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sábado, 28 de julho de 2012

Por Trás do Criacionismo da Terra Jovem 15: Rachaduras e Hidroplacas






Nem todo mundo sabe, mas quem já perambulou por nosso blog já percebeu que a argumentação criacionista não se limita a contestar apenas a teoria da evolução... Eles também criticam a geologia moderna, com o objetivo de mostrar que o dilúvio foi um cataclisma que alterou toda a estrutura da Terra. É certo que o dilúvio foi um evento terrível, mas realmente ele é o responsável por todo o nosso panorama geológico moderno?

Segundo o engenheiro Walter Brown, sim. Ele (que não tem formação em geologia, diga-se de passagem) elaborou uma teoria chamada "teoria das hidroplacas", uma explicação para a formação geológica diferente da "tectonica de placas" (essa segunda formulada por geólogos peritos no assunto, ao longo de várias décadas). É um caso raro de um criacionista que realmente procurou elaborar uma tese científica, mas... ocorre que, infelizmente, a tese de Walter Brown também se enquadra nas "mentiras por trás do criacionismo" por ter bases errôneas, além de obviamente ser a favor do Criacionismo da Terra Jovem. Nessa análise da teoria das hidroplacas veremos quantos erros ela possui no âmbito científico e também quais divergências ela apresenta com a própria Bíblia.

HIDROPLACAS? O QUE É ISSO?

Mas primeiro, vamos conhecer resumidamente a teoria das hidroplacas:

Fase de ruptura: Segundo Brown, por volta de 4.500 anos atrás, a Terra teria apresentado características diferentes das atuais, com pressão atmosférica elevada (aproximadamente 6 atm), relevo de baixas altitudes e oceanos menos profundos e de baixa salinidade. Também teria possuído um único supercontinente e um lençol de água subterrâneo homogêneo de aproximadamente 1 km de espessura, com cerca de metade da atual quantidade de água dos oceanos, que se situaria cerca de 15 km abaixo da superfície. Um aumento de pressão da água subterrânea sobre rochas com menor resistência teria promovido uma ruptura da crosta terrestre, lançando violentamente uma enorme mistura de água, terra e rocha na superfície, com uma energia superior à explosão de dez bilhões de bombas de hidrogénio.[3]

Fase de inundação: Ao chegar à estratosfera, a água lançada teria congelado rapidamente, produzindo cristais de gelo que, ao caírem, teriam originado uma forte chuva torrencial, ao mesmo tempo que teriam promovido o congelamento instantâneo de animais como o mamute, encontrado na Sibéria e no Alasca.
 A água em alta pressão emergindo das rupturas teria produzido o grande volume de sedimentos que agora cobrem todo o globo terrestre. Esses sedimentos teriam soterrado plantas e animais, formando os registros fósseis. A Bíblia descreve a inundação global como sendo o Dilúvio e, segundo ela, teria ocorrido em quarenta dias de chuvas contínuas.

Fase da deriva continental: A erosão promovida pela água em alta pressão teria alargado rapidamente o tamanho das rupturas da crosta terrestre, promovendo a compressão de rochas. O leito do oceano, que até então era plano, teria começado a emergir, formando as cordilheiras mesoceânicas, cobrindo 74.000 km ininterruptos do fundo oceânico. As placas continentais, definidas como hidroplacas pela teoria de Brown, ainda contendo água subterrânea lubrificante, teriam deslizado rapidamente pelo oceano. Ao encontrarem resistência, as rochas das hidroplacas teriam sido comprimidas como uma espécie de "efeito mola", formando as montanhas acima do oceano e as fossas abissais abaixo deste. Isso teria acarretado o surgimento de oceanos mais profundos, e, ao mesmo tempo, por causa da compactação de rochas, continentes mais altos.

Fase da acomodação: O movimento dos continentes, em velocidades aproximadas de 60 km/h, teria aberto profundas bacias oceânicas, nas quais as águas da inundação teriam se retraído. Nos continentes, cada cavidade teria moldado depressões ou bacias, as quais naturalmente teriam sido preenchidas com água, produzindo os lagos. A erosão das águas continentais teria produzido cânions em pouco tempo.

É uma teoria que se apresenta como uma alternativa é tectonica de placas que diz, resumidamente, que a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido superaquecido, mas em resposta a forças repentinas, como os terremotos, comporta-se como um sólido rígido. No caso, a litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas e estas deslocam-se sobre a astenosfera.

A tectonica de placas é amplamente aceita no meio científico e acadêmico, sendo rejeitada e "ridicularizada" apenas pelos Criacionistas da Terra Jovem, que obviamente se prendem a todo custo á teoria das hidroplacas justamente por ser totalmente direcionada ao dilúvio de Gênesis; aliás a teoria das hidroplacas, justamente por isso, também pode ser chamada de "geologia do Dilúvio" . Mas seria essa geologia alternativa, defendida pelos Criacionistas da Terra Jovem, correta? Estaria fundado em argumentos sólidos a tese de Walter Brown?

EXPLODINDO O PLANETA TERRA

Muitos cristãos ficam por vezes tão maravilhados com a explicação "repleta de dados científicos" que traz a Teoria das Hidroplacas que sequer param para investigar se, de fato, essa teoria é viável. Uma investigação minuciosa dessa teoria consegue mostrar, por si só, os erros cabais desta.

Em primeiro lugar, não há uma explicação ou modelo geológico que explique como o "oceano global subterrâneo" jorrou a 5 km de profundidade no momento do Dilúvio. Segundo lugar, o núcleo da Terra, como é estritamente comprovado, é incandescente (isso porque a terra no princípio era uma massa líquida incandescente que foi se resfriando e está resfriando até hoje, daí o aumento de temperatura para 1ºC a cada 30km que se afunda na Terra), formado basicamente de metal derretido, e com isso os elementos com ponto de fusão mais baixo migram para a superfície, o que significa que se existisse realmente esse oceano subterrâneo, ele teria explodido para a superfície rapidamente no instante que teria aparecido no planeta! Como assim? Se você jogar gotas de água em óleo fervente, verá como elas explodem em direção ao seu rosto: o mesmo aconteceria com esse suposto oceano subterrâneo situado a 5 km abaixo da superfície!!

Mas aí alguém poderia alegar: mas e se a crosta com 5 km de espessura impusesse uma pressão enorme e fosse perfeitamente impermeável? Bom, para tal, só mesmo se essa crosta fosse de metal. Mas o problema é que ela nós sabemos que ela não é de metal... E mesmo que fosse, ou então que a crosta não fosse de metal mas tivesse essas propriedades mesmo assim, a Terra então seria como uma panela de pressão gigante, e quando ocorresse uma rachadura na crosta, ainda que mínima... A Terra explodiria como um balão espetado por um alfinete!

Só essa modesta e simples explicação já mostra um pouco do grau de improbabilidade dessa teoria estar certa. Mas podemos analisar também outros fatores da mesma, ou seja, a refutação não pára por aí...

DERIVA CONTINENTAL MORTAL

Um terceiro ponto, então, é a respeito da Deriva Continental.

De acordo com a "geologia do Dilúvio", a rachadura da crosta e a inundação devem ter ocorrido entre 6 e 10 mil anos atrás e dentro do espaço de 40 dias e 40 noites (o equivalente a algumas semanas), números que são refletidos pelos Criacionistas da Terra Jovem em favor do Dilúvio. Enquanto que a Teoria das Hidroplacas baseia-se nesses números, a Teoria da Tectônica de Placas diz que os continentes se movimentaram durante centenas de milhões de anos para se distribuírem da maneira que vemos hoje. Bem, então o tempo de movimentação dos continentes difere nas duas teorias.

A taxa de movimento atual dos continentes (pois atualmente eles ainda continuam se movendo) foi medida em aproximadamente 2 a 3 centímetros por ano. Essa taxa é concisa com a idéia dos continentes se movendo por milhões de anos, como diz a teoria da tectônica de placas, mas se considerada a teoria de Walter Brown levando em conta essa taxa de movimentação, os continentes devem ter se movido muito mais rapidamente. Ora, se os continentes continuassem se movendo rapidamente após as águas do Dilúvio baixarem, a Terra seria destruída devido a tremendos terremotos e atividade vulcanica intensa. Sendo assim, para isso ser viável, os continentes devem ter "freado" dentro do período de um ano após a enchente de 40 dias e 40 noites, que é o tempo que Noé levou para desembarcar. Mas... caso a velocidade fosse realmente rápida e essa freada realmente tivesse acontecido, teríamos uma outra - e trágica - história na Bíblia, mais trágica que a história registrada do Dilúvio...

Pois bem, se o movimento fosse tão rápido assim em algumas semanas, teríamos velocidades continentais de até 3 metros por hora durante esse período... Mas pera aí: a teoria de Walter Brown alega que os continentes teriam se movido a, simplesmente, 60 quilômetros por hora!! Compare: se a taxa de 3 centímetros por ano já pode acabar gerando sérios terremotos, imagine o que ocorreria numa movimentação de 60 quilômetros por hora?? Será que a arca aguentaria? Bom, suponhamos que realmente aguentasse... o final trágico se consumaria na "freada" dos continentes, quando em consequência da parada brusca dos continentes o "oceano global" seria assolado por Tsunamis de dezenas de metros de altura que esmagariam a arca (que teria aprox. 13,5 metros de altura) como se fosse um graveto.

Obviamente que a história bíblia não registra esse fim trágico de Noé e a sua arca, pelo contrário, a arca se mantém quase que intacta durante o Dilúvio, flutuando em meio ás águas, terminando repousada no Monte Ararate. Sendo assim, a teoria das hidroplacas daria um fim para a história de Noé que não se encontra na Bíblia!

AULA DE FÍSICA

Só com essa análise já deu para ver a inviabilidade da teoria proposta por Walter Brown. Mas os erros não se limitam a isso. A física também pode mostrar o quão é inviável a Teoria das Hidroplacas.

Abaixo, você irá conferir uma análise feita pelo geólogo cristão Glenn Morton de Dallas, Texas, formado em fisica pela Universidade de Oklahoma, especialista na prospecção de petróleo e gás. Morton desenvolveu uma refutação à teoria de Brown desenvolvida em resposta a uma descrição da tese criacionista dele postada na INTERNET em um newsgroup de USENET talk.origins. Confira:

"Você está realmente sugerindo o que eu estou pensando? - Vamos á aula de física. Veja só, você tem a terra construída como segue: um centro sólido, uma camada de água, acima desta camada, uma camada de granito ou basalto que bóia na água. como está demonstrado abaixo:


^ um ps de montanha = 2,1 altura de g/cc = h


Crosta da terra (densidade granito 2,65 g/cc, ou basalto 3,3 g/cc) Espessura = T


A água (densidade 1,0 g/cc) Espessura = tw


O centro da terra (densidade sólida> 3,3)


Há várias coisas para notar sobre esta situação. Primeiro, a crosta deve ser absolutamente impermeável à água. Não pode ter havido nenhum terremoto antes da inundação, pois a primeira rachadura nesta esfera permitiria toda a água escapar, não deve ter havido meteoritos também, Caso tenha ocorrido, a humanidade obteve ajuda do céu e eles jamais perfuraram a crosta.


Aí absolutamente não podem ter havido quaisquer diferenças de elevação. Os efeitos de uma carga no topo da crosta pode ser verificada ao aplicar uma fórmula de cálculo da elasticidade da lamina com a carga. A equação diferencial de quarta ordem é:


4


d z


D --. - + (pm-pw)zg = P (x)


4


dx


onde:


P (x) é a carga como uma função da distância horizontal


z é a distância que carga afundará


g é a aceleração de gravidade


pm é a densidade da crosta


pw é a densidade de água


D = ET3 /(12(1-sig)^2


onde:


E é modulo Jovem, 1011 dynes/cm^2


sig é relação do final, 0,25


O T é a espessura crítica da crosta em que a carga afunda


Para uma duas cargas dimensionais com um ½ largura, UM, a flexão da crosta é:


o max de z = cias h(ps-pw)(1-e-^LA (LA)) / (pm-ps)


onde:


O L = ((pm-pw 4 de raiz) g) / (4D))


Com uma espessura de crosta de 5 km (5 x 10^5 cm) sig =. 25, E = 10^11, temos:


O D = 1,1 x 1028


O L = 4,37 x 10-7


Agora, para uma montanha com 10 km (cm de 1.10^6) de raio e 5 km (5 x 10^5 cm) de altura (h), a espessura mínima da crosta deve ser:


= 4.1km


Uma crosta com valor menor que este se quebrará completamente com peso da montanha.


A flexão da crosta por 4,1 km provocará fratura. Isto liberaria a água imediatamente. Assim, não há nenhuma montanha. Mesmo uma colina de um quilômetro de altura faria que a crosta se curvasse por 830 metros ao redor, como um pano esticado se curva quando se coloca uma maça sobre ele.


Portanto, a crosta deveria ser perfeitamente lisa. O que transgrediria o registro Bíblico onde diz que todas as montanhas altas foram cobertas. Na concepção do dilúvio de Brown, não pode haver nenhuma montanha ou colina.


Segundo, neste modelo, deve haver pilares retendo a conexão física com o núcleo. Se não, com certeza, eventualmente a crosta encostará no núcleo. A fricção entre a crosta e a água e a água e o núcleo fariam a crosta exterior começar a mover numa forma diferente que a do interior da terra. Isto causaria turbulência e levaria a um choque. A crosta é livre para mover em relação ao núcleo em resposta a forças de maré. O h teórico de altura da maré de equilíbrio numa terra rígida é:


h = 0,5 (theta)-1 a(3cos^2 (M/E)(a/R)^3)


onde:


O E é a massa da terra


O M é a massa da lua, 1 e 0,123 respectivamente


um é o raio da terra 6378 km


O R é a distância do centro da terra ao centro da lua, 384.405 km


theta é o ângulo entre a lua e o zênite


substituindo estes valores na equação nós teremos h = 0,00358 km, ou h = 3,58 metros. Isto significa que a crosta teria naqueles dias este valor. Devido ao fato de nem o granito nem basalto serem materiais cristalinos simples, pequenas fraturas se desenvolverão entre os cristais individuais.


Suponha que a água se colocou sob 5 km de crosta, a pressão da água seria:


5 x 10^5 * 980 * 2,65 = 1,29 x 10^9 dynes = 1281 atmosferas de pressão


O gradiente de temperatura é 1º C para cada 30 m então há uns 166º aumento de C em temperatura mais ao fundo.


166 + 25º C (a temperatura de superfície) = 191º C


Uma camada de água de caverna 2 km de profundidade ao redor a terra conteria 1 x 10^24 centímetros cúbicos de água. Em 191ºC, de água a alta de temperatura conteriam 1,7 x 10^26 calorias. (1 caloria por crescimento de grau (166 crescimento de grau)). Basta Liberar esta pressão durante um minuto e a toda a terra seria cozida no vapor pois ao Dividir as calorias pela superfície exposta da terra teriámos:


aqueça /cm^2 = 1,7 x 10^26 Calorias/5 x 10^14 cms quadrado = 3,3 x 10^7 Cal/cm^2


Eu penso que Noé não poderia sobreviver a isto.


Tem mais, vi a linha sísmica do IPOD*, cada polegada dele, e não há absolutamente nenhuma evidência de qualquer água subterrânea residual ou caverna profundamente enterrada retendo água. Não há nenhuma indicação de estruturas de colapso do tamanho que seu modelo exigiria em qualquer lugar em qualquer dado sísmico que eu jamais examinei nos últimos 22 anos.


Velocidade de água

Brown diz que uma crosta com 10 km de altura de granito com uma camada de 1 km de altura de água. Tem pressão suficiente levantar uma coluna de água a 17 km (vêr pg 37 Brown., Fontes da profundeza). Que nível de água esguichando para cima e para fora da fenda será suficiente para que a velocidade da água a leve a atingir tal altura ? Ignorando fricção, isto pode ser calculado comparando a energia potencial das gotas a 17 km à energia cinética na superfície necessária impelir a água a esta altura Assim:


gh = .5v^2


onde:


o h é a altura da água, 17 km


o v é a velocidade


o g é a aceleração devido a gravidade, 9,8


Para v, nós temos v = 577 metros /seg. De acordo com a tabela de vapor citada abaixo, há um aumento de 814 vezes de volume na mudança de fase, ou seja, o vapor ocupa 814 vezes mais volume que a água.


Agora, de acordo com as Tabelas pressão (Combustão Projetar Inc., 1940), a pressão necessária para manter a água líquida a 250º F, que é a temperatura da água de Brown, é 2,02 atmosferas.


Considere um 1 tubo de metro quadrado jorrando 577 m cúbicos por segundo. Devido ao fato que 2,02 atmosfera é o peso de 20 metros de água, a água deverá subir até o topo e não se transformará em vapor até os 20 metros finais. Com a velocidade de 577 metros por segundo saindo no topo, estes 577 metros cúbicos saindo a cada segundo ocuparão 814 vezes o volume anterior a. no segundo em que água passar do ponto em que transforma-se em vapor, gerará uma velocidade de 577 x 814 = 469.779 m/s ou 469 quilômetros por segundo. Não haveria nenhuma inundação, já que nenhum vapor permaneceria na terra. A velocidade de fuga da terra é de aproximadamente 11 quilômetros por segundo. Qualquer objeto que excede 11 km por segundo deixa a terra e nunca mais retorna. Como esta teoria pode causar uma inundação?


Em realidade estes números seriam algo menores devido a efeitos da fricção, mas ainda que estivessem com erro de 90%, o vapor escaparia acima de velocidade de fuga para a terra e seria enviado a Alfa Centauri !!"

Depois dessa "aula de física", acho que pouca dúvida resta de que o modelo proposto pela teoria das hidroplacas é simplesmente inviável.

FONTES DO GRANDE ABISMO - O QUE SÃO?

Certo, então isso quer dizer que a idéia de fontes de água jorrando para a superfície

"No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram," [Gênesis 7:11]

Nesta passagem, a Bíblia fala das fontes do Grande Abismo que despejaram as águas do Dilúvio sobre a Terra, mas na verdade essas fontes não tem nada a ver com o "oceano subterrâneo" da teoria das hidroplacas (que é cientificamente inviável, como vimos), e vamos explicar o porquê.

Literalmente o Abismo de Gênesis 7:11, no hebraico, costuma ser entendido como uma espécie de vazio, o espaço, e por que não dizer em termos científicos, "vazio do espaço"... Mas alegar isso, é viável cientificamente? É viável, se considerarmos os "cometas de gelo". Os astrónomos sabem agora que os cometas de gelo são as "fontes do grande abismo", isso porque a "assinatura" química da água dos oceanos é a mesma que a dos cometas. Os cometas também podem ser "quebrados" devido ao impacto nos oceanos e, com isso, causar mega tsunamis, com ondas altas o suficiente para cobrir temporariamente montanhas.

A palavra hebraica traduzida como "janelas" ou "portas" também pode significar "a espreitar ou armar ciladas," e a palavra traduzida como "aberto" significa basicamente "liberto". Os astrónomos sabem agora que o sistema solar está rodeado por um "armazém" grande de cometas (Nuvem de Oort), dos quais alguns cometas "são soltos" para entrar no interior do sistema solar e caírem direto na Terra. Jó 38:22 pergunta: "Você já entrou nos depósitos da neve [cometas] ou tem visto os tesouros da saraiva [cometas podem ser cercado por uma enorme nuvem de granizo do tamanho de bolas de basquetebol] que eu reservo para os momentos de dificuldade?" - Veja que o tempo do Dilúvio de Noé foi realmente um tempo de angústia...

E mais: pela paleontologia existem provas de que foi justamente isso que desencadeou o dilúvio!! Em 2006 foi descoberta uma cratera de impacto de 18 km de largura no fundo do Oceano Índico, que remonta 4.800 anos atrás - final da chamada "Era do Gelo" e a data aproximada do dilúvio de Noé. Este cometa que causou essa cratera teria causado causado terremotos dezenas de milhares de vezes mais poderosos que os terremotos japoneses e gerado ondas assustadoras com o seu impacto (mas nada tão extremo como sugere a teoria das hidroplacas). Esses enormes tsunamis teriam corrido em direção ao norte da terra de Noé e até o vale do Tigre-Eufrates, no Iraque, antes de bater nas "montanhas do Ararat" na Turquia e caindo de volta para inundar a terra. Segundo alguns paleontólogos, essa catástrofe somada a chuvas torrenciais de 40 dias e 40 noites e o derretimento de todo o gelo da época teria gerado grandes inundações (que segundo a Bíblia na verdade foi uma única grande inundação...) que levaram a chamada Megafauna direto para a extinção. Sendo assim não é necessário apelar para a teoria das hidroplacas para "gerar" a catastrófica inundação de Gênesis.

CONCLUSÃO

A conclusão, então, está mais do que evidente: a Teoria das Hidroplacas contém erros graves científicos, de modo que caso ela realmente fosse real, teríamos ou o planeta Terra explodindo, ou um cataclisma que destruiria a própria arca, enfim, uma versão diferente do que a Bíblia sugere. Também vimos que as "fontes do abismo" não estão relacionados a água subterrânea, ao contrário do que Walter Brown sugere.

Por isso, temos que tomar muito cuidado e analisar criticamente tudo o que nos é oferecido. Só porque algo é chamado de "teoria científica" isso não nos impede de analisá-la criticamente (o mesmo aplica-se tanto a teoria da relatividade quanto a teoria da evolução). O cristão crê que a Bíblia é a Palavra de Deus, mas este não precisa tentar distorcer algum fato ou ir contra todos os fatos para comprovar a Bíblia. Primeiro, porque a fé é justamente crer no que não se vê, segundo, porque não há necessidade de se distorcer nada: a ciência moderna (ao contrário do que ateus e criacionistas afirmam) não contradiz a Bíblia.

BIBLIOGRAFIA:

http://analopes.com.br/blog/religiao-e-ciencia/


http://darwinismo.wordpress.com/2008/03/31/diluvio-versus-ciencia/

http://gospel.ativo-forum.com/t4345-diluvio-de-noe-o-que-realmente-aconteceu-parte-2-3

http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=2237.0


http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_hidroplacas