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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Predatismo e o Gênesis - Parte 3

A COMPLEXIDADE DOS PREDADORES

Os métodos usados na caça por parte de alguns animais é tão complexo que chega a nos assustar. Basta observar a capacidade de visão de uma águia, a perfeição de uma teia de aranha (algumas como a Nephila fazem suas teias com fios "dourados"!), a força de um leão, ou até mesmo a agilidade de uma aranha caçadora para vermos a beleza da Criação em termos relativos ao predatismo. A própria Bíblia mostra uma apreciação pelo poder de caça de alguns seres vivos (Jó 38: 39 e 40).

Agora, pense um pouco: seriam todos esses mecanismos complexos frutos de maldição? E, em caso positivo, por que vemos na Bíblia afirmações como: "Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões, Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?"(Jó 38: 39 e 40)?

Levando em conta tudo o que vimos até agora, não resta dúvida de que o predatismo não é fruto do pecado. Entretanto, isso ainda levanta uma polêmica muito grande:

- Qual foi então a maldição que caiu sobre a natureza em Gênesis?
- Por que Deus teria criado o predatismo?

Essas questões não tem resposta.. Ou tem?

A MALDIÇÃO RELATADA NO GÊNESIS

Como a Queda afetou a natureza? Qual é o significado de Romanos 8:20-22, onde isso se expressa: “Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade (futilidade), não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora;”

As palavras “futilidade” ou “vaidade” referem-se à inabilidade de alcançar um objetivo ou propósito. Toda a criação é personificada para ser, como foi, esperançosa pela transformação de sua maldição e seus efeitos. Por causa do pecado do homem, Deus amaldiçoou o universo físico e agora nenhuma parte da criação realiza inteiramente o propósito original de Deus.

NOVAMENTE, A QUESTÃO DAS LEIS DA TERMODINÂMICA

Alguns interpretam esse verso dizendo que o pecado de Adão conduziu para dentro da criação todo o tipo de deterioração natural, dor e morte. Eles supõem que a lei da entropia que descreve a diminuição da ordem no universo, não tinha efeito até o pecado de Adão e Eva. Baseado nessa hipótese, o tempo entre a criação do universo e a queda de Adão e Eva deve ser breve para explicar por que as evidências físicas não mostram nenhum período em que a deterioração e a morte não estavam em operação.

Mas existem vários problemas com essa interpretação. Primeiro, se alguém sustenta a hipótese do dia de 24 horas, em que Deus levou seis dias úteis para criar tudo, então, de acordo com Romanos 8:22, “toda a criação” deve incluir o universo e todas as estrelas. Mas se assim for, as estrelas não brilharam após o primeiro dia? Os físicos insistem que as estrelas estavam brilhando e que a entropia estava ocorrendo naquele ponto. Se esse for o caso, então a deterioração estava presente desde o primeiro dia.

Como o Dr. Hugh escreveu em The Genesis Question [A Questão de Gênesis]:

"Quando consideramos que a segunda lei da termodinâmica é essencial para a existência da vida, essencial para a alimentação, mobilidade e outras atividades incontáveis que a maioria de nós concorda ser agradáveis e boas, não vemos razão para sugerir que a lei deve ser julgada como ruim. As leis da termodinâmica foram incluídas quando Deus declarou Sua criação como “muito boa” (Genesis 1:31)."

Devemos ser cuidadosos, porém, para não confundir a criação muito boa de Deus com Sua melhor criação, ou mais especificamente, o objetivo final para Sua criação. Na nova criação não haverá leis da termodinâmica – nenhuma deterioração, nenhum frustração, nenhum gemido, nenhum sofrimento (veja Apocalipse 21:1-5). As leis da termodinâmica são boas, apesar do “sofrimento”, da “frustração” e “gemidos”, porque elas são parte da estratégia de Deus para preparar Sua criação a aproveitar as bênçãos e recompensas da nova criação.

Então, se Adão e Eva fizeram algum trabalho no Jardim, então uma perda de energia e uma certa quantidade de deterioração estava presente. Por quê? Porque o trabalho é essencial para a respiração, circulação do sangue, contração muscular e digestão do alimento. Esses são todos processos que virtualmente sustentam a vida. Adão estava trabalhando, supervisionando o Jardim do Éden (Gen. 2:15) antes de pecar. Então, Romanos 8:20-22 não poderia indicar que o pecado de Adão iniciou todo o processo de deterioração.

A CRIAÇÃO GEME - POR QUÊ?

Quando Paulo se refere ao “gemido” da criação, a que outros efeitos da maldição ele se refere? Poderia ser que em Genesis 1:28 Deus ordenou ao homem que supervisionasse o ambiente, mas como o homem pecou, o ambiente foi arruinado. O efeito do homem no ambiente é aproximadamente análogo ao resultado de mandar uma criança de 2 anos de idade arrumar o armário. Deixado de lado, o armário se tornará menos arrumado devido à tendência natural à decadência e à desordem. Entretanto, tipicamente, a criança de 2 anos de idade irá apressar o processo de decadência e desordem. Isaias 24:5 descreve a destruição do planeta que resulta da insubordinação do ser humano a Deus. Da mesma forma como se deve esperar que uma criança de 2 anos cresça um pouco antes que ajude a arrumar o armário, a criação também espera que a raça humana experimente os resultados de Deus subjugar o problema do pecado.

Mesmo os pais da Igreja, como Orígenes, que viveram de 185 a 254 d.C., interpretaram Romanos 8:20-22 indicando que a decadência estava em vigor no mundo natural desde a criação do universo. Visto que Orígenes precedeu a descoberta científica das leis da termodinâmica e entropia (que inclui o princípio da decadência) por centenas de anos, está claro que ele não surgiu com sua interpretação como resultado de uma tentativa de adaptação às modernas teorias científicas de seu tempo.

A QUESTÃO MAIS POLÊMICA

"Como poderia Deus permitir o predatismo antes da queda?" Essa pergunta, que para muita gente não tem resposta, pode vir de acrescimo á uma outra pergunta: "Existem razões que nos dizem que a dor física e a decadência devem ter existido antes da Queda?"
Por mais contraditório e "assombroso" que pareça, existem sim.

Em Gênesis 3:16 Deus disse à Eva “Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos.”. Ele não diz “introduzir”. Ele diz, “aumentar” ou “multiplicar”, implicando que deve ter havido alguma dor em qualquer caso.

Como Philip Yancey mostrou em seu livro Onde está Deus quando chega a dor? (Editora Vida), alguma dor é boa. É bom que quando eu coloco minha mão no fogo, a dor me avise do perigo. Se a dor não estivesse ali, não saberia que meus dedos estariam queimando. A dor é a maneira de Deus evitar que destruíssemos nós mesmos. Adão e Eva certamente tinham que usar o tato e podiam sentir dor no Jardim antes da Queda. Eles deveriam ter um sistema nervoso que os protegessem que qualquer perigo em seu ambiente no Jardim. Eles deveriam ser capazes de sentir a picada de uma abelha, ou que estavam se envenenando ou de serem furados por um espinho. Quando Adão e Eva pecaram, As conseqüências e o risco da dor e sacrifício não começaram, eles simplesmente aumentaram.

Enquanto o pecado que nós seres humanos cometemos causa naturalmente em nós uma reação negativa à decadência, ao trabalho, à morte física, à dor e ao sofrimento, e enquanto tudo isso está ultimamente ligado de alguma forma aos planos de Deus para conquistar o pecado permanentemente, não há nada nas Escrituras que nos force a concluir que nenhuma dessas entidades existiram antes do primeiro ato de rebelião de Adão contra Deus. Por outro lado, a revelação de Deus através da natureza fornece evidências decisivas de que alguns desses fatores existiram por um longo período antes da criação de Adão.

COMO A MORTE DOS ANIMAIS SE RELACIONA COM A EXPIAÇÃO?

Outra questão que emerge é esta. Se os animais morriam antes da Queda, isso não afeta a doutrina bíblica de Expiação? Alguns citam Hebreus 9:22, que diz, “De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão.” Eles interpretam esses versículos para dizer que “A base da mensagem do evangelho é que Deus trouxe morte e derramamento de sangue por causa do pecado. Se a morte e o derramamento de sangue de animais (ou do homem) existissem antes de Adão pecar, então toda a base da expiação – a base da redenção – é destruída.”

Mas essa é uma interpretação bíblica defeituosa. Embora seja verdade que não há remissão de pecado sem derramamento de sangue, o sangue de Cristo, não segue necessariamente que todo sangue derramado é para a remissão do pecado. Dizer que não houve derramamento de sangue antes do pecado é cometer os mesmo erros de interpretação bíblica feita por aqueles que reivindicam que não houve tempestade antes do Dilúvio de Gênesis (veja o texto sobre as coisas que a Bíblia não diz).

Hebreus 10:1-4 explica que o sangue dos animais sacrificados não eliminará o pecado. O sacrifício pela morte de animais foi um retrato físico da morte espiritual causada pelo pecado, que necessitava da morte como um substituto para a expiação, bem como o prenúncio do último sacrifício eficaz que Deus, ele mesmo, um dia providenciaria. Desde que a pena para o pecado é a morte espiritual, nenhum sacrifício de animais poderia sequer reparar o pecado. O crime é espiritual, então a expiação tinha que ser feita por um ser espiritual.

O derramamento de sangue antes de Adão pecar não afeta ou prejudica, de nenhuma maneira, a doutrina da Expiação. Sustentar esta doutrina central não exige de forma alguma um cenário de criação em que nenhuma das criaturas de Deus recebeu um arranhão ou um sangramento de ferida antes do pecado de Adão e Eva. Mesmo em um ambiente natural ideal, os animais seriam constantemente arranhados, picados, machucados e mesmo mortos uns pelos outros e por eventos acidentais.

CONCLUSÃO

Não há mais muito a se dizer. O fato é que está bem claro que o predatismo faz parte da natureza e não é uma maldição. Mesmo o cenário descrito em Isaías 65.25 e 11.1-10 não nega isso, pois ele diz respeito ao futuro glorioso que nos aguarda e não ao quadro anterior á Queda. Na nova criação, como já foi dito, o índice de deterioração será zero.

Por outro lado, vimos também por meio dessa análise a eficácia da doutrina do pecado original e, com isso, vemos também o papel central e o objetivo da vinda de Cristo á Terra, pois, o reestabelecimento da aliança do homem para com Deus só foi possível pela doação total de Jesus na cruz por nós. E não é só isso: ainda temos a esperança de morarmos num lugar que foge totalmente à nossa imaginação. Nesse lugar sim, acredito, a morte física não existirá.


OBS: Parte desse estudo foi tirada por base dum artigo que se encontra no seguinte link:

http://www.apologia.com.br/?p=513

O Predatismo e o Gênesis - Parte 2

Mas a evidência de que as plantas ao menos eram predadas pode não ser o suficiente para se explicar essa questão de forma definitiva, ainda mais porque vinculada á questão do predatismo tem a questão da morte, pois, onda há predatismo...

"DISSECANDO UM VERSÍCULO"

E nada melhor para tratarmos da questão da morte do que analisarmos cuidadosamente, e não superficialmente, um versículo que tem ligação direta com o assunto: Romanos 5:12!

“Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte", assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram”.

O que podemos aprender por meio desse versículo, realmente?

1) Através do ato de rebelião de Adão o pecado entrou no mundo.

2) A morte resultou do pecado (mas para quem?)

3) A morte se difundiu por todos os homens.

4) A morte se difundiu por todos os homens "porque todos pecaram".

5) Observe que não diz que a morte se difundiu para todos os animais – e sim para todos os homens.

Além disso, que tipo de morte o Apóstolo Paulo fala? Lembre-se que a Bíblia descreve 5 tipos de morte:

a) Morte física – a morte do corpo (Tiago 2:26)

b) Morte espiritual ou separação de Deus (Rom. 6:23; Ef. 4:18).

c) Morte eterna – a segunda morte (Ap. 20:14).

d) Morte para a lei (Rom. 7:14).

e) Morte para o pecado (Rom. 6:12)

Em Romanos 5:12, o Apóstolo se refere primariamente a “b” – morte espiritual. E Genesis 2:15-17 nos diz o porquê.

A MORTE ESPIRITUAL DE ADÃO E EVA

O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".

Deus disse especificamente para Adão e Eva que no dia em que eles comessem do fruto proibido eles certamente morreriam. Eles morreram fisicamente naquele dia? Não. Depois de pecarem, Adão e Eva continuavam caminhando. De fato, Adão viveu 930 anos de idade. Eles cultivaram a terra e tiveram filhos.

A morte especificada em Gênesis 2 e 3 por Paulo, em Romanos 5, logicamente, deve ser a morte espiritual. Quando Adão pecou, ele instantaneamente “morreu” como Deus tinha dito. Ele permaneceu vivo de forma física, mental, voluntária e emocional, mas espiritualmente ele morreu. Isto é, o homem quebrou sua companhia harmoniosa com Deus e iniciou sua inclinação ou propensão ao pecado (seu lugar apropriado abaixo de Deus). Esta é a chamada “Doutrina do Pecado Original” (não um pecado em particular, mas a tendência inerente ao pecado entrou no reino humano quando o homem se tornou pecador por natureza).

Com isso podemos considerar que:

1) A morte pelo pecado a que Paulo se refere não é equivalente à morte física. Se fosse, Adão e Eva teriam fisicamente morrido no dia em que comeram da árvore. A Bíblia fala primeiramente da morte espiritual resultando do pecado.

2) Apenas os humanos mereceram o título de “pecadores”. Apenas os humanos podem sofrer a morte através do pecado. Animais não pecam e não são chamados de pecadores na Bíblia. Além disso, não é oferecido aos animais o presente da vida eterna se eles se arrependerem.

3) A morte que Adão experimentou está cuidadosamente qualificada pelo Apóstolo Paulo em Romanos 5:12. Ele escreveu “a morte veio a todos os homens” – não para todas as plantas e animais – apenas para seres humanos.

Note também em Romanos 5:18 “Conseqüentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.” Aqui, Paulo fala sobre a queda do homem, sua morte espiritual e separação de Deus e a salvação de Deus através da morte de Cristo para conceder a salvação que pode encobrir o pecado de todos os homens. Eles devem receber esse presente pela fé em Cristo.

4) Além da morte espiritual, o homem se tornou mortal, sujeito às misérias dessa vida, e excluído da possibilidade de existir fisicamente para sempre. Em outras palavras, como resultado da Queda, Deus condenou Adão a uma expectativa de vida limitada e ao fato certo da morte física no futuro. Deus retirou o acesso à árvore no jardim que dava a Adão e Eva o potencial para a vida física eterna.

ADÃO E EVA, SIM, ERAM IMORTAIS

Como sabemos? As Escrituras nos dizem em Genesis 3:22-24.

"Então disse o Senhor Deus: "Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Não se deve, pois, permitir que ele tome também do fruto da árvore da vida e o coma, e viva para sempre". Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado. Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida."

Ao que sugere o Gênesis, Adão e Eva tinham o potencial para a vida física eterna antes, e mesmo após pecarem (mais detalhes aqui) .

Sobre isso, John MacArthur comentou em seu Estudo da Bíblia:

"Deus disse ao homem que ele certamente morreria se comesse da árvore proibida. Mas a preocupação de Deus também pode ter sido de que o homem não vivesse para sempre em sua condição lamentável e amaldiçoada. Tomado no contexto mais amplo da Escritura, expulsar o homem e sua esposa do jardim foi um ato de graça misericordiosa prevenindo-os de serem sustentados para sempre pela árvore da vida."

Novamente, antes da Queda, Deus fez provisões para Adão e Eva sustentarem suas vidas físicas para sempre; mas após desobedecerem a Deus, não apenas lhes sucedeu a morte espiritual imediata, como também Deus os amaldiçoou e lhes disse que iriam, um dia, morrer fisicamente por terem sido excluídos da árvore da vida.

Em Gênesis 3:17-19 está escrito: “E ao homem declarou: ‘Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó, e ao pó voltará’.”

Os Cristãos acreditam que quando Adão e Eva pecaram, trouxeram a morte espiritual imediata e a certeza da futura morte física. Os Cristãos também acreditam que o pecado original veio à existência naquele tempo. Além disso, Cristo é o único meio para a condição pecaminosa do homem. Mas os fatos não autorizam que os Cristãos creiam que a vida animal e vegetal morressem apenas após Adão e Eva pecarem. E com isso, a possibilidade de existir predatismo antes de Adão e Eva torna-se plausível. Mas além de plausível, veremos a seguir que a existência de predatismo na natureza antes do primeiro casal é também provável...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Predatismo e o Gênesis - Parte 1

Quem pensa que a polêmica que gira em torno dos primeiros capítulos da Bíblia é só relacionada á evolução biológica, engana-se. Existem muitas questões extremamente polêmicas que envolvem o Gênesis. Uma delas é a questão do predatismo, ou melhor, se a predação (seres vivos se alimentando de outros seres vivos) é ou não uma maldição originada do pecado de Adão e Eva. A partir de agora iremos entrar a fundo nessa interessante questão.

TEOLOGIA INFLUENTE

Nos dias de hoje os criacionistas da Terra Jovem (que se autodenominam criacionistas científicos) talvez seja a "fatia do bolo" mais expressiva do Criacionismo dentre os evangélicos. A repercução dessa teologia é tanta que algumas de suas argumentações são usadas mesmo por criacionistas da Terra Antiga... E a questão da maldição que foi jogada na Terra por meio do pecado de Adão e Eva é uma delas. E o que eles nos dizem sobre isso?

Os defensores do Criacionismo da Terra Jovem, antes de mais nada, negam que haveria morte antes da queda de Adão, e que isso vale também para qualquer ser vivo. Segundo eles, a morte física veio apenas após Adão (como resultado do seu pecado) sobre todos os seres vivos: “da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Rom. 5:12; cf. 8:20-22). Esse é um dos motivos que fazem esses criacionistas a afirmarem que a terra é jovem e que todo fóssil do extrato geológico provém do dilúvio (pois se eles admitissem que os fósseis do extrato geológico são anteriores ao homem teriam de admitir a morte e o predatismo como sendo anterior á queda do homem).

A questão é que nós temos a liberdade de poder examinar as Escrituras, de não ser uma espécie de "crente avestruz", que "engole tudo o que vê pela frente". Por isso, vamos analisar essa questão de forma muito ampla, de vários ângulos, sem, é claro, fugir do foco - a Bíblia Sagrada.

PROBLEMAS INICIAIS

O problema é que, de início, já podemos apontar alguns problemas na argumentação sobre a maldição relatada em Gênesis que acabamos de ver. Primeiro, Romanos 5:12 não diz que todos os animais morrem por causa do pecado de Adão, mas que apenas “todos os homens” morrem como conseqüência, e segundo, Romanos 8 não diz que os animais morrem como resultado do pecado de Adão, mas que apenas a criação “foi submetida à inutilidade” como resultado disso (v.20).

Quando se considera exclusivamente a questão do predatismo a situação complica ainda mais.

AS PLANTAS SÃO PREDADAS!

Herbívoros são os seres vivos que se alimentam de plantas. De acordo com o Criacionismo da Terra Jovem todos os animais antes da queda eram herbívoros, ou seja, comiam plantas. A base para essa afirmação se encontra em Gênesis 1,30: "E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi."

Lendo rapidamente, a impressão é de que o texto alega que os primeiros animais do planeta eram herbívoros. Mas estaria o texto realmente dizendo isso?

Existe um sistema na natureza chamado "Cadeia Alimentar", que tudo tem a ver com o predatismo e com Gn 1,30. Cadeia Trófica ou Cadeia Alimentar é uma sequência de seres vivos que se alimentam um dos outros. E o que isso tem a ver com Gn 1,30? Acontece que na maior parte dos casos de cadeia alimentar, no patamar mais inferior de uma cadeia trófica encontram-se os vegetais... Isso quer dizer que até os predadores se alimentam indiretamente dos vegetais, ou seja, Gn 1,30 não só diz a verdade como pode ser observado até hoje.

Falando em cadeia trófica, atente para a definição apresentada para cadeia alimentar: sequência de seres vivos que se alimentam um dos outros. Ora, se os vegetais encontram-se na maioria das vezes na base da cadeia alimentar, isso obviamente significa que os vegetais são predados... Seres vivos predados... E predatismo é onde uma espécie predadora se alimenta de outra, e nesse caso, então, a espécie predadora são nada mais nada menos que aqueles que os criacionistas não consideram "seres amaldiçoados": os herbívoros!! Observe a gigantesca contradição que temos ao afirmarmos que não havia predatismo antes do pecado de Adão e Eva.

E falando no primeiro casal, há uma ressalva relacionada ao assunto que deve ser feita: se Adão comia qualquer coisa – e a Bíblia diz claramente que Adão se alimentava – então ao menos as plantas deveriam morrer antes do seu pecado... Adão, nesse caso, seria o predador? Sim.

Esses pontos apresentados não são levados em conta frequentemente porque esquece-se de que as plantas são seres vivos, têm vida, e obviamente morrem se devoradas por um bisão esfomeado, por exemplo... Logo, essa é uma evidência simples mas com peso de que existe alguma coisa a ser repensada no pensamento dos Criacionistas da Terra Jovem.

Contudo, essa é uma das evidências; uma das muitas que veremos mais adiante...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma Questão de Sobrevivência


Na natureza existem várias formas de interações entre os seres vivos, denominadas relações ecológicas ou interações biológicas. Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos mantêm entre si. Como vimos na outra edição, as relações harmônicas se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do ou-tro. Ao contrário das relações harmônicas, as chamadas relações desarmônicas ou negativas se caracterizam pelo prejuízo causado a uma das espécies envolvidas; vejamos exemplos:

Para começar, você já observou alguma plantação de eucalipto? Se já, aposto que você notou que onde tem eucalipto é raro encontrar alguma outra planta. Pois é, algumas plantas produzem substâncias inibidoras que são exaladas ao seu redor com a finalidade de inibir a germinação de outras plantas evitando assim que surjam plantas competidoras nas suas proximidades, plantas que poderiam competir por espaço, luz e água, mas que nem chegam a germinar porque foram inibidas. O maior exemplo deste caso é o eucalipto. Essa relação é denominada de amensalismo ou antibiose que consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de uma população secretam ou expelem substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies. Os eucaliptos usam dessa estratégia para evitar a competição.

Da mesma maneira, a dissensão interna, a contenda entre irmãos, a fofoca, a maledicência entre outras coisas são estratégias de Satanás para impedir o crescimento da Igreja. Saia dessa enquanto ainda há tempo!! Jesus nos convida à verdadeira comunhão (Mateus 18:19).

As cenas de ação mais emocionantes na natureza são produzidas pelo hábito alimentar de muitos animais que perseguem e capturam as suas presas. Essa relação chamamos de Predatismo ou predação, que é uma relação desarmônica em que um ser vivo, o predador, captura e mata um outro ser vivo, a presa, com propósito de se alimentar da carne dele. Os predadores são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas. É comprovado cientificamente, por exemplo, que quanto mais tubarões habitam um recife de corais, mais saudável é o recife. Se você quer um exemplo mais próximo, pense: as cidades são infestadas de ratos e pombos, porque não tem predador o suficiente para controlar a população desses animais.

Davi constantemente lutava contra predadores que atacavam o seu rebanho. O Senhor o livrava por que Davi confiava em Deus (I Samuel 17:37). Hoje, nossos maiores predadores são as adversidades que muitas vezes vem para nos desanimar. Deus não mudou. Ele é o mesmo que livrava Davi e livra você e a mim. Basta confiarmos.
Um outro ‘predador’ super famoso, o leão, ‘macho alfa’ do bando é na verdade o que chamamos de esclavagista. Calma, é só um nominho complicado para dizer que essa relação, o Esclavagismo, ocorre entre seres vivos onde um se aproveita das atividades, do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos. E o que tem o leão a ver com isso? O leão é um esclavagista porque se aproveita do trabalho das leoas. As leoas são predadoras perfeitas e caçam para todo o bando inclusive o poderoso machão alfa...

Bem parecido com o ser humano, né?! Mas contudo, temos aprendido e o exemplo dos leões reforça que melhor é servir do que ser servido (Marcos 10:45).
E por último, o Parasitismo que é um tipo de relação desarmônica em que o hospedeiro é ‘explorado’ pelo parasito, pois fornece alimento e abrigo. Como por exemplo, o tatu quando é parasitado por um protozoário chamado Trypanossoma cruzi, raramente morre devido a esse parasitismo; mas se o ser humano é acometido pelo mesmo protozoário, ele desenvolve a Doença de Chagas. A verdade é que todo parasito causa algum tipo de dano ao hospedeiro mas isso vai depender das espécies envolvidas e da quantidade de parasitos no organismo. Quando a quantidade de parasito é grande, pode levar o hospedeiro à morte. O que mais me chama a atenção é como que esses parasitos enganam o sistema imune dos hospedeiros e as suas estratégias de sobrevivência.

Assim como os parasitos, o pecado chega de mansinho, e quando pensa que não toma conta e acaba te matando. Lave-se agora mesmo no sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (I João 1:7) e fique livre desse parasito maldito!
E detalhe: Aquelas espécies que não comem carne também são predadores, o predatismo deles é chamado de Herbivorismo, são "predadores ferozes de plantinhas indefesas".

Retirado de: http://ocaminhoiepcj.blogspot.com/2010/10/biologando.html

OBS: brevemente será discutido numa postagem a questão do predatismo dentro do assunto Criação X Evolução. Aguarde...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As pragas do Egito: como elas aconteceram?


Há algum tempo atrás, alguns arqueólogos afirmaram que as dez pragas que de acordo com a Bíblia foram enviadas ao Egito em resposta á negação do Faraó em libertar o povo hebreu (escravo nessa época) realmente aconteceram e estariam ligadas á fenômenos da natureza (confira o link aqui). É verdade que, realmente, Deus manipulou a natureza em favor do Seu Povo. O grande problema é a explicação dada a essas pragas por essa divulgação... e por quê? Porque a explicação dada na verdade não se encaixam com os relatos bíblicos, por incrível que pareça. Um exemplo claro é a afirmação sustentada com relação á morte dos primogênitos. A afirmação tradicional é que ela tenha sido causada por um fungo que pode ter envenenado o abastecimento de grãos, dos quais meninos primogênitos teriam prioridade em receber os alimentos da colheita, e por isso foram a primeira vítima. Entretanto, essa hipótese não se encaixa com a visão bíblica, pois segundo a mesma o anjo da morte teria passado á noite e exterminado todo primogênito, da noite pro dia. Ademais, os primogênitos, por essa tese, seriam as primeiras vítimas, mas não as únicas, o que contradiz mais ainda o texto bíblico.


Com isso, a impressão que pode dar á princípio é de que as evidências para as pragas bíblicas são escassas. Será?


Existe uma explicação paralela á esta, exibida no documentário "O Êxodo Decifrado", sendo essa explicação muito mais plausível com o texto bíblico, pois tem também como base registros arqueológicos, que são indisponíveis na tese tradicionalmente posta. Abaixo segue essa explicação acerca das pragas enviadas por Deus.

UM VULCÃO DEU O PONTO DE PARTIDA...

Existem, pelo menos, uma dúzia de relíquias arqueológicas que sugerem que o êxodo aconteceu três séculos mais cedo que alguns estudantes bíblicos tradicionalmente calculam. Pela reinterpretação em arte dos museus em Luxor, Cairo, Atenas e em outros lugares, provavelmente o êxodo teria acontecido por volta de 1.500 a.C, e tal época é a mesma da expulsão do povo Hicso pelo faraó Ahmés ou Ahmose. Esse período também estaria compreendido na faixa temporal em que alguns geólogos acreditam que um vulcão localizado a 650 km ao norte do Egito, numa ilha vulcânica chamada Santorini, situada ao extremo sul do grupo das Cíclades, no Mar Egeu, e a cerca de 200 km a sudeste da cidade de Atenas, entrou em erupção no mediterrâneo oriental, ocasionando o uma série de catástrofes naturais, conectadas e desencadeadas como em um “efeito dominó”, uma após a outra.

Em suma, o Delta do Nilo, onde situava-se o reinado faraônico e habitavam os israelitas (a região de Avaris), era, naquele período geológico, um canteiro de atividades vulcânicas e transformações geofísicas.
Interessantemente, os fragmentos de uma estela com hieróglifos egípicios trazem narrações descritivas que coincidem com as descrições bíblicas sobre as “pragas” e a “fuga do povo hebreu”, porém do ponto de vista egípcio.

ÁGUAS EM SANGUE, RÃS E MOSCAS

Com base em explicações geológicas e um fato semelhante registrado no ano de 1986, existe a possibilidade de que as águas dos rios egípcios teriam se tornado vermelhas com a liberação de substâncias químicas (como o dióxido de ferro) após tempestades sísmicas subquáticas ocasionadas pela intensa atividade vulcânica em toda a região. Com isso, as águas ficariam de cor vermelho-marrom (cor de sangue) e envenenada com o excesso de gases expelidos através de fissuras subquáticas.

Com as águas do Nilo envenenadas, peixes teriam morrido (como aconteceu em Camarões e conforme nos diz uma das pragas egípicias), e os anfíbios teriam saltado para as margens do rio, em busca de ar, produzindo assim outra das dez pragas bíblicas (quando rãs cobrem a terra). Quando as rãs morreram, a putrefação e decomposição de seus corpos teriam fomentado a produção de uma superpopulação de insetos, especialmente piolhos e moscas-do-estábulo, o que nos levaria às quatro pragas onde “mosquistos atormentam homens e animais”, “moscas escurecem o ar e atacam homens e animais”, “peste atinge animais”, e “pústulas cobrem homens e animais”.

Vale lembrar também que as águas enveneadas por gases naturais (como o dióxido de ferro) causam feridas no corpo, como bolhas de sangue e pús, tal como aconteceu em muitos dos habitantes de Camarões, nos idos de 1986.

GRANIZO E GAFANHOTOS

A partir das intensas revoluções geofísicas se operando no Delta do Nilo, as condições climáticas sofreram mudanças severas. A chamada “chuva de granizo”, que destruiu plantações inteiras, teria decorrido do choque entre o vapor e fumaça espelidos pelo vulcão e a umidade da atmosfera. O calor intenso combinado ao frio atmosférico pode criar não apenas granizo como tempestades elétricas torrencias que, para os antigos, poderiam assemelhar-se a fogo caindo do céu.

E a praga dos gafanhotos? Que na região da África existem gafanhotos que formam "nuvens" disso nos já temos certeza. Possivelmente, ainda, o gafanhoto que assolou o egito pode ter sido o Locusta migratoria, que todos os anos causam altos prejuízos na lavoura. No tempo do Êxodo, provavelmente ráfagas de ventos que sopravam em direção ao Cairo (uma vez que o clima sofria os efeitos das mudanças geológicas) ocasionaram a migração de milhares de gafanhotos do gênero Locusta para lá.

A “Escuridão” que teria encobrido o Sol por três dias provavelmente foi uma ação decorrente das nuvens de fumaça expelidas pelo vulcão Santorini e que chegavam a 37km de altura, bem como dos gases tóxicos lançados pelo vulcão e de tempestades de areia ocasionadas pela agitação climática, formando uma escuridão que os judeus chamavam de “escuridão palpável”, assemelhado-se metaforicamente à uma escuridão eclipsadora.

O ANJO DA MORTE MATA UM A UM

Como conseqüência natural da ação vulcânica subterrânea, o Delta do Nilo então teria sido assolado pela emissão de gases químicos que até então estariam contidos no rio Nilo, misturados à água subquaticamente (tal como o dióxido de ferro, que teria avermelhado a água no início), e que teriam subido à sua superfície em forma de bolhas, após o abalo sísmico que pertubara a mansidão das águas, ocasionando que os gases viessem à tona.

Com base nas explicações geológicas e no fato histórico ocorrido em Camarões, em 1986, há a hipótese de que o lençól gigante de gases venenosos assolou toda a região ao redor do Nilo, sendo uma das causas possíveis da morte das crianças egípicias (a “décima praga do egito”, a morte dos primogênitos egípcios). Nos acontecimentos naturais que envolveram a população de Camarões no ano de 1986, foi registrado algo impressionantemente parecido: da população que habitava próxima aos lagos envenenados, todos aqueles que dormiram rente ao chão amanheceram mortos, contaminados com os gases emitidos pelos lagos; o mesmo acontecendo com animais terrestres, como bois, cabras e galinhas.

No que consta sobre os registros egípcios, naquele tempo os primogênitos, que tinham uma posição privilegiada, dormiam no térreo e outras em porões (quando se tratava de habitações de um piso ou dois). Possivelmente, no período em que os gases inundaram a cidade como uma névoa densa e venenosa, os judeus estariam em vigília, comemorando a Páscoa, enquanto muitos egípcios estariam dormindo. Essa explicação casa com a descoberta de vários corpos de crianças, todas do sexo masculino, encontrados em valas improvisadas, como se houvessem sido enterradas emergencialmente, como se se tratassem de vítimas de alguma “doença epidêmica”.

Observe que, em contrapartida da explicação que costuma ser apresentada para essa praga, a hipótese sugerida pelo documentário possui uma probabilidade maior de ter realmente acontecido e ainda se encaixa com a descrição da décima praga registrada na Bíblia.

Não resta dúvidas: Deus manipulou a natureza em favor do Seu povo.

CONCLUSÃO

Embora ambas as hipóteses falem de fenômenos em efeito dominó, devemos lembrar de que Deus é o criador e mantenedor da natureza. Uma gota de orvalho, uma folha de árvore não cai se Deus não permitir. No tempo do êxodo, vemos o cenário em que Moisés, escolhido por Deus para libertar os israelitas, debate com faraó ordenando que libertasse o seu povo... Dez vezes Faraó negou e dez vezes pragas assolaram o Egito, até que Faraó acabasse, por hora, a permitir a saída do povo hebreu do Egito. Deus, como podemos ver, manipulou a natureza em favor dos seus servos. A questão é que o Deus dos tempos faraônicos é o mesmo Deus de hoje. Sendo assim, não iria ele agir também em favor daqueles que o temem? Há algo a se pensar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Besouros aquáticos são interessantes, mas vamos com calma...


Temei a Deus e daí-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. Apocalipse 14:7.

As pessoas prendem tanques de ar nas costas e ficam debaixo d'água até uma hora. O besouro mergulhador ou Ditisco (gênero Cybister, por exemplo) , entretanto, consegue fazer isso com mais simplicidade e permanece submerso por mais tempo. Apoderam-se duma bolha de ar e submergem. A bolha serve como pulmão. Ela retira bióxido de carbono do besouro e o difunde na água, e extrai o oxigênio dissolvidona água, para ser utilizado pelo besouro. Já o besouro aquático asiático (gênero Hydrophilus, foto) é ainda mais eficiente: ele consegue estocar ar dentro de seus élitros, de modo que consegue ficar submerso por muito tempo também.

Ao observarmos os mistérios da natureza, podemos nos admirar. Mas esses sentimentos não devem ser exagerados a ponto de as pessoas reverenciarem a própria natureza. Estrelas e animais são adorados. Na Índia, o boi; no Egito, a serpente; e na antiga Babilônia, o Sol.

Hoje, através de movimentos como a Nova Era, há um ressurgimento desse equívoco, o panteísmo, ensinando que a natureza é Deus. Há grupos espiritualistas que exibem uma borboleta, outros um arco-íris ou o Sol como símbolos. Essa doutrina faz o ser humano desviar os olhos do Criador e voltá-los para si mesmo.

A primeira mensagem angelical nos chama para adorar o Deus que fez o céu, a Terra, o mar, as águas, os animais, o homem e a mulher. Sim, iremos continuar admirando a natureza, as formas, as cores e os hábitos que Deus aplicou a Sua criação. Tudo isso mostra o Seu bom gosto e a Sua habilidade como Arquiteto da natureza. Por tudo o que fez e por tudo o que é, somente Deus é quem é merecedor de nosso louvor e adoração. Para sempre...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Serpente do Éden


Um dos temas que despertam interesse de estudo na Bíblia é a respeito da serpente que, segundo o terceiro capítulo de Gênesis, tentou Eva e fez com que, assim, a humanidade fosse corrompida. Como era essa serpente? Ela falou por si só ou algum “espírito” a manipulou? A partir de agora faremos uma análise muito cuidadosa acerca dessas questões.

Mas antes de "dissecarmos a serpente do Éden", é bom deixar claro de que esse estudo parte do pressuposto de que a narrativa de Gênesis não seja alegórica, mas sim um relato. É claro que existem as interpretações alegóricas da narrativa de Gênesis... Mas aqui estamos tratando do assunto dentro da visão judaico-cristã, que aliás é a visão desse blog.

Vamos começar.

A SERPENTE FALOU SOZINHA?

Quase todos os cristãos de hoje afirmam que a serpente não falou sozinha com Eva, mas que o diabo é quem usou a serpente como “fantoche” e tentou Eva dessa maneira. No entanto, muitos judeus e outras pessoas afirmam constantemente que a Bíblia não diz que a serpente foi usada por Satanás, mas sim que ela “falou por si só” porque era a criatura "mais astuta que Deus havia criado". Afinal a serpente do Éden foi “possuída” ou não?

Cientificamente falando, a possibilidade de uma serpente falar sozinha é zero. Isso porque as serpentes são surdas, são mudas (não possuem cordas vocais) e tem a língua bifurcada, e isso as impossibilitaria de falarem por si só. A única chance de uma serpente ter falado algum dia seria a do caso se tratar de algo sobrenatural. É aí que entra Lúcifer.

Então, uma interpretação plausível seria a de que Nachash (o termo em hebraico para a serpente do Éden) era Lúcifer, o líder dos anjos caídos, que possuiu uma serpente para "arruinar a Criação". A associação de idéias apóia-se, gramaticalmente falando, na associação de uma palavra cognata de nachash com cobre ou latão e daí com "brilhante", forçando a aproximação com "Lúcifer", "portador de luz".

O Antigo Testamento não costuma "fazer animais falarem". As únicas exceções são a serpente do Éden e a jumenta de Balaão, mas esta fala por milagre de Deus, o que não é o caso da serpente do jardim do Éden, que obviamente não foi usada por Deus. No entanto a Bíblia evidencia que, realmente, quem fez o “milagre” da serpente falar foi Satanás, pois em Apocalipse, Satanás é chamado de “A antiga serpente”(ton ophin ton archaion, em Apocalipse 20:2). Logo, não resta dúvidas: a serpente não falou por si só; de acordo com a Bíblia, Satanás a induziu.

Uma questão que poderia se levantar por curiosidade seria: por que Satanás se apoderou de uma serpente, e não de um crocodilo, por exemplo? O texto bíblico de Gênesis 3 e a ciência possuem a resposta.

Gênesis 3,1 diz que “a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito”. Esse talvez seria o motivo de Satanás ter escolhido seletivamente a serpente.

As serpentes fazem parte de um grupo diverso de répteis. Elas são animais surpreendentes biologicamente falando: uma serpente consegue engolir presas maiores do que a boca, e se é capaz de fazer incríveis contorcionismos, devido o corpo ter centenas de vértebras. O crânio da cobra é uma modificação do crânio dos diápsidos (lagartos), onde a articulação mandibular permite uma grande abertura da boca, uma vez que os maxilares das serpentes não são fundidos. A variedade de serpentes (ou Ofídios) é impressionante: existem serpentes aquáticas, tropicais, em regiões frias, arborícolas, cavernícolas, enfim... as serpentes, devido á excelente adaptação que adquiriram, conseguiram dominar quase todos os ambientes.

Só essa pequena análise basta para justificar o porquê de Satanás se apoderar de uma serpente.

A MALDIÇÃO MODIFICOU A SUA ESTRUTURA?

Analisando a narrativa de Gênesis 3, vemos que os primeiros seres humanos e antepassados da humanidade, Adão e Eva, foram advertidos por Deus de que, se comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morreriam, o que fizeram tendo sido instigados pela serpente, tendo Eva aceitado a instigação primeiro e oferecido a fruta a Adão, que aceitou. Como resultado, então, a malícia começa a se manifestar em seus corações: cobrem-se imediatamente, envergonhados por estarem nus. Se escondem de Deus também. Ele, ao encontrá-los, pergunta porque se escondiam, quem lhes havia dito que estavam nus, e se eles o haviam desobedecido, quanto à árvore. Eles confessam o pecado, mas, covardemente, tentam justifica-lo, jogando a culpa um no outro. Após a confissão de Adão e Eva, Deus amaldiçoa a serpente (Satanás), por ser a causadora de todo este infortúnio. Essa maldição se encontra em Gênesis 3, 14:

"Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida."

Muitos cristãos afirmam, baseado no versículo acima, que antes a serpente não rastejava, que só começou a rastejar graças á maldição. Estes abrem duas hipóteses com relação á diferenciação que a serpente do Éden possuía com relação ás espécies modernas antes do pecado original.

Uma delas é a de que antigamente a serpente possuía asas. Existiria essa possibilidade? Ou melhor, a Bíblia fala isso? O fato é que não há em nenhum momento a afirmação ou descrição na Bíblia de que a serpente antes da maldição possuía asas; a “serpente alada” faz parte da mitologia de muitos povos como hindus, gregos, aztecas, maias, etc. O dragão citado em apocalipse é chamado de "A antiga serpente", mas isso quer dizer que o dragão representa Satanás, e não que a serpente em sua forma original era alada.

Ainda também existe a questão científica. Segundo a ciência existiria a possibilidade de uma serpente ter tido asas e voar? Temos que entender que para voar, não basta só ter asas. Algumas leis da aerodinâmica devem ser obedecidas, em virtude de uma coisa chamada “Lei da gravidade” descrita por Newton, segundo a qual, existe uma força de atração entre os corpos cuja intensidade é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa. Portanto, além de asas, é preciso que todo o corpo possua uma estrutura aerodinâmica. Os pingüins, por exemplo, tem asas mas não voam, assim como os avestruzes e inúmeras outras espécies de aves que, não obstante até mesmo tem asas, contudo, seus corpos, anatomia e disposição de seus músculos não oferecem ao indivíduo portador de asas a menor condição para voar...

Com os répteis voadores que realmente existiram no passado, como os pterossauros, a regra continuava a mesma. O maior deles, o Quetzalcoatlus (ao lado), mesmo tendo 12 metros de envergadura alar, possuía ossos ocos (para superar a lei da gravidade), tal qual as aves, e uma estrutura aerodinâmica perfeita, além de asas que se formavam de forma similar á dos morcegos modernos.

Entretanto, uma serpente possui o corpo esguio, sem ossos leves, o que é o oposto de uma estrutura aerodinâmica. Além do mais, onde seriam e como seriam as suas asas? O fato é que não existe qualquer estrutura no corpo da serpente que indica que esta possuía asas e voava. Mas e o que dizer da a serpente planadora (Chrysopelea paradisi)? Como o nome diz, esta espécie plana, não voa, e mesmo assim usa esse recurso para "saltar" de uma árvore para a outra. A presença de asas atrapalharia, e não ajudaria a serpente planadora em suas manobras. E mesmo que os dragões cuspidores de fogo tenham existido (a Bíblia no livro de Jó dá margem para a existência desse bicho e estudos recentes na paleontologia também estão abrindo essa possibilidade) eles certamente devem ter tido uma estrutura aerodinâmica, diferente da serpente. (retirado de informações de Syel Ragm Ivo)

A outra hipótese é a de que, antes da maldição, a serpente possuía pernas. Essa afirmação é de certo modo plausível e ao mesmo tempo também não é. Isso porque as serpentes modernas possuem, realmente, "patas vestigiais". Muitos criacionistas afirmam que isso é o que sobrou das pernas que, antes, a serpente possuía. Entretanto, levando em conta o registro fóssil, a história "muda de cara".

De acordo com a paleontologia, os primeiros ofídios apareceram em meados da Era Mesozóica, há 100 milhões de anos atrás, e além de possuírem habitos aquáticos, possuíam pernas. Na verdade, o estudo da transformação biológica que as gerações de ofídios sofreram durante o período da Criação, no início, foi cheio de controvérsias entre os paleontólogos, mas hoje tem-se um panorama mais sólido da questão.

Um antepassado provável dos ofídios parecia realmente uma cobra com patas e seu nome científico era Tanystropheus. A classificação anteriormente dada a essa espécie era como pertencente ao grupo dos ofídios, porém estudos mais minuciosos provaram que a criatura era um Prolacertiforme, mas a posição genealógica da espécie não muda em muita coisa, pois os prolacertiformes foram, até onde as evidências mostram, antepassados diretos de cobras e lagartos.

Algumas cobras da Era dos Dinossauros possuíam diminutas patas, como o Pachyrhachis (foto ao lado). Já no Eoceno a coisa muda, pois a Giganthophis, ou Anaconda gigante, não possuía pernas e seus fósseis datam dessa época...Ou seja, as cobras modernas surgiram no 6º dia de acordo com os fósseis, porém antes de Adão. E mesmo que existissem fósseis de cobras com patas no registro Cenozóico (6º dia), existe um fato que não se pode ignorar: tanto o extinto Tanystropheus como o também extinto Pachyrhachis eram animais rastejantes.

Mas então no que realmente a serpente foi afetada com a maldição? O que a Bíblia quer dizer em Gênesis 3?

Assim como a questão das asas, a Bíblia não diz em específico que o animal usado para tentar Eva havia tido pernas e que depois as perdeu. Mesmo que as palavras de Gênesis 3:14 possam levar alguns a pensar que esse tenha sido o caso, não precisamos concluir que, antes dessa maldição, as serpentes eram diferentes das de hoje fisicamente falando. Por que não?

Em especial porque o verdadeiro alvo da condenação de Deus era Satanás — o espírito invisível que fez mau uso daquele animal inferior. A Bíblia chama Satanás de “pai da mentira” e “a antiga serpente”, como já vimos. Essas expressões pelo visto se referem ao fato de Satanás ter usado um animal visível, a serpente, como seu porta-voz para induzir Eva a desobedecer à ordem de Deus(João 8:44; Apocalipse 20:2).

Deus criou as serpentes e, aparentemente, Adão tinha dado esse nome a elas antes desse ato enganador de Satanás. Não se pode culpar a serpente irracional que falou com Eva. Aquele animal não tinha condições de saber que Satanás o manipulava ou de entender o julgamento de Deus contra os desobedientes.

UMA PROFECIA DE MUITO TEMPO ATRÁS

Então, por que Deus falou do rebaixamento físico da serpente? O comportamento típico da serpente no seu ambiente natural, rastejando em seu ventre, simbolizava muito bem a condição rebaixada de Satanás. Tendo antes usufruído uma posição elevada como um dos anjos de Deus, ele foi relegado a uma condição rebaixada (a Bíblia afirma ainda em 2 Pedro 2:4 que Satanás e os demais anjos caídos foram lançados no "tártaro", ou inferno).

A questão da afirmação "pó comerás todos os dias da sua vida" exprime também a condição do Opressor.
Vejam bem: serpentes realmente rastejam, mas... elas não comem pó! Agora observemos esta afirmação sob o prisma espiritual: Satanás é o pai da mentira (João 8:44) e tem o poder da morte (Hebreus 2:14)... podemos considerar que os pecadores e seus pecados são uma espécie de alimento para ele. Observe que, em muitas citações da Bíblia, o pó está relacionado á morte física (leia Eclesiastes 3,20 e Gênesis 3,17-19). Fazendo uma analogia, a serpente (Satanás) realmente passou a alimentar-se de "pó"!

Além disso, assim como uma serpente literal pode ferir o calcanhar de uma pessoa, Satanás, em seu estado rebaixado, "machucaria o calcanhar" do “descendente” de Deus (Gênesis 3:15).

Esse versículo às vezes é chamado de “O Primeiro Evangelho” porque prediz a vinda dAquele que nasceria da semente de mulher e “pisaria na cabeça” da semente da serpente, enquanto que a semente da serpente conseguiria apenas “ferir o calcanhar”. E temos aqui uma referência sobre a vinda do Messias, o prometido libertador (Jesus Cristo), que lutará com o diabo. Ele veio da semente da mulher. A semente do homem não é mencionada, somente a da mulher, o que tem implicações na nascimento de Cristo a partir de uma virgem. O diabo “feriu o calcanhar” de Jesus quando Jesus foi morto na cruz. Mas Jesus “feriu a cabeça” de Satanás, um golpe fatal, renascendo da morte, vencendo o pecado, a morte, o inferno e... A sepultura.

Essa "maldição", como podemos ver, trata-se de uma das primeiras profecias relatadas na Bíblia, Assim, ao amaldiçoar aquela serpente visível, Deus ilustrava apropriadamente o rebaixamento e, por fim, a destruição da invisível “antiga serpente”: Satanás.

CONCLUSÃO

Não há dúvidas de que realmente foi satanás que indiziu Adão e Eva a desobedecerem a Deus, por meio de um ofídio indefinido.
Contudo, é de extrema importância que venhamos nos lembrar de que, ainda hoje, o mesmo ser que se apoderou de uma serpente continua a enganar muitos na atualidade, por meio de falsos ensinos, por exemplo. Não é a toa que a Bíblia muitas vezes o chama de "Vil tentador" ou de "Enganador". Que possamos, então, ter discernimento e conseguir resistir ás tentações que o inimigo das nossas almas coloca em desfile á nossa frente. Mas é claro, sempre ter em mente também que "maior é o que está em nós do que o que está no mundo". O poder de Satanás não pode com o de Deus, pode ter certeza!

Referências:
http://www.fbchenderson.org/Porqueomundoestaumabagunca.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pecado_original
http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Nachash
http://teophilo.info/analises/naosubliminar.php

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Análise crítica de crítica ao Criacionismo da Terra Antiga

No blog "Mocidade Presbiteriana", o moderador do blog postou um comentário dizendo que a sequência da criação do Gênesis contrariava a coluna geológica, o que seria uma prova de que a coluna geológica é falsa e que os dias de gênesis foram em 24 horas terrenas e não no tempo de Deus.

Façamos então uma análise bíblica-científica para ver se afinal de contas a coluna geológica e a Bíblia são exclusivas. Na postagem o criacionista disse:

Baseando em Gn 1, temos:
- A Bíblia ensina que a terra existiu antes das estrelas

Gênesis 1, assim como já comentei, é narrado sob o ponto de vista de um observador terrestre. Analise o texto abaixo:

Previamente, no 1º Dia, usou-se a expressão: "Haja luz". O termo hebraico ali utilizado para "luz" é 'ohr, que significa luz em sentido geral. Mas no 4º dia, porém, a palavra hebráica para luz já é outra: Ma.'or, que significa a fonte de luz. Uma tradução mais específica do termo hebraico 'Ohr é como "luz difusa", e de Ma.'or, no versículo 14 do 1º capítulo de Gênesis, significa "algo produzindo luz". No primeiro Dia criativo, a luz difusa evidentemente penetrava nas faixas envolventes da Terra, mas as fontes dessa luz não podiam ser vistas por um observador terrestre por causa das camadas de nuvens que envolviam a Terra. Já no 4º dia, a atmosfera sofreu alguma alteração, de modo que podiam ser visíveis as fontes de luz: sol, lua e estrelas, demarcando assim os dias terrestres e anos. (Retirado do texto: "Os Dias da Criação parte 4" desse mesmo blog e do livro "A VIDA - QUAL SUA ORIGEM?".)

Com a explanação acima abre-se a possibilidade das estrelas terem existido antes da Terra.

- A Bíblia ensina que inicialmente a terra estava coberta pelas águas

A coluna geológica evidencia que a terra, assim como vemos em Gênesis (terra sem forma e vazia), não era sólida no princípio. Assim como é citado em Gênesis, a terra seca é posterior aos oceanos. O 1º continente, Rodínia, foi uma única porção de terra seca que antecedeu e muito a criação da vida.

- A Bíblia ensina que as árvores frutíferas aparecem antes dos peixes

Antes dos peixes modernos já haviam árvores aqui. As árvores do período Devoniano eram aparentemente similares ás de hoje, mas só a aparência externa. Nenhum dos peixes dessa época fazem parte da fauna de hoje; as famílias modernas de animais aquáticos só seriam definidas no fim da Era Mesozóica (5º dia). Esse fato, ao invés de ir contra o gênesis, se encaixa com a descrição do relato bíblico.

- A Bíblia ensina que a vida vegetal existiu antes do sol

Vide trecho que fala das estrelas.

- Os primeiros animais a serem criados foram as baleias

A Bíblia não afirma isso. A palavra em hebraico para baleia é Taninim, que significa monstro marinho (Almeida traduziu como baleia porque no português tradicional "baleia" possui esse significado), sendo que de acordo com a literatura hebráica monstro marinho faz referência á dragões. Coincidentemente ou não, na Era mesozóica os tipos de aves modernas se definiram, e nessa época é que haviam os dinossauros. Ora, qual animal que já existiu mais se assemelha com um dragão do que um dinossauro ou outro arcossauromorfo?

E mais: a bíblia cita a Criação dos seres viventes a partir do 5º dia mas isso não impede de ter existido uma criação anterior omitida no relato de Gênesis. De acordo com a coluna geológica antes da Era Mesozóica houve uma fauna que foi exterminada por uma extinção conhecida como Permiana. Somente a fauna vegetal não mudou muito a aparência...

Em outras palavras, a Bíblia não fala que os primeiros animais criados foram as baleias.

- Os pássaros foram criados antes dos insetos

Outra afirmação sem base bíblica. Isso porque em Gênesis a criação dos artrópodes é simplesmente omitida. Não há registro em Gênesis de quando Deus criou os artrópodes. Porém, pela coluna geológica fica claro que eles surgiram no 3º dia, paralelo ao processo de criação da vegetação.

Conclusão

Antes de se "atacar" essa ou aquela tese é necessário se estudar bem sobre o assunto antes de gerar um confronto. Da mesma forma, antes de falar de Bíblia enquanto relato é necessário se estudar sobre para não falar algo que não codiza com a realidade.

Para saber mais sobre os Dias da Criação, acesse aqui.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O pecado do Rei Davi

Davi foi um importante rei de Israel, para ser mais exato, o segundo rei, e perdoe o trocadilho, também o "segundo" o coração de Deus. Quem nunca ouviu a história do menino que derrotou um gigante com uma funda? Esse foi Davi!

Porém, sabemos que homem que é homem é falho... todos nós estamos sujeitos a pecar. Por que seria diferente com Davi?

Com base nisso, o pastor Cassio Reis da IEQ Alves Dias elaborou uma reflexão interessante. Leia e tire proveito do que podemos aprender com esse fato:

Versículo-tema: Salmos 51: 1-13

Quando a gente se depara com este salmo, algo que fica muito claro sem a necessidade nenhuma de que seja um teólogo para entender e discernir este texto bíblico, é que a situação do salmista, o problema ou a crise que ele enfrenta é pecado. E o pecado de Davi aqui foi ter possuído uma mulher que não deveria ser possuída por ele, e ainda o pior de tudo, ter arquitetado a morte de seu marido com a intenção de cobrir seu erro, no caso a gravidez de Bateseba. E o detalhe de que o homem que tem a capacidade de fazer isso,é nada mais nada menos que o homem que a Bíblia se refere a ele como o homem segundo o coração de Deus, um homem que tinha provado do milagre e da presença de Deus em sua vida. E toda vez que alguém que conhece ou conheceu Deus de verdade, cai em uma situação assim, com toda certeza o único sentimento que é gerado dentro dele é de dor, de frustração e de separação de Deus. E eu não tenho dúvida nenhuma que foi exatamente isto que Davi sentiu em sua alma e em seu ser.

Todavia este salmo de Davi, ou neste salmo ele nos mostra o que devemos saber quando se descobre que pecou, ou que está em pecado. Em primeiro lugar devemos:

1- Olhar para dentro de nós e enxergar que somente Deus pode nos levantar. Versos 1-2.
· Compadece de mim segundo a tua benignidade:Se existe perdão é totalmente em função desta bondade divina que extrapola a compreensão humana que tem como tendência não querer perdoar.
· Segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga minhas transgressões: Davi sabia que se existia uma única chance de mudança, de refrigério de alma, e de perdão, isto só seria possível mediante o amor e misericórdia Divina.

2- Assumir nossa condição, não buscando encontrar um culpado para nossos erros. Versos 3-5.
· Pois eu conheço minhas transgressões, o meu pecado está sempre diante de mim:Note que discernimento da vida tem este homem, não culpa ninguém, não transfere responsabilidade a ninguém, pelo contrário assume o que fez.
· De maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar: O principal, não culpa Deus, o contrário exime Deus de qualquer falha, não foi como Adão que culpou indiretamente a Deus pelo fato de ter criado a mulher.

3- Clamar a Deus a graça e o perdão, pois somente Ele pode nos trazer a vida de satisfação e de alegria de volta. Versos 6-12.
· Purifica-me com hissopo e ficarei limpo, lava-me e ficarei mais alvo que a neve: Os homens sempre nos acusarão, sempre lembrarão do pecado, mas quando Deus perdoa, não existe mais acusação.
· Faze me ouvir jubilo e alegria, cria em mim um coração puro, restitui-me a alegria da salvação: Fica claro a dependência da volta da comunhão divina para se viver realizado e com prazer.

4- Somente tendo a certeza do perdão Divino tenho paz e autoridade para fazer a obra do Senhor. Verso 13.
· Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos: Devemos saber em nome de Jesus que as pessoas não estão interessadas na tese propositiva do Evangelho, o que vai causar impacto na vida das pessoas é a minha conduta, o que de fato sou, não o que apenas digo ser.
· E os pecadores se converterão a ti: Apenas após confessar o pecado e receber o perdão de Deus, é que teremos autoridade para pregar o evangelho na certeza de que o pecador será transformado e salvo.

Conclusão:

Devemos saber que todos nós estamos sujeitos a cair, alias isto é uma verdade da palavra de Deus, “Aquele que está em pé olhe, para que não caia”!(I corintios 10:12, mas é extremamente importante sabermos que apenas Deus pode nos levantar, e que de fato este é o desejo do Pai Celeste a nosso respeito, pois Deus tem prazer em perdoar.

Confira o texto original aqui.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Criação especial ou Criação gradual?

Já foi comentado aqui mesmo, há um tempo atrás, sobre a questão do Ex-nihilo, o "nada" citado na Bíblia, de onde Deus teria formado a matéria, o mundo físico, a Criação. E como vimos também, admitir que Deus formou a matéria do "nada" e que fez os seres vivos do "Adamah", pó da terra, não entra em conflito com a ciência, pelo contrário, existe uma harmonização entre ambas as partes.

Porém, a questão das origens não é tão simples de se resolver, pois existe um dilema ainda maior: Deus criou os seres vivos geneticamente (gradualmente) ou com um onomatopéico "puff"?

Por isso, nesse artigo iremos discutir a questão da Tese da Criação Especial.

Antes de dissertarmos sobre o assunto é preciso que saibamos o que é a Tese da Criação Especial.

Essa tese apregoa que literalmente Deus criou ser vivo por ser vivo em questão, talvez, de milésimos de segundos; ou seja, Deus deu a ordem e "puf!", aparece um elefante... Essa tese é baseada numa interpretação bíblica dos versículos 6 ao 9 do salmo 33. Também baseiam-se no próprio livro de gênesis, quando lá diz que Deus fez cada ser vivo "conforme suas espécies"
Superficialmente falando, essa tese parece que codiz com o texto bíblico.

Porém, se tal tese estiver certa, a margem para a evolução das espécies torna-se nula, biblicamente falando, pois se Deus criara cada ser vivo de forma 100% sobrenatural e num piscar de olhos, nenhum animal teria de ter ligação com nenhum animal.

Mas qual é a verdade nisso tudo? Deus criou os seres vivos em milésimos de segundo ou usou algum mecanismo complexo para criá-los?


A BÍBLIA DEFENDE A ANCESTRALIDADE COMUM?

Ancestralidade comum é uma das leis que fazem parte da Teoria Científica da Evolução. De acordo com ela, toda a diversidade de determinada espécie veio da ramificação genética de determinada população de uma espécie anterior, de modo que pode-se traçar uma árvore filogenética da vida.

Em Baraminologia, um ramo novo do Criacionismo tradicional, a Lei da Ancestralidade Comum é aceita, mas com algumas limitações (sobre as limitações deixo o assunto para uma próxima postagem).

De qualquer forma, a Lei da Ancestralidade Comum vai na contramão de uma das concepções relativas á Tese da Criação Especial, ou seja, admitir que os seres vivos podem sofrer alterações pode ser considerado "um ponto a menos" para a tese aqui discutida.

De acordo com a ciência isso pode ser observado e está mais do que comprovado. Confira o artigo no Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Origem_comum

Mas o que a Bíblia diz sobre isso? A Bíblia é contra ou a favor de tal lei?

Os chamados "fixistas" (inclui-se nesse grupo as "Testemunhas de Jeová" e muitos evangélicos no mundo todo) acreditam que Deus criou todas as espécies que existem atualmente. Mas esse conceito resulta de uma má compreensão do termo "segundo a sua espécie" do livro de Gênesis.

O termo em hebraico para "espécies", na Bíblia, é Baramin e não possui o mesmo significado para espécie na denominação científica, mas sim é traduzido corretamente por "tipo". Uma leitura cuidadosa da gênese bíblica mostra que o texto está afirmando que Deus criou muitos tipos de organismos em um dia da criação (sobre os dias da criação confira os posts relacionados aos Dias da Criação nesse mesmo blog). O termo não diz nada sobre se eles podem ou não mudar, pelo contrário, observe que o texto deixa claro de que Deus os criou conforme suas espécies, ou seja, o Criador criou-os de acordo com o tipo de cada ser vivo, de acordo com a variedade das espécies. Portanto a Bíblia dá margem óbvia para a Lei da Ancestralidade Comum. E de quebra ainda dá margem para as modificações nas espécies, outra propriedade da evolução biológica.

Qualquer semelhança com a evolução biológica seria mera coincidência? Esse é um ponto a menos, então, para a Teoria da Criação Especial...


ORIGEM DO PÓ: A PRINCIPAL OBJEÇÃO

Outro ponto relativo á Tese da Criação Especial é a respeito de como Deus criou os seres vivos. Diretamente do "Ex-nihilo" ou de alguma matéria inorgânica pré-existente? Para os defensores da Tese da Criação Especial seria do "Ex-nihilo".

Entretanto, assim como foi mostrado no artigo "a questão do Ex-nihilo" e como pode se ver em Eclesiastes 3.20, não só o homem mas todos os animais vieram de matéria inorgânica. Surpreendentemente, a origem comum de todos os seres vivos a partir de um único ponto inicial também é uma propriedade da evolução. Logo, a Bíblia estaria codizendo com os principais conceitos que se situam na Teoria Científica da Evolução. E se é assim, a possibilidade de uma "criação especial" diminui mais ainda.


ATEMPORALIDADE IGNORADA?

Já comentamos diversas vezes aqui sobre a atemporalidade de Deus. Em várias passagens bíblicas fica mais do que claro de que Deus está além, muito além, do tempo e espaço. Admitir que a criação foi gradual e não "num puf" vai contra essa questão de atemporalidade?

Em todas as muitas passagens bíblicas que se diz que Deus criou todas as coisas é dito que tudo veio a existir pela Sua Palavra (Hb 11,3). No verso 9 do Salmo 33 isso é ressaltado quando diz-se que "Deus deu a ordem e logo tudo apareceu". Mas a pergunta que não deve ser ignorada (e quase todas as vezes é) é: a pessoa (ou ser) que deu a ordem é sujeita ao tempo-espaço ou está além dele? Supondo que (obviamente) quem deu a ordem para que as coisas viessem a existir foi Deus, a resposta claramente é que quem deu a ordem para que as coisas viessem a existir está além do tempo-espaço. Ora, levando isso em conta, por que o "logo tudo apareceu" teria de ser obrigatoriamente temporal, sendo que quem deu o comando para que as coisas fossem criadas é atemporal??

Mesmo em admitir-se isso, é bom deixar claro que segundo consta a ciência a formação de novas espécies não foi tão lenta como se pensava antes, e se comparado com o tempo de formação da terra a vida se desenvolveu "com pressa", ou seja, tudo apareceu "logo" mesmo. A Tese do Equilíbrio Pontuado demonstra muito bem isso.

A CRIAÇÃO GRADUAL

De qualquer forma, podemos notar que não é necessariamente bíblica a idéia de Deus criando seres vivos num "puf!". Admitindo a criação como sendo gradual, podemos inclusive chegar a mesma conclusão apresentada pelo evangelista Elisio Lunardeli, da Assembléia de Deus:

"Mas a narrativa (do Gênesis) tem ainda um segundo objetivo: o de pôr o homem em contato com toda a criação, ou melhor, o de colocá-lo em posição de primazia perante todos os seres criados. Por isso vemos Deus a agir gradualmente na Sua obra criadora, que atinge, com a formação do homem, o ponto culminante dessa obra-prima de Deus."
Em outras palavras, aceitar uma Criação gradual e não "especial" não só é viável como evidencia a inerrância bíblica, uma vez que quem escreveu o relato de Gênesis foi Moisés e mesmo assim tal relato codiz com os estudos recentes que a Ciência nos fornece.
Levando em consideração, ainda, o fato de que é Deus quem nos cria em particular (em diversas referências bíblicas vemos a alegação clara de que Deus é quem nos "molda" no ventre da nossa mãe") a idéia de criação "por evolução" se salienta mais ainda, pois novas espécies surgiriam por alterações genéticas, e se é Deus quem faz a genética de cada criatura em particular que Ele cria, é de se concluir logicamente que cada ser vivo novo que surgiria na Terra teria sido criado por Deus, o que ressalta ainda mais o título de Deus como o Criador absoluto de todas as coisas.

NÃO EXCLUA TOTALMENTE A CRIAÇÃO ESPECIAL!

Isso não quer dizer, no entanto, que Deus não tenha poder para efetuar uma criação em milésimos de segundo. Deus tem poder para tudo, mas faz tudo também conforme a Sua vontade. Na Bíblia temos um exemplo claro disso, em Êxodo capítulo 8 do versículo 16 ao 19, onde todo o pó da terra do egito (poeira, nesse caso) surpreendentemente se transforma em piolhos. Isso é aceito por fé, pois é algo sobrenatural, um milagre. É claro que realmente a essência de todo ser vivo é pó, como a Bíblia mostra várias vezes, mas surgir do nada, em milésimos de segundo, é algo que só o poder de Deus pode explicar.


CONCLUSÃO

A Teoria da Criação Especial é bem antiga e foi concebida desde o alvorecer do catolicismo romano, e desde então ela é pouco questionada. No entanto, nós temos o privilégio hoje de poder analisar a Bíblia em detalhes, coisa que antigamente era privilégio só dos membros do Clero católico. E consequentemente podemos avaliar, pela própria Bíblia, se esta ou aquela tese teológica é a mais realista.

Foi o que foi feito aqui com relação á Criação Especial. É grande o número de cristãos que a aceitam sem sequer verificar se ela é viável, apenas aceitam só porque esse ou aquele teólogo falou. E no final das contas verificamos que muita coisa ainda precisa ser revista sobre o assunto...

Que nós, como cristãos, venhamos ter discernimento dobrado e analisar constantemente as Escrituras, para que assim sejamos guiados não por teologias, mas sim pela Palavra. Como eu costumo dizer: Não é a teologia que deve guiar a Palavra, mas sim a Palavra é que deve guiar a teologia.


Sinais de Alossauro X Sinais do Fim


Assim também quando virem acontecer estas coisas, fiquem sabendo que o tempo está próximo, pronto para começar. Mateus 24:33, BLH.

A história conta que pesados herbívoros (gênero Apatosaurus) estavam na água arrancando as folhas das árvores quando dois Alossauros (Allosaurus fragilis), carnívoros de 12 metros de comprimento, avançaram sobre eles rapidamente. Um dos Alossauros fincou seus dentes afiados na cauda de um desses herbívoros, que sem conseguir fugir, caiu de lado, afundando pela metade no lodo do rio.
Apareceu então o outro Alossauro, e o destino daquele herbívoro foi selado.
Os dois mataram-no e comeram a vontade, deixando para trás o cadáver sangrento.

Esta cena pôde ser reconstituída através de um achado nos EUA, onde nítidas marcas de dentes de um Alossauro foram encontradas nos ossos fossilizados da cauda de um Apatossauro, que deveria ter sido arrancada com extrema violência.
Além disso, no mesmo local foram encontrados alguns dentes de Alossauro. Este achado mostra que o Alossauro caçava em bandos e não se alimentava só de carniça, pois se o Apatossauro já estivesse morto, ele não precisaria tê-lo mordido tão ferozmente.

Graças aos sinais deixados pelo registro fóssil podemos reconstituir cenários ocorridos há tempos muito remotos. E assim como os fósseis nos “contam fatos” ocorridos há muito, Jesus falou de vários sinais que indicariam o tempo de Seu retorno à Terra. Sinais no mundo físico (terremotos, destruição da natureza), no mundo social (guerras, fome, doenças, desobediência aos pais, falta de amor na família) e no mundo espiritual (falta de fé em Deus, ódio, amargura etc.).

Tem gente que gostaria de ter uma data fixa para agendar esse momento e se preparar para ele. Mas Deus resolveu dar sinais indicadores. O que você sente ao olhar ao seu redor e ver esses sinais? Não precisamos ter medo. Podemos levantar os olhos para o céu com alegria, e agradecer ao Senhor porque o grande dia está chegando, o dia da vinda de nosso Deus e nosso Salvador. As cores, formas e sons do mundo mostram isso. Fique firme.

domingo, 27 de junho de 2010

Qual o problema da evolução?

Existiriam problemas éticos envolvendo a teoria da evolução?

Na verdade, na evolução ateísta ou puramente naturalista, existem vários...

Esse fato por diversas vezes alimentou a richa Criação X Evolução. Isso porque o problema na situação não está no conteúdo que a teoria da evolução apresenta, mas sim, na conclusão tirada acerca dela. Como assim?

A tese de que todo ser vivo descende de um mesmo ponto e que eles podem sofrer variações é muito antiga, e vai desde os tempos antigos. Até o Erúdito Agostinho, segundo consta, tinha uma concepção similar á evolução. Mas não há dúvida de que ela (a teoria da evolução) conseguiu se popularizar com Charles Darwin e ser reconhecida como ciência; e os problemas éticos da teoria da evolução, bem como o conflito com a Bíblia, começam exatamente nesse ponto...

O evangelista Elisio Lunardeli, da Assembléia de Deus, fez uma citação interessante acerca dos valores antiéticos da conclusão ateía que se toma á teoria da evolução. É fundamental que se saiba acerca dessa questão, pois isso explica a real origem da guerra criacionismo X evolucionismo. Veja esta citação abaixo:


"Deve ser explicado às pessoas que sustentam esta posição (evolucionismo teísta) que, historicamente, a teoria inteira foi elaborada para explicar o desenvolvimento da vida em princípios mecânicos puramente naturais, sem necessitar de qualquer influência divina. Darwin e seus colegas fizeram os maiores esforços para derrubar o argumento pela existência de Deus, baseado na evidência de haver desígnio na natureza, e exploraram todos os exemplos concebíveis de disteleologia e de falta de propósito que poderiam descobrir. Mencionaram o fato que dos milhares de ovos depositados pela mãe-peixe, só uma porcentagem mínima sobrevive para atingir a maturidade, e que poucas sementes caídas duma árvore sobrevivem para produzir novas árvores. (Assim, convenientemente, deixava-se de mencionar o estoque de gêneros alimentícios armazenado para outros animais por causa desta superabundância). Fazia-se um esforço consistente de explicar o universo sem a existência de Deus. Por este motivo, o evolucionismo darwiniano tomou-se a filosofia oficial dos principais movimentos ateus do século vinte (tais como as formas mais puras do Nazismo e do Socialismo Marxista). A concessão de Darwin, de que um poder superior pudesse ter suprido a matéria-prima original e os impulsos vitais que deram origem à evolução no princípio, nem por isso deixou de ser uma negação completa da revelação hebraico-cristã. Levou inevitavelmente ao resultado que os conceitos de moral e de religião que se descobrem na raça humana sejam considerados a mera combinação fortuita de moléculas, não representando, portanto, qualquer realidade espiritual.

O evolucionismo, como filosofia ou cosmovisão realmente envolve uma negação aberta de realidades espirituais, assim como rejeita também a existência dum Deus pessoal. Todos os seus principais expoentes têm declarado isto em termos inequívocos. O livro de Ernst Haeckel, The Riddle of the Universe – “O Enigma do Universo” (1929) adotou a tese de evolucionismo para desaprovar a religião sobrenatural, tornando-se assim, uma das maiores influências em prol do ateísmo do século vinte. G. G. Simpson declarou que uma aceitação total do evolucionismo é inconsistente com a crença de que Deus está ativo no universo. O próprio Charles Darwin, numa entrevista com um repórter dum jornal, pouco depois da publicação de “A Origem das Espécies”, simplesmente deu de ombros perante a questão moral em toda a sua totalidade. Quando lhe perguntaram se seu livro não mostraria a cada criminoso como justificar suas atividades, Darwin disse que a acusação era “uma boa sátira”, e deixou o assunto sem resposta. Levando em conta fatores como estes, parece ser um procedimento dúbio para o cristão convicto que quer ser leal às Escrituras, declarar-se evolucionista, a não ser num sentido muito restrito - um sentido que de fato seria totalmente inaceitável a Darwin e a todos os seus seguidores. Para o cristão, não há alternativa a não ser reconhecer a seleção “natural” como sendo a seleção divina, seja de maneira direta, seja de maneira indireta."

Por que deixamos a última frase do texto em negrito?

Porque devemos saber que o fato de que a evolução ateísta ter bases antiéticas não quer dizer que a teoria da evolução, em si, seja errada. Pelo contrário, muitas descobertas recentes atestam em favor dessa tese científica, que aliás está muito bem fundamentada (cientificamente falando).

Antes de Darwin, a maioria dos defensores de teses similares ao evolucionismo eram teístas e muitas vezes, como Agostinho e Lamark, cristãos. Darwin era cristão também no princípio, no entanto ele fez com que a evolução, uma tese que poderia inclusive servir de evidência para a inerrância bíblica, fosse "jogada aos porcos", virando descrente em Deus e voltando esta para a visão ateísta. Foi um erro cometido por Darwin (alguns dizem que ele antes de morrer se arrependeu deste erro) que repercute até a atualidade.

Como cristão é importante que não venhamos a concordar com os ateus no sentido de que a evolução é antiteísta, pois Deus é o Criador inclusive da Ciência. Sendo assim, não atestaria a ciência á favor d'Ele?

Há algo a se pensar...


Fonte: http://evangelistaelisio.blogspot.com/search/label/Estudo%20Biblico%20Parte%201

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Os Dias da Criação (parte 4)

Com o que acabamos de ver nos tópicos anteriores, a possibilidade dos dias de gênesis terem sido de duração maior, para o nosso tempo material, do que 24 horas torna-se maior.

Entretanto, como eu disse na 1ª postagem do artigo o assunto é bem extenso...

O DILEMA DO 4º MANDAMENTO

"Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou. " - Êxodo 20:8-11 ( grifo nosso)

As pessoas que discordam dos dias de gênesis serem dias no tempo de Deus usam a passagem acima para justificação de que os dias de gênesis foram dias no nosso tempo.

Na realidade, a "semana da Criação" teve seus dias durando 24 horas no tempo Kairós, incluindo o sábado, dia sétimo, assim como para nós uma semana é um período de tempo extremamente ínfimo para Deus enquanto para nós possuem "longos" dias de 24 horas. O conteúdo no versículo 11 de Êxodo 20 pode ser interpretado como uma analogia; dessa forma não há alteração na mensagem que quer passar, pois tanto sendo no nosso tempo como no tempo de Deus, "sábado é sábado" (lembrando: não sou adventista do sétimo dia).

O SENTIDO DO PROCESSO CRIATIVO

É espiritual e religioso o objetivo da narração de Gn 1. A formação dos seres vem manifestar as relações entre Deus e as criaturas de sorte que só a fé as compreenderá devidamente: "Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente" (Hb 11.3). Só o crente, portanto, compreenderá o alcance da narração; mas não admira que por vezes surjam hesitações, perante as dificuldades de interpretação.

Mas a narrativa tem ainda um segundo objetivo: o de pôr o homem em contato com toda a criação, ou melhor, o de colocá-lo em posição de primazia perante todos os seres criados. Por isso vemos Deus a agir gradualmente na Sua obra criadora, que atinge, com a formação do homem, o ponto culminante dessa obra-prima de Deus.

CONCLUSÃO

O que foi mostrado acerca dos Dias da Criação foi apenas uma pequena explanação; ainda existem muitos argumentos e dilemas em cima dos Dias da Criação, e posteriormente eles serão seriamente comentados nas próximas postagens, conforme necessidades.

Mas o que se conclui de tudo isso é que, realmente, não só os Dias da Criação foram dias literais no tempo de Deus, ou Kairós tecnicamente falando, mas que também as descobertas paleontológicas se encaixam surpreendentemente com o primeiro capítulo de Gênesis, comprovando que, ao contrário do que muitos dizem por esse mundo afora, a Bíblia é sim a Palavra de Deus.


Para finalizar, volto a exibir o versículo 4 do salmo 7, que foi escrito por Moisés (o mesmo que por inspiração escreveu Gênesis) , na tradução "Fiel e Corrigida de Almeida", que mostra de uma forma muito clara a atemporalidade do nosso Deus:

"Porque mil anos aos teus olhos são como um dia, como o dia de ontem, que passou"



Fontes:
http://evangelistaelisio.blogspot.com/2009/11/antropologia.html
http://www.programamomentoscomjesus.com/Apolog%C3%A9tica/a_biblia_dias_criacao.htm
http://cienciadacriacao.blogspot.com/2010/06/criacionismo-os-dias-da-criacao-foram.html
Livro "A vida; qual sua origem? Criação ou Evolução?"

Os Dias da Criação (parte 3)

Tomando a conclusão de que os Dias da Criação são períodos de 24 horas para Deus (tempo Kairós), a situação sem dúvida dá margem a uma terra bem mais antiga do que defendem os Criacionistas da Terra Jovem.
Porém, aparentemente a alegação (aparentemente) pode apresentar problemas, como:

- Como Deus pode ter dito que tudo que havia feito era bom se durante os dias da criação prevalecia na natureza a seleção natural (Lei do Mais Apto)?

- "Tardes" e "Manhãs" no tempo Kairós seriam grandes períodos de claridade e escuridão. Resultado: toda a vida na terra seria exterminada...

Perguntas sem resposta?

Vejamos o próximo tópico:

O SOL E A LUA

Por mais que muitos crentes digam que a luz anterior ao 4º dia seja luz divina, admite-se que os primeiros seres vivos, em especial as plantas, não poderiam sobreviver sem a luz e o calor do sol. Como explicar então a criação das plantas e outros seres vivos antes do sol e da lua como diz a Bíblia? Há duas opções e nenhuma delas é inválida:

- Sobrenatural: Não dá para saber como as plantas e outros seres se sustentaram sem o calor do sol. Talvez o sobrenatural somente explique esse evento.

- Sol e Lua já existiam desde o começo da Criação; porém no 4º dia eles tornam-se visíveis no céu.

A última alternativa é a mais provável, por mais incrível que possa parecer.
Previamente, no 1º Dia, usou-se a expressão: "Haja luz". O termo hebraico ali utilizado para "luz" é 'ohr, que significa luz em sentido geral. Mas no 4º dia, porém, a palavra hebráica para luz já é outra: Ma.'or, que significa a fonte de luz. Uma tradução mais específica do termo hebraico 'Ohr é como "luz difusa", e de Ma.'or, no versículo 14 do 1º capítulo de Gênesis, significa "algo produzindo luz". No primeiro Dia criativo, a luz difusa evidentemente penetrava nas faixas envolventes da Terra, mas as fontes dessa luz não podiam ser vistas por um observador terrestre por causa das camadas de nuvens que envolviam a Terra. Já no 4º dia, a atmosfera sofreu alguma alteração, de modo que podiam ser visíveis as fontes de luz: sol, lua e estrelas, demarcando assim os dias terrestres e anos. Ademais, isso fica ainda mais claro quando vemos que quando diz "E Deus passou a fazer (‘a-sah’) os dois grandes luminares [...]", no sentido original do hebraico não significa "criar", mas sim para realizar, ou levar a termo.

Por outro lado, povo hebreu não era um povo de ciência avançada... Portanto, é de se esperar que o relato da Criação fosse passado de uma maneira que ficaria fácil de ser compreendido por esse povo, e com isso fica claro que Gn 1 não deve ser considerado como relato jornalístico preocupado em descrever como Deus criou, mas como uma afirmação de fé do autor sobre quem criou o mundo e o que é o homem.

Tendo por base as duas considerações acima, conclui-se que o texto narra os eventos da Criação sob o ponto de vista de um observador terrestre. Ou seja, o sol e a lua ficariam discerníveis no céu terrestre só a partir do 4º dia, antes disso só viria para a Terra o calor e luz do sol. Realmente, antes de um certo período geológico chamado Carbonífero, a atmosfera terrestre era muito densa, de modo que ficaria difícil mesmo discernir os "luminares" no céu. Mais uma vez, a ciência atesta daquilo que pode se ver nas Escrituras.

Mas ainda existe mais algumas coisas para se ver...


A TARDE E MANHÃ: PRINCIPAL DIFICULDADE?


Ao se citar cada "dia" em Gênesis diz-se também que houve tarde e manhã. Sendo esses dias no tempo de Deus, o que dizer das tardes e manhãs? Seriam simbólicos ou grandes períodos de claridade e escuridão?

É certo que sendo os dias da criação literais, como já bem vimos, a interpretação de "tarde e manhã" como simbólico não tem qualquer base e se torna ilógico. Logo também são literias, fazem parte do relato.

A segunda "opção" é que estes fossem grandes períodos de claridade e escuridão. No entanto, admitir isso seria admitir também que a vida teria sido gravemente afetada, pois com grandes períodos de claridade e outros de escuridão as plantas não fariam fotossíntese direito e a vida não teria como se sustentar. Certo? Não, exatamente.

Dias e noites "materiais" sempre houveram desde que a luz do sol alumiou a Terra pela primeira vez. Entretanto, os dias no tempo de Deus foram realmente "grandes versões", se é que podemos dizer assim, dos dias humanos, pois também tiveram manhã e noite. Como assim?

De acordo com a analise científica do passado da Terra, houve períodos estáveis em nosso planeta, onde a luz do sol iluminava-o constantemente (afinal enquanto no Brasil é dia, no japão é noite, e vice-versa) e períodos onde nuvens de poeira impedia a entrada plena da luz do sol no planeta, ou seja, um bloqueio solar. Esses "bloqueios solares" apareceram cinco vezes, e três deles geraram extinções em massa, e sempre só sobreviviam as espécies que iriam culminar nas de hoje. Curiosamente, o fato de ter existido períodos estáveis e de bloqueios solares (os de bloqueio solar duraram não muito tempo, deixo claro) se encaixa com dois fatos bíblicos:

- Para os antigos, os dias iniciavam-se com a tarde, que era seguida pela manhã. Cada Dia Criativo, da mesma forma, iniciou-se com uma "tarde" seguida por uma "manhã", pré-estabelecidos por Deus no princípio da Criação (Gn 1,5);

- O propósito da Criação desde o início caminhou para o que temos hoje, já estava tudo pré-estabelecido por Deus. Isso se harmoniza com o fato de que nas extinções em massa só as espécies antecedentes ás modernas é que sobreviveram.

Deus dizia que tudo quanto havia feito era bom. E dizia perto do findar de cada dia, onde já se achava definida a criação daquela era. Certamente que Deus achou bom a criação que haveria de culminar na do sexto dia, bem como na sua obra prima, o homem.

Entretanto, o porquê da criação e posterior extermínio de determinados seres vivos antes do homem permanece e talvez sempre permanecerá um mistério. A Bíblia não diz o porquê e por isso convém que por hora deixemos do jeito que está.


A "TEORIA GEOLÓGICA DA CRIAÇÃO"


O estudo da vida pré-histórica é chamado de paleontologia e tem por base, principalmente, os estudos dos vestígios de seres vivos do passado e as camadas geológicas. Com todos esses dados pode-se traçar um perfil científico do panorama terrestre muito antes de Adão aparecer.

E, surpreendentemente, nós podemos traçar um paralelo muito bem definido entre o relato bíblico da Criação e a Pré-História. Essa relação pode ser seguramente chamada "teoria geológica da Criação". Sendo os dias da Criação no tempo de Deus, traçar essa relação é possível. O autor de gênesis quer dizer que Deus criou o mundo e não como Deus criou e em quanto tempo a criação foi consumada. A ação criadora em seis dias e o descanso no sétimo tem por objetivo claro a instituição sagrada do repouso dominical (sábado para o judaísmo). Com isso, a descrição do Gn 1 fica perfeitamente de acordo com a ordem em que o mundo foi criado, segundo a Ciência. A intenção do autor é clara como elemento teológico: Tudo vem de Deus, para quem o tempo é eterno.

O texto inspirado ganha abrangência e não conflita com os conhecimentos atuais que atestam a existência do mundo há 13,7 bilhões de anos e o aparecimento do homem no mundo há cerca de 200 mil anos. O tempo na Bíblia é um tempo lógico, não cronológico.

Como nós iremos ver a partir de agora, por inspiração divina o autor do Gênesis (Moisés) se antecipou às ciências em muitos séculos. Isso é uma evidência gritante da inerrância Bíblica. Vamos lá:

No início - logo após Deus ter criado tudo a partir de um ponto inicial, o "Big Bang" - a Terra estava em estado caótico, daí autor alegar que a Terra era "sem forma e vazia" - uma gigantesca bola incandescente espalhando magma por todo lado. A água existia apenas na forma gasosa na atmosfera da Terra, daí a menção "e o espírito de Deus movia-se sobre as águas". Havia escuridão por todo o lado. Motivo? Dados recentes da NASA mostram que planetas como a Terra se formam na escuridão de refugo e detritos da sua estrela central. Com o tempo, o planeta vai amadurecendo dentro de seu casulo empoeirado de forma gradual, e com isso acaba sugando toda a poeira entre ele e o sol, fazendo ele ter luz - porém uma luz difusa, o qual era impossível de ser ver a fonte. Foi o primeiro dia (no tempo de Deus), que durou bilhões de anos.

Depois, graças a um bloqueio da luz do sol ("tarde") a Terra foi esfriando e cada vez mais se definindo - chuvas torrenciais transformam a água da atmosfera em água líquida; e assim é o segundo dia. Com o contínuo esfriamento da terra (causado por outro bloqueio) e a separação de terra e água começam a surgir formas primitivas de seres vivos, há o surgimento das primeiras árvores, e é o terceiro dia (na Bíblia é citada a criação das plantas, porém a Bíblia não deixa com que não haja margem para que algumas espécies de seres vivos totalmente diferentes das modernas tivessem existido nesse tempo; também porque a geologia mostra que realmente tais seres existiram). Depois de um bloqueio solar que exterminou os placodermos (seres marinhos bizarros que podem ter sido os ancestrais dos peixes ósseos, mas que não se pareciam com os peixes que hoje vemos), o sol, a lua e as estrelas começam a serem vistos na atmosfera por causa do aumento do oxigênio na atmosfera, e assim definitivamente surgem os dias e noites (no nosso tempo). É o quarto dia. Iniciando com um bloqueio solar que fez com que somente os seres vivos que originariam os atuais sobrevivessem, o quinto dia vê a fauna marinha de hoje começando a se definir, o planeta sendo povoado por "grandes monstros marinhos"(dinossauros e outros seres similares á dragões, pois a palavra hebráica taninim em gênesis 1,21 pode significar "monstros marinhos" ou "dragões") e as aves. Esse é o quinto dia.

Misteriosamente, no começo do sexto dia os dinossauros são extintos devido a um efeito estufa que bloqueia parcialmente a luz do sol, e mais uma vez só sobrevivem as espécies antecessores das formas de vida atuais, que se definem plenamente nesse novo dia.Depois de milhões de anos que existiam seres vivos na terra surge o homem, criado á imagem e semelhança de Deus. Todo o espetáculo da Criação se encerra ao início do sétimo dia, que não teve bloqueio solar como os que já tiveram (por isso não há a citação "e houve tarde e manhã, o dia sétimo).

A ação de Deus se manifestara em todas as fases da criação. Mas a criação do homem representou uma culminância na criação. Deus faz algo que passa além da vida material. É como se Deus se apaixonasse por suas obras e quisesse fazer parte delas através de um ser capaz de viver em comunhão com Ele.

Nada do que foi citado acima contradiz o que se encontra na Bíblia nem a ciência.

E mais uma vez é comprovado a veracidade de um livro que pra muitos é "conversa pra boi dormir"...

Mas o mais interessante mesmo é a probabilidade de Moisés acertar a ordem dos relatos da Criação, o que prova a inspiração divina. Seria a mesma que, de olhos fechados, uma pessoa retirar duma caixa, por acaso, os números de 1 a10, em ordem consecutiva. As probabilidades de conseguir isso na primeira tentativa são de 1 em 3628800!! Será que é coincidência Moisés ter "acertado" a ordem dos eventos da Criação ou tinha alguém (ou algum ser) lhe transmitindo tais informações?

(continua)