de molde de minerais - o fóssil. Então, o que aconteceu? Na realidade, para tecidos moles se mineralizarem, vários fatores diferentes podem acontecer. O artigo feito pela cientista e minha "amiga virtual" Silvia Regina Gobbo traz uma explicação bem detalhada para o que aconteceu: no caso do Tyrannosaurus, do Brachylophosaurus (um dinossauro "bico-de-pato") e do chifre de Triceratops deu-se por preservação por bactérias específicas que existiam no ambiente em que os fósseis se conservaram. Confira o artigo na íntegra aqui.

Outros casos de "tecido mole" conservados:

- "Tecido mole" nos fósseis de Santanaraptor: O Santanaraptor era um terópode que viveu no período Cretáceo onde hoje é o Ceará. Em seus fósseis, localizados na Chapada do Araripe (região que é de fato rica em fósseis) encontrou-se o tal tecido mole, em volta dos ossos, mas... como se desconfiou dissso? Pela coloração um pouco diferente, parecendo que tinha material em volta do osso, mas, no final das contas, tudo era "pedra", ou seja, não tinha carne mole ali...Então, colocou-se a amostra no microscópio eletrônico de varredura e checou-se que havia mesmo preservação de tecidos, fibras musculares por exemplo.

Fósseis da Fauna de Burgess Shale
- "Tecido mole" dos bichos do Cambriano: Paleontólogos descobriram fósseis com diversas partes moles extremamente preservados de mais ou menos meio bilhão de anos atrás - e isso já faz muito tempo - na formação Stephen, no Canadá (conhecida como "fauna de Burgess Shale"), e na formação de Chiungchussu, China. A composição química dos oceanos do Cambriano era muito diferentes da atual; isso bloqueou a atividade bacteriana e, portanto, a fossilização das partes moles do corpo foi possível. O engraçado é que esses animais são os "protagonistas" do "argumento da explosão cambriana", muito explorado pelo criacionismo.

Resumindo, o argumento dos tecidos moles (que na verdade nem são moles) não pode ser utilizado para evidenciar uma Terra Jovem porque, basicamente, esses tecidos não são iguais aqueles que duram pouco tempo na geladeira de casa, mas estão tão fossilizados quanto qualquer parte dura... Portanto, isso também não serve como prova de que existe uma "conspiração" entre os cientistas.

T-REX COM GOSTO DE GALINHA

Mais do que não servir de evidência para uma Terra Jovem, a presença de tecido mole em dinossauros ainda consegue servir como mais uma evidência que os criacionistas costumam frequentemente ter pesadelo: o parentesco entre as aves atuais e os dinossauros. Muitos criacionistas acham isso um delírio, num ponto tal que Marcos Eberlin mencionou que, se tivesse que dar aula sobre o parentesco das aves com os dinossauros, inventaria um atestado para faltar no dia...

E como é que tecido mole consegue provar isso? Comparação entre fragmentos de colágeno encontrado no tecido de dinossauro com o colágeno em animais atuais. A tal experiência, publicada na revista "Science" em abril de 2007, foi feita comparando o que foi encontrado no fêmur fossilizado de Tyrannosaurus rex com a estrutura molecular dos animais atuais. O que chegou mais perto, coincidente ou não, foi o frango, ave utilizada como base na pesquisa... Essa notícia repercutiu tanto na época que pessoas, erroneamente, começaram a dizer que o T-rex foi o ancestral da galinha... e qualquer cientista sério sabe que a história não foi bem assim... o registro fóssil, a anatomia comparada e alguns estudos com embriões feitos pelo cientista Jack Horner apontam que as aves vieram de uma família de dinossauros chamada Troodontidae, dinossauros emplumados que apareceram no período Jurássico, há 160 milhões de anos a.C (o ancestral mais próximo foi o dinossauro Anchiornis).

De qualquer forma, com tudo isso, o argumento que o advogado de Mark Armitage usou - de que o tecido do Triceratops que foi descoberto seria algo que desbancaria o darwinismo - é, simplesmente, errado. Bem como as conclusões que o próprio Mark Amitage tirou, e isso nos leva a pergunta que também não quer calar: se não há uma conspiração para "esconder" os tecidos moles, por que Armitage foi demitido?

QUANDO O CRIACIONISMO ENTRA NO MEIO

“Demitir um empregado por causa de suas crenças religiosas é totalmente inapropriado e ilegal”, disse o advogado de Mark Armitage por meio de um comunicado. “Mas fazer isso em uma tentativa de silenciar o discurso científico em uma universidade pública é ainda mais alarmante. Isso deve ser um alerta e aviso para todo o mundo acadêmico. ” Mark Amitage disse, sustentando a alegação do advogado, que o contrato foi encerrado com um oficial da UEC dizendo à ele: “Nós não vamos tolerar sua religião neste departamento!”.

Nenhum tipo de discriminação religiosa deve ser tolerada, sem dúvida. Se a UEC tivesse feito isso por preconceito com certeza isso seria um forte motivo para a mesma até ser processada por algum conselho de ética. Mas, como eu disse, "Se". A UEC não demitiu Armitage por sua religião. Bem, isso se você não considerar criacionismo uma religião... Mas vamos explicar melhor o que, de fato, aconteceu...

Como acabamos de ver, há diversos artigos publicados em revistas científicas descrevendo outros tecidos moles, além dos do Triceratops, preservados no registro fóssil cuja datação radiométrica excede facilmente qualquer idade estipulada por criacionistas da Terra Jovem. Quando Armitage descobriu o chifre de Triceratops, fez a análise correta para detectar tecido mole. Ele foi impecável nos procedimentos para analisar o chifre. Mas e na hora de definir a idade do chifre? Que método científico ele usou? Resposta: nenhum... Ele usou a cronologia sugerida por James Ussher em torno de uma interpretação da Bíblia...

A datação  de fósseis é feita com base em um procedimento cientifico, é determinada por uma fórmula específica que envolve o decaimento radioativo de rochas vulcânicas. Evidentemente que se Armitage optou por uma datação baseada em uma descrição bíblica, pautada no criacionismo a data seria muito mais recente. Mas o caso de Armitage foi ainda pior. Seu artigo foi publicado de modo científico, mas a sua conduta interna foi o que pesou. Mas..  por quê? Por ele ser evangélico? Não, o motivo é outro...

Ser cristão, ou ainda ser evangélico, numa universidade ou laboratório, não é de fato problema nenhum, desde que não se misture bíblia com ciência. Cito aqui 4 cientistas evangélicos que exercem suas profissões até hoje, sem problema nenhum:

A doutora Gladys é evangélica e
analista da NASA até hoje
- A astrofísica Gladys Vieira Kober nasceu em Campinas e trabalha até hoje como analista de dados da NASA

- O famoso geneticista Francis Collins foi o diretor do Projeto Genoma e continua trabalhando como geneticista até hoje.


- A paleontóloga americana Mary Higby Schweitzer foi a autora da descoberta de tecidos moles de Tyrannosaurus rex e não foi demitida por sua fé nem por sua descoberta


- O paleontólogo americano Robert Bakker é um renomado paleontólogo e exerce sua profissão até hoje

Muitos pesquisadores, além desses que citamos, que produzem artigos validando a evolução biológica e uma terra datada em bilhões de anos são cristãos e não tem problema algum em assumir a aceitação de uma Terra e vida antigas. Isso mostra que Armitage não foi demitido por discriminação religiosa... Aliás, esses 4 cientistas que mencionamos compartilham do mesmo cristianismo que o Mark Armitage, a não ser por um pequeno detalhe: Mark Armitage é Criacionista da Terra Jovem.

O Criacionismo da Terra Jovem, dadas as inúmeras fraudes que possui e por não seguir o passo-a-passo do método científico atual, é considerado pela comunidade científica como uma pseudociência, assim como a própria "teoria do design inteligente" (da maneira que ela é apresentada); mas ainda assim, esse tipo de criacionismo em questão é bem pior, pois entra em conflito com diversas áreas do conhecimento e mistura religião com ciência - afinal de contas, o método de datação de um criacionista não é outra coisa senão uma interpretação teológica, e é importante destacar que não é todo cristão que é criacionista-da-terra-jovem. Na nossa página "por trás do criacionismo da terra jovem" você pode ver o porquê do criacionismo ser uma pseudociência que engana a muitos.

Sendo assim, o Criacionismo da Terra Jovem pode ser "perigoso" se situado dentro da comunidade científica. Mas o problema é que ele pode ser perigoso dentro também do meio evangélico. Em boa parte dos casos, os evangélicos criacionistas-da-terra-jovem menosprezam, demonizam e ridicularizam os cristãos que não compartilham o mesmo tipo de criacionismo. É como se o criacionismo fosse uma "segunda religião"... Não é raro cristãos, após descobrirem todo o embuste que existe por trás do criacionismo, também perderem a crença no relato bíblico, e muito mais comum ainda é ver ateus e pessoas que não compactuam com o protestantismo "zombar" dos crentes por causa das alegações criacionistas, colocando em todos os evangélicos um mesmo rótulo. Em outras palavras, criacionismo é um problema para a comunidade científica por não ser ciência e é um problema para os evangélicos por afastar e dividir as pessoas.

Os Criacionistas da Terra Jovem
defendem que os dinossauros predadores, originalmente,
eram herbívoros - sem base científica
Visto isso, podemos ser diretos ao dizer o motivo real de Armitage ter sido demitido: não foi pelo fato de encontrar um tecido mole, mas sim,pelo fato dele divulgar uma posição pseudocientífica (criacionismo da terra jovem, no caso) e tentar validá-lo como se fosse algo científico pregando um posicionamento religioso pessoal (bem pessoal mesmo, afinal nem todo evangélico interpreta o Gênesis igual a ele), e apresentado-o dentro de um ambiente acadêmico.

O problema foi que ele analisou o Tricerátops corretamente, mas tentou pregar outra conclusão, (baseada na sua visão pessoal do Gênesis) e ignorou as reais conclusões que ele próprio teria chegado - a de que o Tricerátops tem 68 milhões de anos - em prol de uma opinião pessoal. Em outras palavras, agiu desonestamente. Além disso, ele pregava internamente na universidade o seu criacionismo. E, como dissemos, como o criacionismo bate de frente com diversos campos do conhecimento e se sustenta com fraudes e embustes, não é de se surpreender o fato da UEC tê-lo demitido.

CONCLUSÃO

Independente da circunstância, uma vez como um blog cristão, temos que ter o compromisso com a verdade, uma vez que a mentira e desonestidade são pecados diante do Deus que cremos e abertamente defendemos. Por isso mesmo, não temos medo em dizer a verdade: Tecidos moles de dinossauros não provam uma Terra Jovem, Mark Armitage foi demitido não por ser evangélico, mas sim por pregar uma tese anticientífica - o Criacionismo da Terra Jovem - , e que muitos sites "gospel" lançaram mão de "sensacionalismo" para fazer com que os cristãos de bem pensem que existe uma "caça ás bruxas" dentro da comunidade científica contra os cristãos.

Isso não quer dizer que não exista discriminação por parte de algumas pessoas quando o tema é cristianismo. O geneticista Francis Collins, em seu livro "a linguagem de Deus", admitiu ser discriminado por seus colegas por ser cristão, além do fato de que muitos ateus consideram mesmo o cristianismo como uma "ameaça" (a ATEA é um exemplo latente disso) e de que há países que proíbem até mesmo a leitura da Bíblia. Mas em se tratando de uma universidade como a UEC (ou do ambiente acadêmico em si), ela não pode demitir alguém por acreditar em Deus ou por sua religião, se a pessoa exerce sua posição como cientista de maneira correta. Como dissemos, existem muitíssimos cientistas que acreditam na salvação em Cristo e que não foram demitidos por causa disso, bem como existem muitos cristãos que acreditam numa Terra e vida mais antiga do que meros 6 - 10 mil anos de idade.

Portanto, se você é cristão, ou mesmo evangélico, e quer ser cientista, pode ter certeza que você tem tanta chance de conseguir sua vaga e de se manter numa universidade como qualquer outra pessoa. Basta apenas ser prudente e saber separar o que é uma crença pessoal do que é pesquisa científica. Agindo assim, certamente seu destino não será igual ao de Mark Armitage.

BIBLIOGRAFIA

http://noticias.gospelprime.com.br/cientista-demitido-idade-dinossauro/

http://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v10_1/PDF10_1/TDv10-Gobbo.pdf

http://netnature.wordpress.com/2014/09/02/mark-armitage-demitido-por-questionar-a-idade-dos-dinossauros-ou-porque-estava-fazendo-pseudociencia/

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL21255-5603,00.html

http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/estamos-mais-proximos-de-jurassic-park

http://science.gsfc.nasa.gov/sed/index.cfm?fuseAction=people.jumpBio&&iPhonebookId=522

http://www.burgess-shale.bc.ca/discover-burgess-shale/burgess-shale-fossils-and-their-importance

http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_T._Bakker