Em Destaque:

A morte na panela e os erros criacionistas

Recentemente, assisti a uma pregação do pastor Adeildo de Oliveira Silva, da igreja o qual congrego, que me chamou muito a atenção por est...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Análise detalhada do Livro de Daniel

Muitos livros da Bíblia têm sido colocados como fictícios nos últimos tempos. Argumentos supostamente melhores têm aparecido, e também com isso muitos cristãos acabam se sentindo acuados. Existem cristãos hoje, inclusive, que acreditam que boa parte da Bíblia contém histórias simbólicas e não históricas.

Nesse mesmo blog, você pode conferir que um dos livros mais polêmicos da Bíblia, o Gênesis, contém fiéis informações sobre a Criação, nada de mítico. Nesse artigo, iremos voltar a nossa atenção para o intrigante (e empolgante) Livro de Daniel. O que sabemos sobre essa história? Seria esse livro um relato de situações e histórias que realmente aconteceram no passado? O que ele pode nos trazer com relção ao cristianismo?

Aventure-se, agora, no Livro de Daniel!

QUEM ESCREVEU?

Acredita-se que o próprio Daniel tenha sido o autor de seu próprio livro, onde ele próprio foi o protagonista da história. Nós sabemos que vários Livros do Antigo Testamento recebem o nome de seu principal herói como título, como por exemplo os livros de Josué, Samuel, Ester, Jó etc. Mas tal título não indica necessariamente que essa pessoa foi a autora do livro. No caso de Daniel a situação é diferente: além de protagonista ele é o provável autor do Livro.

O profeta, por meio desse livro, registou um bom número de incidentes de sua vida e de seus três amigos, que eram judeus e tinham sido deportados de sua terra natal, e que estavam ao serviço do governo de Babilônia. Fora isso, o livro também traz o registro de um sonho profético do rei Nabucodonosor, interpretado pelo próprio autor do livro, juntamente com o registro de visões recebidas pelo mesmo. Mesmo o livro tendo sido escrito na Babilônia durante o cativeiro e pouco depois dele, ele não tinha o propósito de proporcionar uma história do desterro dos judeus nem uma biografia. O livro, na verdade, relata as vicissitudes principais da vida do profeta e de seus colegas, e foi compilado com fins específicos.


UM TERRÍVEL EXÍLIO


Antes de mais nada, Daniel apresenta uma breve informação a respeito da razão pela qual ele se achava ao serviço do rei de Babilônia (Daniel 1). Depois de terem sido levados para Babilônia no primeiro cativeiro no ano 605 a.C., durante a primeira campanha do rei Nabucodonosor contra Síria, Daniel e outros príncipes de sangue real foram escolhidos para serem preparados para o serviço governamental. Os primeiros 19 anos da estada de Daniel em Babilônia foram os últimos anos da existência do reino de Judá, ainda que estava subjugado por Babilônia. A inútil política antibabilônica dos últimos reis de Judá atraiu catástrofe atrás de catástrofe sobre a nação judia.

O rei Jeoaquim, durante cujo reinado Daniel tinha sido levado cativo, permaneceu leal a Babilônia durante alguns anos. No entanto, mais adiante cedeu à política do partido pró-egípcio de Judá, e se rebelou. Como resultado, o país sofreu invasões militares; seus cidadãos perderam a liberdade e foram levados para o cativeiro, e o rei perdeu a vida. Joaquim, seu filho e sucessor, depois de um breve reinado de só três meses, viu a volta dos exércitos babilônicos para castigar a deslealdade dos judeus. Junto com milhares dos principais cidadãos de Judá, foi levado cativo no ano 597 a.C. Seu sucessor, Zedequias, evidentemente tratou de permanecer leal a Babilônia. No entanto, devido a sua debilidade e vacilação não pôde resistir durante muito tempo às propostas do Egito e os sentimentos antibabilônicos de seus principais conselheiros. Como resultado disto, Nabucodonosor já cansado das repetidas revoltas de Palestina, decidiu acabar com o reino de Judá. Durante dois anos e meio os exércitos da Babilônia assolaram a terra de Judá, tomaram e destruíram as cidades, inclusive Jerusalém com seu templo e seus palácios, e levaram cativos à maioria dos habitantes de Judá no ano 586 a.C.

Daniel esteve na Babilônia durante esses dias agitados. Sem dúvida viu os exércitos babilônicos que se punham em marcha para levar a cabo suas campanhas contra a Judéia e foi testemunha de seu regresso vitorioso e da chegada dos cativos judeus. Entre os cativos esteve o jovem rei Joaquim com sua família (II Reis 24:10-16), e mais tarde o rei Zedequias, a quem tinham arrancado os olhos (II Reis 25:7). Durante esses anos Daniel deve ter estado inteirado da agitação política que existia entre os judeus deportados, que fez com que o rei mandasse queimar vivos a alguns dos principais instigadores. Foi esta agitação a que impulsionou a Jeremias a enviar uma carta a seus compatriotas exilados na que os aconselhava a levar uma vida sossegada e calma na Babilônia (Jeremias 29).


A EXPERIÊNCIA DE DANIEL NO PALÁCIO


Durante esses anos Daniel e seus três amigos cumpriram lealmente e sem alardes seus deveres como servidores públicos do rei e súditos do reino. Depois de sua esmerada instrução, chegaram a ser membros de um grupo seleto chamado de sábios, os que serviam ao rei como conselheiros. Foi então quando Daniel teve excepcional oportunidade de explicar a Nabucodonosor o sonho dos impérios futuros. Como resultado Daniel foi nomeado para um cargo importante, que aparentemente reteve durante muitos anos. Esse cargo lhe deu a oportunidade de fazer que o rei conhecesse o poder do Deus do céu e da terra, a quem serviam Daniel e seus amigos.

Contudo, não se sabe quanto tempo permaneceu Daniel nesse importante cargo. Aparentemente o perdeu antes do ano 570 a.C. já que seu nome não se encontra no "Almanaque da Corte e o Estado", escrito em cuneiforme, que contém a lista dos principais servidores públicos do governo de Nabucodonosor nesse tempo. Não existem outros "Almanaques da Corte e o Estado" que sejam do tempo do reinado de Nabucodonosor. Na verdade, não se menciona a Daniel em nenhum documento extra-bíblico da época.

A ausência do nome de Daniel neste documento não é estranha, já que não sabemos quanto tempo permaneceu Daniel desempenhando um cargo público. Só se registram no Livro de Daniel quatro acontecimentos principais do reinado de Nabucodonosor, e em três deles figura Daniel:

- A educação dos príncipes judeus durante os três primeiros anos de seu reinado, o que inclui no ano ascensional;

- A interpretação do sonho de Nabucodonosor no segundo ano do reinado do monarca;

- A dedicação da imagem na Planície de Dura e a libertação extraordinária dos amigos de Daniel, num ano não especificado;

- A interpretação do sonho de Nabucodonosor feita por Daniel, quem anunciou que o rei perderia a razão durante sete anos, o que provavelmente ocorreu durante os últimos anos do monarca;

Não se sabe nada das atividades de Daniel durante os anos quando Nabucodonosor esteve incapacitado. Também não sabemos o que fez Daniel depois de que o rei recobrou suas faculdades e seu trono, ou se prestou serviços durante os reinados dos reis posteriores: Amel-Marduk, Nergal-sar-usur, Labasi-Marduk, e Nabonido. No entanto, ele pode ver a decadência moral e a corrupção do poderoso império de Nabucodonosor, governado por reis que tinham assassinado a seus predecessores.

Daniel também deve ter observado com sumo interesse o rápido crescimento do rei Ciro de Pérsia no oriente, já que o nome 'Ciro' tinha sido mencionado na profecia como libertador de Israel (Isaías 44:28; 45:1). É também possível que no ano 553 a.c. Daniel visse a Nabonido nomear a seu filho Belsasar como rei da Babilônia enquanto Nabonido ia à conquista de Tema, na Arábia. Foi durante os três primeiros anos do reinado de Belsasar que Daniel recebeu grandes visões (Daniel 7-8), e o homem que até então tinha sido conhecido só como intérprete de sonhos e visões se transformou num dos grandes profetas de todos os tempos: Daniel.

Os babilônios pediram novamente os serviços de Daniel durante a noite da queda de Babilônia no ano 539 a.C., para que lesse e interpretasse a escritura fatal no muro da sala de banquetes de Belsasar. Depois de que os Persas se adonaram da Babilônia e de seu império, os novos governadores aproveitaram dos talentos e da experiência do ancião estadista da geração passada. Outra vez Daniel chegou a ser o principal conselheiro da coroa. Foi ele quem mostrou ao rei as profecias de Isaías, as quais influíram sobre o monarca persa para que promulgasse Declaração de Ciro, o decreto que terminava com o desterro dos judeus e lhes dava novamente uma pátria e um templo. Durante esta última parte da atuação pública de Daniel teve um atentado contra sua vida promovido por invejosos, mas o Senhor interveio maravilhosamente e liberou a seu servo (Daniel 6). Ademais recebeu outras visões importantes durante estes últimos anos de sua vida, primeiro durante o reinado de Dario o Medo e depois durante o de Ciro (Daniel 10, 11 e 12)


POR QUE ELE FOI O AUTOR?


Como já foi mencionado, a opinião tradicional (tanto de judeus como de cristãos) é que o livro foi escrito no século VI a.c., e que Daniel foi realmente o autor. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes:

- Afirmações presentes no próprio livro. O profeta Daniel fala em primeira pessoa em muitas passagens (Daniel 8:1-7 e 13-19, 27; 9:2-22; 10:2-5; etc.). Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o livro (Daniel 12). O fato de que existam seções nas quais o autor se refira a si mesmo em terceira pessoa não é estranho, já que esse estilo é freqüente em obras antigas.

- O autor conhece bem a história. Somente um homem do século II a.c., bem versado em assuntos babilônicos, poderia ter escrito quanto a alguns dos fatos históricos que se encontram no livro. O conhecimento desses fatos se perdeu depois do século II a.c., pois não se registrou em outra literatura antiga posterior. Descobertas arqueológicas mais ou menos recentes trouxeram estes fatos novamente à luz.

- O depoimento de Jesus Cristo. Jesus mencionou a Daniel como sendo o autor (Mateus 24:15). Para todo cristão este depoimento é uma evidência convincente.


HISTÓRIA OU FICÇÃO?


Apesar da argumentaçao acima, desde que o filósofo Porfírio realizou os primeiros grandes ataques contra a historicidade de Daniel (233-304 d.c.), este livro tem estado exposto aos embates dos críticos. No começo os "ataques" surgiam só de vez em quando, mas durante os dois últimos séculos o ataque foi constante. Por isso, muitos eruditos cristãos de hoje consideram que o Livro de Daniel é obra de um autor anônimo que viveu no século II AC, mais ou menos no tempo da revolução macabeia. Estes eruditos dão duas razões principais para localizar o livro de Daniel nesse século:

- Entendem que algumas profecias se referem a Antíoco IV Epífanes (175-163 a.c.), e que a maior parte das profecias - pelo menos daquelas cujo cumprimento foi demonstrado - teriam sido escritas depois de ocorridos os acontecimentos descritos, as profecias de Daniel devem localizar-se com posterioridade ao reinado de Antíoco IV.

- Segundo seus argumentos, as seções históricas de Daniel contêm o registo de certos acontecimentos que não concordam com os fatos históricos conhecidos de acordo com os documentos disponíveis, estas diferenças podem ser explicadas se o autor não tivesse vivido os acontecimentos, e portanto só possuísse um conhecimento limitado do que tinha ocorrido 400 anos antes, nos séculos VII e VI a.c.

Dentre essas incoerências entre relatos do Livro de Daniel e os fatos históricos, pode-se citar:

* Não houve uma deportação em 605 AC;

* Baltasar é filho de Nabônides e não de Nabucodonosor;

* Dário, que é persa e não medo, é um dos sucessores de Ciro e não seu predecessor[9];

* O ambiente babilônico é descrito com termos de origem persa;

* Os instrumentos da orquestra de Nabucodonosor trazem nomes transcritos do grego;

* Daniel não é mencionado no Eclesiástico, que relaciona os profetas de Israel em 48:22 e 49:7-8.10.

Além do que, a doutrina sobre os anjos, o costume de evitar o nome de Iahweh e outros elementos não são do período do Exílio na Babilônia, mas bem posteriores.

O primeiro dos dois argumentos não tem validade para os que defendem existência concreta de Daniel, porque estes creem que os inspirados profetas realmente faziam predições precisas quanto ao curso da história. O segundo argumento merece um maior atendimento e por isso apresentamos aqui um breve estudo a respeito da validez histórica do Livro de Daniel.

É verdade que Daniel descreve alguns acontecimentos que ainda hoje não podem ser verificados por meio dos documentos de que dispomos. Um desses acontecimentos é a loucura de Nabucodonosor, que não se menciona em nenhum registro babilônico que exista hoje. A ausência de comprovação de uma incapacidade temporária do maior rei do Império Neo-Babilônico não é um fenômeno estranho num tempo quando os registros reais só continham narrações dignas de louvor. Darío, o Medo, cujo verdadeiro lugar na história não foi estabelecido por fontes fidedignas alheias à Bíblia, é também um enigma histórico. Encontram-se insinuações quanto a sua identidade nos escritos de alguns autores gregos e em informação fragmentaria de fontes cuneiformes.

As outras supostas dificuldades históricas que confundiam aos comentaristas conservadores de Daniel, foram resolvidas pelo aumento do conhecimento histórico que nos proporcionou a arqueologia. Mencionaremos a seguir alguns destes problemas mais importantes que já foram resolvidos:

* A suposta discrepância cronológica entre Daniel 1:1 e Jeremias 25:1. Jeremias, que segundo o critério geral dos eruditos é uma fonte histórica digna de confiança, sincroniza o 4.º ano de Joaquim de Judá com o primeiro ano de Nabucodonosor da Babilônia. No entanto, Daniel fala que a primeira conquista de Jerusalém efetuada por Nabucodonosor ocorreu no terceiro ano de Joaquim, com o que indubitavelmente afirma que o primeiro ano de Nabucodonosor coincide com o terceiro ano de Joaquim. Antes da descoberta de registos dessa época que revelam os variados sistemas de computar nos anos de reinado dos antigos monarcas, os comentaristas tinham dificuldade para explicar esta aparente discrepância. Tratavam de resolver o problema supondo uma corregencia de Nabucodonosor com seu pai Nabopolasar ou pressupondo que Jeremías e Daniel localizavam os acontecimentos segundo diferentes sistemas de datas: Jeremías segundo o sistema judeu e Daniel segundo o babilônico. Ambas explicações já não são válidas. Resolveu-se a dificuldade ao descobrir que os reis babilonios, como os de Judá desse tempo, contavam os anos de seus reinados segundo o método do "ano de ascensão". O ano em que um rei babilonio ascendia ao trono não se contava oficialmente como seu primeiro ano, mas como o ano de ascensão ao trono. Seu primeiro ano, é o primeiro ano completo no calendário, não começava até o próximo dia de ano novo, quando, numa cerimônia religiosa, tomava as mãos do Deus babilônico Bel. Também sabemos por Josefo e pela Crônica Babilônica (documento que narra os acontecimentos dos onze primeiros anos de Nabucodonosor, descoberto em 1956) que Nabucodonosor estava empenhado numa campanha militar na Palestina contra Egito quando seu pai morreu e ele tomou o trono. Portanto, Daniel e Jeremías concordam completamente. Jeremías sincronizou o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor com o quarto ano de Joaquim, enquanto Daniel foi tomado cativo no ano que subiu ao trono Nabucodonosor, ano que ele identifica como o terceiro de Joaquim.

* Nabucodonosor como grande construtor de Babilonia. De acordo com os historiadores gregos, Nabucodonosor desempenhou um papel insignificante na história antiga. Nunca se referem a ele como um grande construtor ou como o criador de uma nova e maior Babilonia. Todo leitor das histórias clássicas gregas reconhecerá que esta honra é dada à rainha Semiramis. No entanto, os registos cuneiformes dessa época, descobertos por arqueólogos durante os últimos cem anos, mudaram inteiramente o quadro apresentado pelos autores clássicos e confirmaram o relato do Livro de Daniel que atribui a Nabucodonosor a construção - em verdade reconstrução - da "Grande Babilonia" (Daniel 4:30). Descobriu-se agora que Semiramis era rainha mãe em Assiria, regente de seu filho menor de idade Adad-nirari III (810-782 a.c.), e não reinou em Babilônia como afirmavam as fontes clássicas. As inscrições mostraram que ela não teve nada que ver com a construção de Babilonia. Por outro lado, numerosas inscrições de Nabucodonosor que ficaram nas construções provam que ele foi o criador de uma nova Babilonia, pois reedificou os palácios, templos e a torre-templo da cidade, e adicionou novos edifícios e fortificações. Já que essa informação se tinha perdido completamente antes da época helenística, nenhum autor poderia tê-la, salvo um neo-babilônico. A presença de tal informação no Livro de Daniel é motivo de perplexidade para os eruditos críticos que não crêem que o Livro de Daniel foi escrito no século VI, senão no II. Um exemplo típico de seu dilema é a seguinte afirmação de R. H. Pfeiffer, da Universidade de Harvard: "Provavelmente nunca saberemos como soube nosso autor que a nova Babilonia era criação de Nabucodonosor… como o provaram as escavações" - (Introduction to the Old Testament - New York, 1941).

* Belsasar, rei de Babilonia. O assombroso relato da descoberta feita por orientalistas modernos a respeito da identidade de Belsasar. O fato de que o nome deste rei não se tivesse encontrado em fontes antigas alheias à Bíblia, enquanto Nabonido sempre aparecia como o último rei de Babilonia antes da conquista dos persas, usava-se como um dos mais poderosos argumentos na contramão da historicidade do Livro de Daniel. Mas as descobertas efetuadas desde meados do século XIX refutaram a todos os críticos de Daniel neste pespeito e têm vindicado de maneira impressionante o caráter fidedigno do relato histórico do profeta com respeito a Belsasar.

* Os idiomas do livro. Como Esdras, uma parte do livro de Daniel foi escrita em hebraico e outra parte em aramaico. Alguns explicaram este uso de dois idiomas supondo que no caso de Esdras o autor tomou documentos aramaicos, acompanhados com suas descrições históricas, e os incorporou a seu livro, o restante estava escrito em hebraico, o idioma nacional de seu povo. Mas tal interpretação não se acomoda com o livro de Daniel, onde a seção aramaica começa com o versículo 2:4 e termina com o último versículo do capítulo 7.

A seguir há uma lista parcial das muitas explicações que oferecem os eruditos quanto a este problema, junto com algumas observações entre parênteses que parecem contradizer a validez dessas explicações:

1. O autor escreveu os relatos históricos para quem falavam aramaico, e as profecias para os eruditos de fala hebréia. (No entanto existe aramaico nos capítulos 2 e 7 - ambos contêm grandes profecias - indica que esta opinião não é correta.)

2. Os dois idiomas mostram a existência de duas fontes. (Esta opinião não pode ser correta porque o livro tem uma unidade marcante, coisa que até mesmo alguns críticos radicais reconheceram)

3. O livro foi escrito originalmente em um idioma, e mais tarde algumas partes foram traduzidas. (Este ponto de vista deixa sem contestar a pergunta quanto à razão pela qual se traduziram só algumas seções ao outro idioma e não todo o livro.)

4. O autor publicou o livro em duas edições, uma em hebreu, outra em aramaico, para que toda classe de gente pudesse lê-lo; durante as perseguições no tempo dos Macabeos, algumas partes do livro se perderam, e as partes que se puderam salvar das duas edições foram reunidas num livro sem fazer mudanças (esta idéia tem o defeito de não poder ser comprovada e de basear-se em demasiadas conjecturas.)

5. O autor começou a escrever em aramaico no ponto onde os caldeos se dirigiram "ao rei em língua aramea" (Daniel 2:4), e continuou neste idioma enquanto escrevia nesse tempo; mas depois, quando voltou a escrever, usou o hebreu (Daniel 8:1).

A última opinião aparentemente está bem orientada porque parecesse que as diferentes seções do livro foram escritas em diferentes ocasiões. Pelo fato de ser um culto servidor público do governo, Daniel falava e escrevia em vários idiomas. Provavelmente escreveu alguns dos relatos históricos e algumas das visões em hebreu, e outras em aramaico. Partindo desta suposição, o capítulo 1 teria sido escrito em hebreu, provavelmente durante o primeiro ano de Ciro, e os relatos dos capítulos 3 ao 6 em aramaico em diferentes ocasiões. As visões proféticas foram registradas na maior parte em hebreu (Daniel 8 a 12), ainda que a visão do capítulo 7 foi escrita em aramaico. Por outro lado, o relato do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2) foi escrito em hebreu até o ponto em que se cita o discurso dos caldeos (Daniel 2:4); e desde este ponto até o fim da narração o autor usou o aramaico.

Ao final de sua vida, quando Daniel reuniu todos seus escritos para formar um só livro, é possível que não tivesse considerado necessário traduzir certas partes para dar ao livro unidade lingüística, já que sabia que a maior parte de seus leitores entenderiam os dois idiomas.
Fragmentos dos Pergaminhos do Mar Morto.

Aqueles que datam a origem de Daniel no século II a.c. têm também o problema de explicar por que um autor hebreu do período macabeo escreveu parte de um livro em hebreu e outra parte do mesmo em aramaico.

Também as peculiaridades ortográficas das seções arameas do Livro de Daniel são parecidas às do arameo do Ásia ocidental dos séculos IV e III a.c., devido possivelmente a uma modernização do idioma, há diferenças notáveis. A ortografia não pode dizer-nos muito quanto à data quando se escreveu o livro, bem como a última revisão do texto da RVR não pode tomar-se como prova de que a Bíblia foi originalmente escrita ou traduzida no século XX d.c. No máximo, as peculiaridades ortográficas podem indicar quando se fizeram as últimas revisões da ortografia.

Entre os Rolos descoberto no Mar Morto há vários fragmentos de Daniel que provem do século II a.c. Pelo menos dois deles contêm a seção do capítulo 2 onde se faz a mudança do hebreu ao arameo e mostram claramente o caráter bilingue do livro nessa data.


A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DE DANIEL PARA O CRISTÃO


Com justiça poderíamos chamar ao Livro de Daniel um manual de história e de profecia. A profecia é uma visão antecipada da história; a história é um repasso retrospectivo da profecia. Segundo a crença cristã o elemento previsivo permite que o povo de Deus veja as coisas transitórias à luz da eternidade, põe-no alerta para atuar com eficácia em determinados momentos, facilita a preparação pessoal para a crise final e, ao cumprir-se a predição, proporciona uma base firme para a fé.

Para o cristão, as quatro principais profecias do Livro de Daniel fazem ressaltar num breve esboço, e tendo como marco de fundo a história universal, o futuro do povo de Deus desde os dias de Daniel até o fim do tempo. Cada uma das quatro grandes profecias atinge um pináculo quando "o Deus do céu" levanta "um reino que não será destruído" (Dn 2:44), quando o "filho do homem" recebe "domínio eterno" (Daniel 7:13-14), quando a oposição ao "Príncipe dos Príncipes" será quebrantada "não por mão humana" (Dn 8:25) e quando o povo de Deus será livrado para sempre de seus opressores (Dn 12:1). Portanto para os cristão, as profecias constituem uma ponte divinamente construída desde o abismo do tempo até as ribeiras sem limites da eternidade, uma ponte sobre o qual aqueles que, como Daniel propõem em seu coração amar e servir a Deus, pela fé poderão passar desde a incerteza e a aflição da vida presente à paz e a segurança da vida eterna.

A seção histórica do Livro de Daniel revela, em forma surpreendente, a verdadeira filosofia da história. Esta seção serve de prefácio para a seção profética. Ao dar-nos um relato detalhado do trato de Deus com Babilonia, o livro nos capacita para compreender o significado do surgimento e da queda de outras nações cujas histórias estão embaralhadas na porção profético do livro.

Na seção histórica do livro encontramos a Daniel, cara a cara ante Nabucodonosor, o gênio do mundo pagão, para que o rei tivesse a oportunidade de conhecer ao Deus de Daniel, árbitro da história, e cooperasse com ele. Nabucodonosor não só era o monarca da nação maior desse tempo mas também era muito sábio e tinha um sentido inato do direito e da justiça. Em verdade, era a personalidade mais sobressalente do mundo gentio, o "poderoso das nações" (Ez 31:11). Segundo Jeremias, dele Deus disse: "Agora eu pus todas estas terras em mãos de Nabucodonosor rei de Babilônia, meu servo" (Jr 27:6). Ao impor os judeus o cativeiro na Babilônia era desejável que existisse uma mão firme, mas que não fosse cruel, como eram as normas daquele tempo. A missão de Daniel na corte de Nabucodonosor foi a de conseguir a submissão da vontade do rei à vontade de Deus para que se realizassem os propósitos divinos.

Os primeiros quatro capítulos de Daniel descrevem os meios pelos quais, segundo Daniel, Deus conseguiu a obediência de Nabucodonosor. Em primeiro lugar, Deus precisava de um homem que fosse um digno representante dos princípios celestiais e do plano de ação divino na corte de Nabucodonosor; por isso escolheu a Daniel para que fosse seu embaixador pessoal ante Nabucodonosor. Os recursos que empregou Deus para atrair favoravelmente o atendimento do monarca para o cativo Daniel, e os meios pelos quais Nabucodonosor chegou a confiar primeiro em Daniel e depois no Deus de Daniel, ilustram a maneira em que o Altíssimo usa aos homens hoje para cumprir sua vontade na terra.

Deus pôde usar a Daniel porque este era um homem de princípios, um homem que tinha um caráter genuíno, um homem cujo principal propósito na vida era viver para Deus.

Daniel "propôs em seu coração" (Daniel 1:8) viver em harmonia com toda a vontade revelada de Deus. Primeiro, Deus o pôs "em graça e em boa vontade" com os servidores públicos de Babilônia. Isto preparou o caminho para um segundo passo, a demonstração da superioridade física de Daniel e de seus parceiros (vv. 12-15). Depois seguiu uma demonstração de superioridade intelectual. "Deus lhes deu conhecimento e inteligência em todas as letras e ciências" (v. 17), com o resultado de que se os considerou "dez vezes melhores" que a seus competidores mais próximos (v. 20). Dessa maneira, tanto em sua personalidade como no aspecto físico e intelectual Daniel demonstrou ser muito superior a seus colegas; e foi bem como ganhou a confiança e o respeito de Nabucodonosor.

Estes acontecimentos prepararam ao monarca para que conhecesse ao Deus de Daniel. Uma série de acontecimentos dramáticos: o sonho do capítulo 2, a maravilhosa libertação do forno ardente (Daniel 3) e o sonho do capítulo 4 mostraram ao rei a sabedoria, o poder e a autoridade do Deus de Daniel. A inferioridade da sabedoria humana, exibida no capítulo 2, fez que Nabucodonosor admitisse ante Daniel: "Certamente o Deus vosso é Deus de deuses, e Senhor dos reis, e o que revela os mistérios" (Dn 2:47).
O profeta Daniel feito em pedra sabão por Aleijadinho no adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo.

Reconheceu espontaneamente que a sabedoria divina era superior, não só à sabedoria humana, senão ainda à suposta sabedoria de seus próprios deuses. O acontecimento da imagem de ouro e do forno de fogo ardente fez que Nabucodonosor admitisse que o Deus dos céus "livrou a seus servos" (cap. 3: 28). Sua conclusão foi que ninguém em todo seu reino deveria dizer "blasfêmia contra o Deus" dos hebreus, em vista de que "não há deus que possa livrar como este" (v. 29). Então Nabucodonosor reconheceu que o Deus do céu não era só sábio senão poderoso, que não só era omnisciente como também omnipotente. O terceiro acontecimento, os sete anos durante os quais sua decantada sabedoria e poder lhe foram transitoriamente tirados, ensinaram ao rei não só que "o Altíssimo" é sábio e poderoso senão que exerce essa sabedoria e poder para reger os assuntos humanos (cap. 4: 32). Tem sabedoria, poder e autoridade. É notável que o primeiro ato de Nabucodonosor depois de que recuperasse a razão foi alabar, engrandecer e glorificar ao "Rei do céu" e reconhecer que Deus "pode humilhar" a "os que estão com soberba" (v. 37), como o tinha feito ele durante tantos anos.

Mas as lições que Nabucodonosor aprendeu pessoalmente durante um período de muitos anos não beneficiaram a seus sucessores no trono de Babilônia. O último rei de Babilônia, Belsasar, desafiou abertamente ao Deus do céu (cap. 5:23) apesar de que conhecia o que lhe tinha sucedido a Nabucodonosor (v. 22). Em lugar de fazer em harmonia com o plano divino, "Babilônia se converteu em orgulhosa e cruel opressora" e ao recusar os princípios celestiais forjou sua própria ruína. A nação foi pesada e foi achada falta (cap. 5: 25-28), e o domínio mundial passou aos persas.

Ao livrar a Daniel do fosso dos leões, Deus demonstrou seu poder e autoridade ante os governantes do Império Persa (cap. 6:20-23) como o tinha feito anteriormente ante os de Babilônia. Um edital de Dario em Média reconhecia ao "Deus vivente" e admitia que ele "permanece por todos os séculos" (v. 26). Ainda "a lei em Média e de Pérsia, a qual não pode ser abrogada" (v. 8) deveu ceder ante os decretos do "Altíssimo" que "tem o domínio no reino dos homens" (cap. 4: 32). Ciro foi favoravelmente impressionado pela milagrosa prova do poder divino exibida na libertação de Daniel do fosso dos leões. As profecias que falam de seu papel na restauração de Jerusalém e do templo (Isa. 44: 26 a 45: 13) também o impressionaram grandemente.

Assim é como o Livro de Daniel expõe os princípios de acordo com os quais operam a sabedoria, o poder e a autoridade de Deus através da história das nações, para o cumprimento final do propósito divino. "Deus engrandeceu a Babilônia para que pudesse cumprir seu propósito". Ela teve seu período de prova, "fracassou, sua glória se murchou, perdeu seu poder, e seu lugar foi ocupado por outra nação".

As quatro visões do Livro de Daniel tratam da luta entre as forças do bem e do mal nesta terra, desde o tempo de Daniel até o estabelecimento do eterno reino de Cristo. Já que Satanás usa os poderes terrenais em seus esforços para frustrar o plano de Deus e destruir seu povo, estas visões apresentam aqueles poderes através dos quais o maligno atuou com muito empenho.

- A primeira visão (cap. 2) trata principalmente de mudanças políticas. Seu propósito primordial era revelar a Nabucodonosor seu papel como rei de Babilônia e comunicar-lhe "o que tinha de ser no porvir" (v. 29).
- A segunda visão (cap. 7) aparenta ser um suplemento da primeira visão. Destaca as vicissitudes do povo de Deus durante a hegemonia dos poderes mencionados na primeira visão, e prediz a vitória final dos santos e o juízo de Deus sobre seus inimigos (vv. 14, 18, 26-27).
- A terceira visão (cap. 8-9) complementa à segunda e faz ressaltar os esforços de Satanás por destruir a religião e o povo de Cristo.
- A quarta visão (cap. 10-12) resume as visões precedentes e trata o tema em forma mais detalhada do que qualquer das outras. Amplia o tema da segunda visão e o da terceira. Põe especial ênfase em "o que tem de vir a teu povo nos postreros dias; porque a visão é para esses dias" (cap. 10: 14), e o "tempo fixado era longo" (v. 1, RVA). A narração bosquejada da história que se encontra em 781 o cap. 11: 2-39 leva a "os postreros dias" (cap. 10: 14) e os acontecimentos "ao cabo do tempo" (cap. 11: 40).

As profecias de Daniel estão estreitamente relacionadas com as do livro do Apocalipse. Em grande parte o Apocalipse trata do mesmo tema, mas faz ressaltar em forma especial o papel da igreja cristã como povo escolhido de Deus. Em consequência, alguns detalhes que podem parecer "escuros" no Livro de Daniel com frequência podem aclarar-se ao compará-los com o livro do Apocalipse. Daniel recebeu instruções de fechar e selar aquela parte de sua profecia referente aos últimos dias até que, mediante um estudo diligente do livro, aumentasse o conhecimento de seu conteúdo e de sua importância (CS 405; cap. 12: 4). Ainda que a porção da profecia de Daniel relacionada com os últimos dias foi selada (cap. 12: 4; HAp 467), o apóstolo João recebeu instruções específicas de não selar "as palavras da profecia" de seu livro, "porque o tempo está perto" (Ap 22:10). De maneira que para obter uma interpretação mais clara de qualquer porção do livro de Daniel do que seja difícil de entender, devêssemos estudar cuidadosamente o livro do Apocalipse em procura de luz para dissipar as trevas.

FONTE:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_%28profeta%29#Daniel_enquanto_personagem_fict.C3.ADcio

domingo, 30 de janeiro de 2011

Jesus está mesmo demorando para voltar?

"Jesus está demorando para voltar".

Essa afirmação não cansa de ser feita, ainda mais atualmente. É certo que, para a maioria dos Cristãos, Jesus retornará para buscar a Sua Igreja, como é declarado em Apoc 22:20. No entanto, o tema da Volta de Cristo por vezes é simplesmente "ignorado" em muitas igrejas; pouco se toca nesse assunto, pois ao que parece, a vinda de Jesus está supostamente demorando para se concretizar. Na pressa de se comprovar que jesus voltará logo, existem pessoas que tentam "prever" quando será a volta de Cristo, estipular uma data para esse evento.

QUANDO VOLTA?

Durante a trajetória humana, várias datas foram marcadas para a volta de Cristo... E obviamente, todas falharam. Confira as principais delas:

- 202 dc - fim da Sexta Idade do Mundo (tradição judaica adotada por cristãos antigos);

- 500 dc, devido a conversão dos francos em 481 (era crença que Deus estaria adiando o fim para que outros povos fossem convertidos...)

- 1000 dc, por causa do primeiro milênio de nascimento de Cristo;

- 2000 dc, por causa do segundo milênio...

- E ainda existe data marcada: Cálculos atuais sobre a Sexta Idade do Mundo especulam sobre 30 de setembro de 2239, quando o calendário judeu chegará ao ano 6.000.

Porém, uma coisa é certa: A Bíblia não menciona quando Jesus irá voltar; muito pelo contrário, diz que não se sabe nem o dia nem a hora (Mateus 24: 36)

Mesmo assim, sem sabermos o dia ou a hora, a Bíblia afirma em Apocalipse 22 que Jesus cedo vem. Como já pode ser visto, passaram-se centenas de décadas e nada de Jesus voltar... Estaria Jesus tardando em vir?

A HISTÓRIA DA TERRA EM 1 ANO


Uma analogia relacionada á paleontologia pode evidenciar que na realidade Jesus não está de forma alguma demorando. Acompanhe o raciocínio:

De acordo com os dados fornecidos pela Geocronologia, a Terra tem 4,5 bilhões de anos desde que foi criada. Agora, imagine que os 4,5 mil milhões de anos da Terra pudessem ser comprimidos em um só ano. Isso é possível? Claramente que não... Mas consideremos que haja tal possibilidade... Como ficaria a escala de tempo, então?

Nesta nova escala de tempo, as rochas mais antigas que se conhecem (aprox. 3,6 mil milhões de anos a.C) teriam surgido apenas em Março. Os primeiros seres vivos, (de aprox. 3,4 biliões de anos a.C) apareceriam nos mares em Maio. As plantas e os animais terrestres surgiriam no final de Novembro (hà cerca de 400 milhões de anos a.C). Os dinossauros dominariam os continentes e os mares nos meados de Dezembro, mas desapareceram no dia 26, (isto é entre 190 a 65 milhões de anos a.C), mais ou menos a mesma época em que as Montanhas Rochosas começaram a elevar-se. O Homo sapiens apareceriam no começo do último minuto da noite de 31 de Dezembro (há aproximadamente 11 milhões de anos). Roma governaria o mundo durante 5 segundos, das 23h:59m:45s até 23h:59:50s. Nesse meio tempo Cristo viria, morreria por nós, e declararia a Promessa da sua vinda (guarde bem esse detalhe). Prosseguindo, Colombo descobriria a América (1492) 3 segundos antes da meia noite, e a geologia nasceria com as escritos de James Hutton (1795), Pai da Geologia Moderna, há pouco mais que 1 segundo antes do final desse movimentado ano dos anos... (extraído de Eicher, 1968)

E o que isso pode nos falar sobre a Vinda de Cristo?

Observe: É certo que Deus fez a promessa de Sua Vinda quando nós, humanos, já estavamos aqui. Isso significaria que, na escala de tempo fictícia aqui apresentada, a promessa da Vinda de Cristo teria sido feita nos últimos segundos desse "ano". Agora, compare toda a história da Terra com o tempo que se deu desde que foi feita a promessa até o fim desse ano fictício... Jesus demorou então para voltar apenas 15 segundos desses 364 dias desse ano fictício!! Temos que concordar que é um tempo extremamente ínfimo de "demora", não?

Agora, considere o seguinte fato: para Deus, a história da Terra não durou um ano... no tempo d'Ele, durou apenas, segundo o Livro de Gênesis, UMA SEMANA (6 DIAS) ! Isso quer dizer que, pelo tempo de Deus, Jesus não teria demorado mais que 1 segundo!!!


CONCLUSÃO

Levando em conta toda a história da Terra e, de quebra, o tempo de Deus, fica mais do que claro que Jesus não está demorando em vir nem um pouco. Nós é que somos "apressados".

E, apesar da lógica aqui apresentada, não é necessário, na verdade, que venhamos a apelar para cálculos complicados e outros artifícios para se comprovar que Jesus está voltando. As consequências que o aquecimento global pode trazer para o futuro, por exemplo, parecem coincidir com a Grande Tribulação registrada no Apocalipse. O poder terrífico dos fenômenos naturais vem aumentando assombrosamente nas últimas décadas. Tudo isso é muito sugestivo...

Sim, Jesus está voltando... E não está atrasado... !



BIBLIOGRAFIA

http://www.ufrgs.br/geociencias/cporcher/Atividades%20Didaticas_arquivos/Geo02001/Tempo%20Geologico.htm

sábado, 29 de janeiro de 2011

A enigmática extinção dos dinossauros

Existem várias questões acerca da origem da vida, sobre os animais do passado e entre outros enigmas que sempre acompanhou o homem.

Os Dinossauros, que são animais pré-históricos, instigam vários ramos das ciências que tentam descobrir o que ocasionou o fim dos Dinossauros.

Foram muitos os direcionamentos, as teorias, as discussões, e muitas já foram refutadas. A questão do Dilúvio Bíblico ter exterminado os dinossauros é uma das que é considerada refutada pela comunidade científica (embora ainda defendida pelo Movimento Terra Jovem), e uma das muitas evidências que provam isso é o fato dos fósseis aquáticos serem mais abundantes que os de animais terrestres, o que é o oposto do que se esperaria no caso do dilúvio ter sido a causa da extinção desses seres, que viveram muito tempo antes do homem ser criado. Para mais a respeito dessa tese, acesse aqui.

Contudo, de forma conjunta os cientistas chegaram a uma conclusão depois de muito estudar as rochas do período mesozóico. Nesse período havia caído na terra um meteoro de grande proporção, com tamanho entre 6 e 14 km, colidindo com a Terra a uma velocidade aproximada de 72.000 Km/h, isso provocou a abertura de uma cratera de aproximadamente 200 km de diâmetro.

Após a colisão, restou um rasto de destruição na área atingida, sem contar que levantou uma camada de poeira que impediu a entrada de luz solar, alguns cientistas dizem que essa nuvem de poeira permaneceu por seis meses na atmosfera, é bom lembrar que o impacto foi tão forte que alterou o eixo da Terra.

A partir daí foram sucessivas perdas, primeiramente a terra entrou em um processo de resfriamento, como conseqüência as plantas não puderam realizar a fotossíntese, então os animais que dependiam das plantas para se alimentar (herbívoro) acabaram morrendo de fome, assim como seus predadores.

O impedimento da entrada de luz do sol, que teve um resultado catastrófico, se harmoniza com o que a Bíblia fala dos Dias da Criação, pois a cada dia houve períodos de escuridão (tarde ou trevas) e de claridade (manhã ou luz), sendo a duração desses períodos separados por Deus, como se observa nos primeiros versículos da gênese bíblica. O porquê da extinção, no entanto, talvez jamais possamos responder.

O homem tem uma costela a menos que a mulher?

É esta uma pergunta (e às vezes até uma afirmação precipitada) feita por pessoas sinceras que desejam saber se aquela operação cirúrgica teve efeitos permanentes em toda a descendência masculina de Adão. Mas também é uma pergunta feita muitas vezes com o propósito de menosprezar o texto bíblico, dando a entender que a Bíblia declara (em algum lugar não definido) que todos os homens têm uma costela a menos que as mulheres!

Em primeiro lugar, deve ser dito que não existe nenhum texto bíblico que faça qualquer menção ao suposto fato de a descendência masculina de Adão possuir uma costela a menos, ou a sua descendência feminina possuir uma costela a mais.

Todos os seres humanos, quer sejam homens, quer sejam mulheres, têm 12 pares de costelas, a não ser que se verifique alguma anomalia genética que altere esse número, o que poderia acontecer indistintamente tanto no homem quanto na mulher. Anomalias desse tipo são observadas às vezes também em outros caracteres externos, tanto no homem quanto na mulher, podendo ser facilmente observadas. (É o caso, por exemplo, da chamada "hexadactilia", ou seja, do nascimento de pessoas com seis dedos, sejam nas mãos, sejam nos pés).

Os primeiros sete pares de costelas são ligados diretamente ao esterno mediante cartilagens, e são chamados de "costelas verdadeiras". Os três pares seguintes não se ligam ao esterno, mas sim à sétima costela, também mediante cartilagens, e são chamadas de "costelas falsas". Os dois últimos pares ficam apenas nas partes laterais do tórax, não chegando à parte frontal; suas extremidades ficam flutuando, pelo que são chamadas de "costelas flutuantes".

Em segundo lugar, a manutenção do padrão construtivo de todos os órgãos e sistemas do corpo humano, no decorrer das gerações, é uma das maravilhas do seu projeto, o que indica a existência de planejamento e propósito, bem como sabedoria infinitamente superior, e poder além de toda a nossa compreensão!

Mesmo que algum acidente eventual acarrete a perda, por exemplo, de um dedo, os descendentes do acidentado nascerão com o número completo de dedos.

Caracteres adquiridos não se transmitem aos descendentes - é esta uma importante lei da Biologia, que inclusive fez com que caísse por terra a teoria da evolução proposta por Lamark, onde alterações na fisiologia dos seres vivos (sem ser alteração genética) seria transmitido aos descendentes. É conhecido, por exemplo, o caso de criadores de certas raças de cães, que durante séculos têm cortado a sua cauda, e apesar disto toda a sua descendência, nas sucessivas gerações, até hoje, continuou a nascer com cauda, como os seus antepassados.

Conclusão: A retirada de uma das costelas de Adão para a formação de Eva jamais acarretaria, como de fato não acarretou, a falta de uma costela em toda a descendência masculina de Adão!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Arqueologia confirma: Jezabel existiu

Na Bíblia, ela ganhou fama de manipuladora, inescrupulosa e até devassa. A rainha Jezabel é uma das piores vilãs do Antigo Testamento, sem dúvida. Mas pelo menos tinha um bocado de estilo, a julgar pelo sinete (uma espécie de carimbo pessoal) que uma pesquisadora holandesa acaba de identificar como pertencente a ela - um dos raros (raros?) casos em que um personagem bíblico deixa traços diretos de sua existência.

A análise que confirmou a associação de Jezabel com o sinete, que é feito de opala e está repleto de desenhos e inscrições, foi feita por Marjo Korpel, especialista da Universidade de Utrecht. Com o trabalho de Korpel, que será publicado numa revista científica especializada em estudos lingüísticos, parece chegar ao fim um mistério de quatro décadas.

Isso porque já se suspeitava que o artefato, obtido nos anos 1960 por um arqueólogo israelense no mercado de antigüidades, tivesse pertencido a Jezabel. Mas havia um problema bizarro: o suposto nome da rainha, gravado na opala, estava escrito errado - o que levou muita gente a achar que se tratasse de uma outra pessoa, embora de nome parecido.

Com paciência de detetive, Korpel analisou o sinete e o comparou com outros objetos do mesmo tipo e da mesma época, ou seja, produzidos por volta do ano 850 a.C., quando viveram Jezabel e seu marido Acabe, rei de Israel. Pela distribuição das letras e pela presença de uma pequena área quebrada no objeto, a pesquisadora holandesa estimou que originalmente havia mais duas letras hebraicas no sinete - o suficiente para "corrigir" o nome de Jezabel.

Além disso, o objeto era muito maior que os outros da mesma época e repleto de símbolos associados à realeza e ao sexo feminino, como uma esfinge com coroa de rainha, serpentes e falcões. Para Morjen, tudo isso torna altíssima a probabilidade de que o sinete realmente tenha pertencido a Jezabel.

Jezabel (de origem fenícia, segundo a Bíblia) e seu marido Acabe reinaram numa época em que o antigo reino israelita estava dividido em duas partes rivais: Judá, no sul, cuja capital era Jerusalém e cujo povo deu origem aos atuais judeus; e Israel, no norte, onde o casal governava e cuja capital era Samaria.

No Primeiro Livro dos Reis, na Bíblia, Jezabel é retratada como uma mulher corrupta, que faz os habitantes de Israel adorarem deuses pagãos, como o deus da chuva Baal, tentou exterminar todos os profetas de Deus, incluindo o o profeta Elias (certamente o seu maior rival), e e ainda induz seu marido Acabe a tomar injustamente as terras de seus súditos. Juízos de valor à parte, o sinete parece mostrar que a rainha de fato era muito influente: ele era usado para ratificar documentos, o que significa que ela podia "despachar" por conta própria em seu palácio.

FONTE


http://www.internautascristaos.com.br/forum/15-criacionismo-biologia-cosmologia-e-afins/7290-arqueologia-biblica

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Suor de Sangue


"E posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão". (Lucas 22:44)

Encontramos em Lucas 22:44 a referência, para alguns estranha, de que Jesus suou sangue. Existem muitas pessoas que interpretam essa colocação como uma metáfora, sendo o termo "como grandes gotas de sangue" em sentido figurado.

Mas...E se isso foi literal? E se Jesus tiver suado sangue mesmo?

Na realidade, existe sim a possibilidade de alguém suar sangue. E isso, segundo a medicina, tem até nome: hematidrose.

Trata-se de um fenômeno raríssimo, que é produzido só em condições excepcionais. Porém, é fato que muitos duvidam da possibilidade de uma pessoa "suar sangue" quando submetido a stress intenso. Só que o mais interessante é que poucos duvidam que uma pessoa pode morrer em conseqüência de um stress intenso. Isto acontece porque a morte causado por stress é bem mais comum do que o ato de suar sangue. Porém, nesta situação extrema, pequenos vasos sangüíneos que estão sob as glândulas sudoríparas podem se romper e o sangue sair pelos poros do corpo junto com o suor.

Para provocar a hematidrose é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. E o terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens sem dúvida devem ter esmagado Jesus, afinal é declarado diversas vezes na Bíblia que em tudo Ele se fez homem.

Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

É interessante notarmos, aliás, que o único evangelista que relata esse fato é Lucas, que era médico...

Contudo, devemos ter em mente o motivo principal que angustiou Jesus, a ponto de fazê-lo suar sangue. Ele sabia que a hora dele se aproximava, e também a dor terrível que pagaria pelos nossos pecados. Sim, pelos meus e pelos seus pecados. Mas por quê Ele faria isso, sabendo da dor que teria que passar? O próprio Jesus responde a essa pergunta:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." - João 3:16,17

FONTE:

http://regismesquita.sites.uol.com.br/trintaum.htm

http://www.dannybia.com/danny/msg/j/jesus_chorou_relato_cirurgiao.htm

Por Trás do Criacionismo da Terra Jovem 6: A Verdade sobre as Fraudes















É extremamente comum em sites criacionistas e em palestras do mesmo as "fraudes" que supostamente foram feitas para provar a autenticidade da evolução biológica. As três principais fraudes mencionadas pelos Criacionistas da Terra Jovem são as que se referem ao Homem de Piltdown, o Homem de Nebraska e o Archaeoraptor.

Sim, realmente nos três casos foram constatados fraudes. Então o que tem de errado nas argumentações? Acontece que a verdadeira história dessas fraudes sempre é ocultada pelos criacionistas... Por isso, abaixo iremos conhecer as verdades sobre as fraudes mencionadas.


TUDO POR DINHEIRO...
"O homem de Piltdown, uma referencia nos livros de ciência e museus durane anos acabou desmascarado como fraude." É isso o que geralmente vemos em referências criacionistas ao Homem de Piltdown. Essa fraude, que ocorreu há décadas atrás, é mencionada como se ela invalidasse todos os fósseis que já foram encontrados até hoje.

Mas a realidade não é bem essa, pois fraudes ocorrem em qualquer área de conhecimento. Mas foi o método científico que permitiu descobrir que o Homem de Piltdown se tratava de uma montagem de um crânio humano com o maxilar de um orangotango. Quer dizer, os próprios evolucionistas detectaram a fraude. Mas não é só isso...

Piltdown, antes de ser desmascarado pela ciência como fraude, não era aceito com unanimidade pela comunidade científica. Na verdade, ele foi uma "pedra no sapato", pois ele não se encaixava na teoria da evolução. (é claro, era um híbrido inventado com partes de ossos modernos). Isso significa que o Homem de Piltdown não comprovaria a evolução biológica, mas, fazia o contrário.
Ele foi aceito por muitos apenas por ser um achado fabuloso para a época, o que é uma fraqueza humana, a qual todos nós estamos sujeitos. A mídia, por exemplo, investiu muito nisso.

A fraude durou por quarenta anos, gerando muita polêmica, pois seus grandes descobridores, Charles Dawson e Arthur Smith Woodward, proibiram o acesso a análises científicas todo esse tempo, deixando o crânio fora do alcance de todos, dentro do Museu Britânico. Somente quando eles morreram, Piltdown foi desmascarado como a fraude que era: uma montagem bem feita só para ganhar dinheiro. Vale ressaltar, desmascarado por cientistas, graças ao método científico.

E o pior de tudo e que nenhum Criacionista da Terra Jovem fala: os perpetradores da fraude eram criacionistas!

Descobrir um erro não invalida o método científico, muito pelo contrário, ele apenas o fortalece. Assim sabemos que podemos confiar na ciência, pois ela se corrige, se aprimora, e se fiscaliza.

Interessante notar que, após Piltdown ser descoberto como forjado, nenhum cientista jamais o citou como verdadeiro. No entanto, muitos criacionistas continuamente citam fraudes, não importando quantas vezes elas já foram desmascaradas, como as pegadas de humanos e dinossauros em Paluxy, esqueletos de gigantes, descoberta da Arca de Noé, Darwin se arrepender no leito de morte, citações de cientistas fora de contexto, etc.


OS DENTES SUSPEITOS

Se você já leu artigos ou já assistiu palestras criacionistas, talvez já deve ter ouvido uma argumentaçã semelhante á essa, relacionada ao Homem de Nebraska:


"De um dente, montaram a mandíbula. Da mandíbula, montaram o crânio. Do crânio, montaram o esqueleto. Do esqueleto, fizeram pele, cabelo e até a sua namorada ou esposa (agachada no desenho). Fizeram a famosa exposição sobre a evolução em Dayton, Tennessee, chamada de Scopes Trial, quando o Homem de Nebraska foi apresentado como prova incontestável da evolução. Quando William Jennings Bryan protestou contra os argumentos apresentados e pela insuficiência, riram-se dele ridicularizando-o. Em 1927 descobriram a fraude: O dente era de um porco chamado Peccary." - http://www.baptistlink.com/creationists/pilt.htm


O desenho mencionado no artigo você pode ver abaixo:



















No entanto, a história não é bem assim...

O dente não foi considerado como evidência por muitos cientistas. A maioria deles na verdade eram céticos quanto à descoberta (diferente de como os Criacionistas da Terra Jovem querem fazer parecer).

O próprio Henry Fairfield Osborn, paleontólogo que descreveu o dente, estava em dúvidas o dente pertencia aos hominídeos ou a outra espécie de primata:

“Até estarmos mais seguros quanto a arcada dentária, ou partes do crânio, ou do esqueleto, não podemos estar certos se o Hesperopithecus pertence aos Simiidae ou aos Hominidae.” (Osborn 1922)

Até a respeito do desenho do Homem de Nebraska a história é diferente... Esse desenho foi feito por uma revista de cunho popular, tipo Superinteressante ou Veja, e não foi nem jamais teve intenção de ser cientificamente correta. Tal desenho jamais foi publicado em trabalhos científicos.

Até Osborn se espantou ao ver o desenho, e disse que:

“Tal desenho ou ‘reconstrução’ seria com certeza apenas proveniente da imaginação humana, sem valor científico nenhum, e com certeza impreciso” (Wolf and Mellett 1985)

A alegação de que o Homem de Nebraska foi usado no Scopes “Monkey” Trial é mentirosa. Os criacionistas que mostrem as transcrições do julgamento se quiserem provar isso.

Contudo, o Homem de Nebraska foi um exemplo de ciência funcionando bem. Uma descoberta intrigante foi encontrada, podendo ter várias implicações. A descoberta foi anunciada e vários outros experts a analisaram. Cientistas de início eram céticos. Mais evidências foram encontradas, e a conclusão foi que a interpretação inicial estava errada. Finalmente, a retratação foi publicada.

UM QUE ERA DOIS


Por último, resta o caso do dinossauro Archaeoraptor. Segundo os Criacionistas da Terra Jovem, o Archaeoraptor foi considerado como um transicional entre dinossauros e aves, mas foi revelado como uma fraude, um composto com o corpo de ave com a cauda de um dinossauro.

Porém, a verdade é que o Archaeoraptor não é exatamente o que pode se chamar de uma fraude científica. Ele foi montado por um caçador de fósseis chinês que o descobriu. As partes foram montadas para fazer o fóssil mais valioso para colecionadores, não para pesquisadores. Talvez o seu descobridor sequer sabia que eram de fósseis diferentes (Simons 2000).

O Archaeoraptor foi publicado em revistas populares, não em jornais com peer-review. O autor do artigo principal foi o diretor de arte da revista National Geographic, não um cientista. Ambas Nature e Science rejeitaram os artigos descrevendo-o, alegando suspeitas de que ele foi forjado e ilegalmente contrabandeado (Dalton 2000; Simons 2000).

Procedimentos científicos naturais foram mantidos em todos os seus padrões normais de rigor, até ser revelado como fraude, pela própria ciência, diga-se de passagem.

Vale lembrar que as duas metades do Archaeoraptor (Yanornis martini, o corpo, e Microraptor zhaoianus, a cauda), são fósseis valiosos por si só e estão relacionados á transição dinossauro - ave (Rowe et al. 2001; Xu et al. 2000; Zhou et al. 2002).


CONCLUSÃO


Não tem mais muito o que ser dito sobre isso. Novamente e infelizmente, vemos criacionistas, pessoas que crêem no Deus Verdadeiro, dando mau testemunho ao tentar encaixar as evidências num paradigma que nem é exatamente bíblico, lançando mão, desonestamente, de inverdades declaradas. É lamentável ter que admitir, mas essa é a realidade...

Novamente então, fica a pergunta: É certo provar a Verdade (Bíblia) por meio de mentiras?


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Dinossauros na Arca de Noé? (parte 3)

[PÁGINA ATUALIZADA EM 20/07/2012 ÁS 10:04]

De acordo com tudo o que já vimos anteriormente, parece que os dinossauros não foram contemporâneos ao homem. Contudo, ainda existem argumentos em favor da coexistência entre humanos e dinossauros. Que tal analisarmos esses argumentos?



ERRO NO CRESCIMENTO


Existiram espécies imensas de dinossauros. Alguns, como o Brachiosaurus, pesavam cerca de 80 toneladas. Certamente um casal desse animal não caberia na arca... Mas afinal de contas, o que o Criacionismo da Terra Jovem tem a nos dizer sobre isso?

Como sabe-se pelas medidas da Arca que a Bíblia nos fornece em Gênesis, as dimensões dela eram gigantescas. Calcula-se que nela caberiam 520 vagões de um comboio. Nela caberiam cerca de 40.000 animais. E, logicamente, girafas, elefantes, e outros grandes animais. E de acordo com os criacionistas, há uma explicação "plausível"... Veja o argumento utilizado nessa questão pelo artigo "Dinossauros: a Ciência e a Bíblia face a face":

"Os dinossauros cresciam sempre(...). Os homens crescem até aos 20/30 anos. Então, pára o crescimento. Mas os dinossauros cresciam sempre! Ora, Deus trouxe para a Arca somente os pares que pudessem "povoar a terra e nela se multiplicarem" (Gên. 8:17). Deste modo, os enormes dinossauros não entraram na Arca - eles seriam "avós" e não se podiam reproduzir. Mas, em contrapartida, entraram os jovens dinossauros - mais pequenos, é verdade, mas dinossauros." - Confira a matéria toda aqui.

Acontece que esse argumento possui um grande defeito. Observe:

"Os homens crescem até aos 20/30 anos. Então, pára o crescimento. Mas os dinossauros cresciam sempre!"

Mentira absoluta. Os répteis crescem sem parar, isso é verdade, mas não podemos dizer o mesmo dos dinossauros, que segundo recentes análises, eram animais de sangue quente. Aliás, está comprovado o contrário...

O cientista Anusuya Chinsamy-Turan, da Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, descobriu que o sauropodomorfo Massospondylus, por exemplo, levava 15 anos para atingir um comprimento de 2 a 3 metros. Erickson e Tatanya A. Tumanova, do Instituto Paleontológico de Moscou, descobriram que o pequeno marginocéfalo Psittacosaurus amadurecia com 13 a 15 anos de idade. E foi calculado que o ornitópode bico-de-pato Maiasaura (imagem ao lado) chegava à idade adulta com 7 ou 8 anos, idade na qual já tinha 7 metros de comprimento. No entanto, os saurópodes gigantes ultrapassam todos os outros: Martin Sander, da Universidade de Bonn, na Alemanha, descobriu que o Janenschia atingia a maturidade com cerca de 11 anos, embora continuasse a crescer substancialmente depois disso. Frédérique Rimblot-Baly e seus colegas na Universidade de Paris VII determinaram que o Lapparentosaurus chegava a seu tamanho máximo antes dos 20 anos de idade. Kristina Curry Rogers, do Museu de Ciência de Minnesota descobriu que o Apatosaurus amadurecia em oito a dez anos - com um ganho de peso anual de quase 5.500 kg!

Ou seja, o argumento apresentado, de que entraram os mais jovens, não pode ser sustentado, pois os dinossauros cresciam demasiadamente rápido (lembre-se que Noé foi advertido sobre o dilúvio 120 anos antes do mesmo e que levando em conta o numero de espécies que entraram na arca calcula-se que demorou muito tempo para, de dois em dois, os animais entrarem.) e cresciam até um certo ponto, depois paravam de crescer.

Tomemos como exemplo, para entender o problema do argumento, o dinossauro Apatosaurus, que amadurecia em oito a dez anos - com um ganho de peso anual de quase 5.500 kg. leve em conta três fatos:

- O apatosaurus era um dos muitos gêneros de saurópodes que existiram;
- Os diplodocidae, família do Apatosaurus, não eram tão pesados como os Titanosauridae e Brachiosauridae, que oscilavam entre 80 e 100 toneladas;
- O dilúvio durou um ano, segundo a Bíblia, mas bem antes disso Noé teve que levar os animais pra arca, e as estimativas indicam que pode ter demorado mais ou menos 1 ano para todos os animais entrarem.

Agora, consideremos: Se a cada ano o Apatosaurus aumentava em 5 toneladas - algo perto do peso do elefante -(sendo que haviam saurópodes mais pesados como ele),quantas toneladas, juntos, os vários saurópodes (Brachiosaurus, Jobaria, etc) teriam juntos do tempo em que entraram e saíram da arca? A arca suportaria tantas toneladas assim?



MAIS PROBLEMAS...


Os problemas de se admitir os dinossauros e outros seres pré-históricos como sendo contemporâneos não param aí. Existe alguns problemas acerca dessa visão que não podem simplesmente ser ignorados:

- Calcula-se que se pegássemos toda a fauna pré-histórica que hoje é documentada pelo registro fóssil e fizéssemos que ela vivesse toda numa mesma época, como afirmam os Criacionistas da Terra Jovem, não haveria quase espaço no planeta, tanto na terra seca quanto nos oceanos.

- Algumas espécies de dinossauros são encontradas somente em rochas de determinado período. Um bom exemplo é a família Ankylosauridae, cujos fósseis só são encontrados em rochas do Período Cretáceo. Se a geocronologia estivesse errada e os dinossauros fossem contemporâneos, casos como esse não deveriam acontecer.

Concluímos, então, pela arqueologia e pela paleontologia, que os dinossauros não foram contemporâneos ao homem, ou seja, não viveram no tempo do Dilúvio. Como pode ser visto aqui, existem evidências do dilúvio de Gênesis, no entanto, tudo indica que os dinossauros viveram milhões de anos antes de Noé (como aceitar os milhões de anos sob a ótica bíblica? Confira aqui).

Mas isso não quer dizer que não haja menção bíblica dos dinossauros...



OS "TANNIYNS"


Não existe menção bíblica nenhuma de que Saurísquios e Ornitísquios entraram na Arca de Noé, nem que humanos e dinossauros coexistiram. Porém, na realidade, a Bíblia menciona sim os dinossauros, apesar de jamais haver usado a palavra “dinossauro” (que foi criada pelo cientista Richard Owen). Ao invés disso, usa a palavra tanniyn, vinda do Hebraico. Tanniyn é traduzida de algumas poucas maneiras diferentes nas Bíblias de língua inglesa; às vezes como “monstro do mar”, às vezes como “serpente”. É mais comumente traduzida como “dragão”. Tanniyn parece ter sido algum tipo de réptil gigante. Estas criaturas são mencionadas quase trinta vezes no Antigo Testamento e são encontradas tanto em terra quanto no mar. Possivelmente esse termo, então, pode descrever:

- Ou dragões cuspidores de fogo, que alguns cientistas acreditam que tenha existido;

- Ou a animais que os hebreus só conheciam pelas ossadas fósseis encontradas, mas que nos tempos da Criação foram criaturas que dominaram em absoluto em seu tempo.

Vale lembrar que, segundo a Bíblia, os Tanniyns foram criados no 5º dia, juntamente com as aves e peixes atuais (Gênesis 1:21 parte "a" diz: "E Deus criou os grandes monstros do mar [Tanniyns]). Coincidência ou não, foi na Era Mesozóica (a Era dos Dinossauros) que as categorias de aves e categorias de peixes atuais surgiram.


Além de mencionar estes répteis gigantes quase trinta vezes no Antigo Testamento, a Bíblia descreve algumas criaturas de tal modo que alguns estudiosos acreditam que poderiam estar descrevendo dinossauros. Behemoth é descrito como a mais poderosa de todas as criaturas de Deus, um gigante cuja cauda é comparada à árvore de cedro ( 40:15 em diante). Alguns estudiosos tentaram identificar Behemoth como um elefante ou hipopótamo. Outros dizem que tanto elefantes quanto hipopótamos têm caudas muito finas, nada que se possa comparar ao cedro. Porém, as únicas criaturas corpulentas que possuíram a cauda longa e forte como o cedro são os sauropodomorfos pertencentes á família Diplodocidae. Um exemplo clássico de dinossauro dessa família é o Diplodocus (imagem acima), de 27 metros de comprimento e cauda tão longa que era utilizada como um potente chicote.

Mas, então, isso quer dizer que viu um Diplodocus? Não exatamente... O fato é que quem faz a descrição desse sauropodomorfo não é , mas sim Deus. O Criador pode ter mostrado esse dinossauro em visão para Jó, por isso o relato começa dizendo, no verso 15: "Contempla o Behemoth, que eu fiz contigo". Atente também para a "ironia" na frase "que eu fiz contigo": o sentido da ironia aumenta ainda mais se estiver se tratando de um animal que só conheceria por ossadas encontradas ou em visão, e que viveu há 140 milhões de anos...

O Leviathan, descrito no capítulo 41 do mesmo livro, também foi descrito por Deus, mas nesse caso o animal parece ser conhecido pelo patriarca. Dinossauro vivo? Não, pois o Leviathan não possuía características nem de dinossauro e nem de plessiossauro. As características do Leviathan apontam apenas para dois animais: 1 -  Os dragões cuspidores de fogo, lendários em várias culturas, inclusive na Medieval. Segundo alguns estudos recentes, é bem provável que esses dragões tenham realmente existido, dado a forma que são descritos nas mais diversas culturas e a possibilidade já comprovada de existir um animal com tais características. 2 - O mosassauro (um lagarto-monitor marinho gigantesco com um corpo esguio), que existiu na pré-história mas, segundo relatos de pescadores ao longo da história, pode ser que tenha convivido com o homem em tempos antigos, mesmo ainda não tendo sido encontrado um fóssil recente dessa criatura.

Finalizando, a última menção de um dinossauro encontra-se no livro de Daniel.


DINOSSAURO EM PROFECIA?


Em Daniel 7, o profeta tem a visão de quatro animais (representando quatro reinados): um similar a um leão (mas com asas), outro similar a um urso (com 7 costelas na boca), outro similar a um leopardo (mas com quatro cabeças), e um último que Daniel não soube dizer com o que se parecia. Observe a descrição desse quarto animal: Vi ainda um quarto animal, aterrorizante, assustador e muito poderoso. Tinha grandes dentes de ferro, com os quais despedaçava e devorava suas vitimas e pisoteava tudo o que sobrava. Era diferente de todos os outros animais”. Daniel, 7:7 e 19.

Os outros três animais foram embasados, por Deus, em três animais que realmente existiram e existem: o leão, o urso e o leopardo. Ora, sendo assim, é de se esperar que o 4º animal também tivesse existido. Vejamos as características desse 4º animal:

- Daniel nunca viu nada parecido com ele;

- Era medonho e assustador;
- Possuía chifres e/ou espinhos;
- Possuía "dentes de ferro" com os quais dilacerava as vítimas;

- Pisoteava tudo o que sobrava, ou seja, usava os seus pés também como arma.

O único animal que alguma vez já caminhou sobre a Terra que reúne todas as características acima é um terópode chamado Carnotaurus sastrei.

Ele tinha um focinho curto, como o do buldogue, mas tinha sua boca recheada de dentes afiados, de modo que não se parecia com nada que hoje existe; parecia-se apenas com o que era: um dinossauro. Visto de frente, a sua aparência, na realidade, ficava mais esquisita ainda (observe ele de frente na imagem ao lado). Acima dos olhos tinha dois chifres parecidos com asas (daí seu nome, que quer dizer “touro carnívoro”), e ainda possuía uma série de calombos pelas costas. Entretanto, seus braços eram totalmente atrofiados e praticamente inarticulados, não serviam para nada, sendo apenas “úteis” as garras afiadas nos pés. Nenhum ser humano jamais o viu: ele teria vivido há 100 milhões de anos, na Patagônia, Argentina. Todas essas características, sem dúvida, identificam o Carnotaurus como o animal representado simbolicamente na visão de Daniel (o que essa visão representa, de forma sintetizada? Confira aqui).

É interessante notarmos que tanto o Behemoth quanto o 4º animal são criaturas que nenhum homem viu de perto, e a forma que são descritos os seres na Bíblia parece que o autor os viu vivos. Isso é mais uma prova da autenticidade bíblica, pois como haveria a descrição perfeita de características de animais pré-históricos, se não fosse o Criador para trazer essas descrições á tona?

E a pergunta que não quer calar: Como e por quê os dinossauros se extinguiram? Confira aqui.

CONCLUSÃO


Definitivamente, nós podemos concluir que a Bíblia trata, sim, do tema "dinossauros", porém, não existem passagens bíblicas que digam com todas as palavras que os dinossauros coexistiram com humanos ou que eles entraram na Arca de Noé, ou mesmo que pereceram no dilúvio. Tal argumento, que seria o único modo de explicar os dinossauros em uma Terra de supostos 6 mil anos, não é sustentado nem pela Bíblia, nem pela paleontologia e nem pela arqueologia.

Contudo, podemos concluir também que, mais uma vez, a Bíblia está de acordo com as evidências científicas; por isso diz-se que ela continua atual. Isso não quer dizer que a Bíblia seja um compêndio científico (também porque não é), mas quer dizer que, verdadeiramente, ela contém relatos e menções que coincidem inclusive com as mais recentes descobertas científicas. Ao que parece, então, as palavras do químico Lowis Pasteur, pai da microbiologia, parecem fazer um certo sentido:

"Pouca ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima".

domingo, 23 de janeiro de 2011

Por Trás do Criacionismo da Terra Jovem 5: imprecisão na datação?

É constante a alegação criacionista de que os métodos de datação são imprecisos. No entanto, seria isso verdade?
Um artigo retirado do Ceticismo. net, mesmo vindo de um site não-cristão, explica bem a questão (atente para isso: um site não cristão refutando uma afirmação feita por cristãos... ou seja, estariam eles sendo "Sal da Terra" ou "Sal Insípido"?). Confira:

"Os métodos de datação, assim como quaisquer ferramentas, possuem suas aplicações específicas e suas limitações. Uma ferramenta pode ser mal usada, podendo fornecer medições imprecisas se for mal empregada. Se o método é mal utilizado, obviamente a culpa não é do método, e sim da pessoa que o executou inadequadamente.

Por exemplo, o método de datação por carbono 14, ao contrário do que muitos criacionistas pensam, não é usado para datar fósseis. Como sua meia-vida é de 5.730 anos, ele não é o mais apropriado para datar além de cerca de 50.000 anos. É como usar uma régua para medir a distância entre Curitiba e Florianópolis. Ele também só serve para datar estruturas orgânicas, e não rochas e fósseis.

Outro problema freqüentemente citado por criacionistas é o da contaminação. E esse é um problema real, que pode trazer resultados imprecisos. O que os criacionistas não dizem é que os cientistas estão cientes disso, e conhecem formas de descobrir e evitar amostras contaminadas.

Ao examinar o contexto geológico de onde as amostras são retiradas, eles podem experimentar diferentes técnicas em diferentes minerais sujeitos a diferentes condições, para determinar quais técnicas, minerais e condições são válidas e quais não são. Por exemplo, se há suspeita de contaminação de argônio, melhor utilizar o método urânio-chumbo. Agora, se pode ter havido contaminação de chumbo, usa-se o potássio-argônio. Muitos dos casos que os criacionistas alegam ser discordantes e imprecisos são na verdade resultados de experimentos que usaram os métodos de forma errada, por desconhecimento ou por desonestidade mesmo.

O que é importante lembrar é que medições independentes, feitos por métodos radiométricos diferentes e por profissionais diferentes, dão resultados consistentes (Dalrymple 2000; Lindsay 1999; Meert 2000). Tais resultados não podem ser explicados por simples acaso, nem por um mesmo erro em todos eles.

Para finalizar, datações radiométricas são consistentes com outros métodos de datação não-radiométricos, por exemplo:

· As ilhas do arquipélago do Havaí estão se movendo lentamente sobre um bolsão de lava quente subterrâneo, e seu movimento pode ser medido via satélite. Datações radiométricas são consistentes com a ordem e taxa de movimento delas sobre a lava (Rubin 2001).;

· As datações radiométricas são consistentes com os ciclos Milankovitch, que dependem exclusivamente de fatores astronômicos, como a precessão da Terra e a excentricidade orbital (Hilgen et al. 1997);

· As datações radiométricas são consistentes com o método de datação por luminescência (Thompson n.d.; Thorne et al. 1999);

· As datações por carbono 14 são consistentes com objetos orgânicos que tenham datas conhecidas, como tumbas de faraós e troncos de árvores centenárias, ao se contar os anéis de crescimento."É claro que isso não quer dizer que o Gênesis não é factual. A Terra ter milhões de anos não exclui a narrativa de Gênesis de modo algum, como você pode ver aqui.

No entanto, retorno a pergunta: fazendo com que os cientistas ateus pareçam mais "sinceros" em seus argumentos, o Criacionismo da Terra Jovem está sendo "Sal da Terra" ou um mero "Sal Insípido"...

Algo precisa ser revisto...

Dinossauros na Arca de Noé? (parte 2)

Continuemos a nossa análise para averiguar se faz sentido a teoria de que os dinossauros foram contemporâneos.

Bom, para se ter evidência de que os dinossauros viveram no tempo do dilúvio bíblico, a datação radiométrica tem que estar errada. No entanto, a realidade é outra, como pode ser visto aqui.

Mas o que dizer das evidências arqueológicas de esculturas e pinturas de dinossauros? Ou melhor: isso existe?? Segundo uma boa gama de Criacionistas da Terra Jovem, sim.


OS DINOSSAUROS DE ACAMBARO


A ciência não tem relato de fóssil de dino com menos de 65 milhões de anos. Outra evidência de coexistência entre as espécies seriam fósseis na mesma camada geológica, pegadas compartilhadas ou restos humanos dentro de fósseis dos répteis. Nada disso foi encontrado. Mas se encontrássemos evidências arqueológicas da convivência entre humanos e dinossauros, talvez as chances de os dinossauros não terem vivido milhões de anos, mas apenas alguns milhares, se tornariam maiores.

Essas evidências existem? São fieldignas?

Existe uma descoberta que incomodou alguns arqueólogos e laboratoristas e que ficou "esquecida" por mais de 40 anos. As figuras de Acambaro são uma coleção de mais de 32 mil peças encontradas em Acambaro, no estado de Guanajuato, México, por Waldemar Julsrud. Essas estatuetas parecem representar dinossauros e outro animais da Era Mesozóica e pessoas de culturas do velho continente. Determinações não oficiais de carbono 14 estimam sua idade em 6000 anos.

Dado que lembram dinossauros, as figuras são algumas vezes citadas como anacronismos - e como evidência não só de uma Terra Jovem, mas também de que os dinossauros foram contemporâneos do homem, no tempo do Diluvio de Noé.

Porém, muitos argumentos duvidando da autenticidade das peças foram levantados. A confirmação da validade de tais peças ficou a encargo de uma equipe da Universidade do Estado de Ohio. A equipe de peritos consistia no Dr. J.O. Everhart (o Presidente do Departamento de Engenharia Cerâmica), Dr Earle R Caley, (um dos arqueólogos químicos mais respeitados do mundo) e Dr Ernest G Ehlers (o mineralogista no departamento de geologia da universidade). Eles, ao analisar algumas peças, informaram que os artefatos não foram feitos em tempos modernos e que não foram feitos por algum amador. Estava confirmado a autenticidade das peças de Acambaro.

Como explicar isso, então? Existe uma explicação muito simples para isso, dado alguns detalhes que os Criacionistas da Terra Jovem deixam passar desapercebido: O povo de Acambaro deveria conhecer fósseis de dinossauros e tentou recriá-los através da arte, assim como os chineses fizeram com relação aos dragões. Sim, porque algumas recriações são incrivelmente parecidas com espécies do registro fóssil. porém, assim como há estatuetas exelentes, há outras totalmente desproporcionais, cujo tamanho do pescoço ou dos membros é inverossímil. Como exemplo, observe o aspecto real do saurpodomorfo Barosaurus e a "suposta" escultura de Acambaro. Note que há semelhanças mas as figuras esculpidas são desproporcionais (o Barosaurus tinha uma cauda bem longa e pescoço maior ainda, além de um corpo em forma de barril, o que não vemos nas figuras de Acambaro):
















Esses "erros" provavelmente são reflexo do modelo original - apenas fósseis de dinossauros.

Desvendado o "mistério" de Acambaro, vejamos agora outras "evidências" de dinossauros contemporâneos...

SITUAÇÃO COMPLICADA


Infelizmente para o Criacionismo da Terra Jovem, a maior parte do "resto das evidências" arqueológicas para dinossauros diluvianos possuem situação similar ás peças de Acambaro: ou são representações de fósseis que os antigos encontraram ou são verdadeiras farsas. Veremos agora os principais exemplos:

- As pedras de Ica

As pedras de Ica são uma coleção de pedras alegadamente descobertas numa caverna próxima de Ica, no Perú, nos anos 60. Elas vieram ao conhecimento de todos através do médico peruano Javier Cabrera. Entre outras coisas, elas contêm representações de dinossauros:

Ao que tudo indica, elas não são autênticas, pois o site criacionista Creation On The Web referem-se a elas como sendo fraudes. Por sua vez, o site criacionista CreationWiki defende a sua autenticidade. Quanto ao parecer da comunidade cientifica, atestam que se trata de "fraudes feitas por alguém que nem é perito na questão" (mais informações você encontra aqui).


- As pegadas do rio Paluxy

O episódio das pegadas de Paluxy refere-se ao facto de, supostamente, se terem encontrado, nos anos 60, pegadas humanas em cima de pegadas de dinossauros, nos Estados Unidos da América.

Segundo o que pode ser visto em sites criacionistas como o Institute for Creation Research e o Answers in Genesis, é quase certo que as supostas pegadas humanas não são, de todo, pegadas humanas.


Fora as farsas mostradas acima, o resto das pinturas antigas e esculturas representando monstros similares á dinossauros se deve pelo mesmo motivo das esculturas de Acambaro, ou seja, Exemplo de gravuras antigas baseadas em fósseis é a de uma que mostra um plessiossauro, achada na Austrália (nessa gravura dá para ver o desenho da espinha dorsal dele, indicando de onde a ilustração foi baseada), o Apatossauro das Américas (bem desproporcional) e o Estegossauro de Bornéu (que tem a cara de um rinoceronte indiano...)


DINOSSAURO OU MEGATÉRIO?


No entanto, existe um caso que é exceção, onde é mais provável que o animal representado foi visto vivo. Tal caso é de um desenho deixado numa caverna pela tribo Havasupai, que viveu na zona do atual estado norte-americano Arizona.

Em Discoveries Relating to Prehistoric Man by the Doheny Scientific Expedition in the Hava Supai Canyon, o evolucionista Samuel Hubbard diz: "O fato de o animal estar em pé e apoiado na sua cauda parece sugerir que o artista pré-histórico deve ter visto um vivo”.


A gravura é autêntica, mas representa mesmo um dinossauro? Na realidade, ao analisar a ilustração, poderemos ver que não se trata de um dinossauro, mas de uma criatura igualmente fascinante, que está hoje extinta mas conviveu com o homem: o Megatério ou Preguiça-Gigante. Esse mamífero realmente se erguia em pé apoiado em sua cauda, usando-a como um tripé (tal qual pode-se ver nitidamente na pintura), ao contrário dos dinossauros que, segundo o que atualmente sabemos, não usavam a cauda para esse fim, mas sim como um leme para equilibrar o peso do corpo), o que reforça que o animal foi visto vivo. Não é novidade: o Megatério data justamente da Era do Gelo! Compare a ilustração moderna de um Megatério, á esquerda, com a pintura rupestre aqui mencionada, á direita.
















Bem, o que podemos concluir após toda essa análise? Que nem esculturas que apresentam gravuras similares a dinossauros são falsas, mas, mesmo as autênticas não provam especificamente que dinossauros coexistiram com seres humanos, ou seja, a questão das miniaturas é neutra: pode ser que sim, pode ser que não.

Mas, justamente por isso, a questão continua em aberta: os dinossauros "participaram" do dilúvio de Noé?

A RESPOSTA PODE ESTAR NAS FEZES...

Não, você não leu errado. Uma das provas da antiguidade dos dinossauros com relação ao homem está no coprólito dos dinossauros, ou melhor, fezes fossilizadas. Na verdade, o estudo dos coprólitos poderia ser a chave para se provar que os dinossauros conviveram com humanos. O criacionismo, aliás, deveria investir no estudo de coprólitos também, e estou falando sério. Como assim?

Acontece que por meio de uma boa análise do coprólito de dinossauro conseguimos saber qual era a dieta do animal que o produziu. Não que existam outros métodos para se determinar a dieta, que aliás existem (Por exemplo: Plessiossauros com conchas de amonitas, moluscos da mesma era geológica, fossilizadas no estomago), mas o coprólito, por se fossilizar e ser datado como um outro fóssil qualquer (por isso não fede), pode fornecer um dado bem mais específico sobre isso. Sendo assim, se humanos, dinossauros e animais extintos e modernos viveram numa mesma época, deveríamos encontrar no coprólito de animais extintos evidência de dieta pré-diluviana, pois onde haviam angiospermas, algum bicho deve tê-las comido. Onde haviam flores e frutas haviam herbívoros para come-las. Mas é isso o que acontece?

Os criacionistas acusam os geólogos de raciocínio circular, alegando que eles determinam as datas de fósseis de acordo com a camada geológica em que se encontram, e depois determinam a idade da camada geológica baseando-se nos fósseis nela encontrados. Fezes fósseis, porém, viram o argumento criacionista de cabeça para baixo! O conteúdo de um coprólito, que pode ser utilizado na datação de rochas sedimentares, com sua característica única de refletir a fauna da mesma era geológica em que o animal que o defecou viveu! Por exemplo: Um fóssil de Apatossauro indica que a camada é do período Jurássico tardio, o que é confirmado por datação radiométrica dos sedimentos onde o fóssil foi encontrado, e depois uma avaliação de um coprólito encontrado na mesma camada sedimentar, que nem precisa ser obra do dito Apatossauro, confirma que a dieta alimentar de um dinossauro que viveu ali continha restos de plantas ou animais da mesma era geológica.

Fóssil >> Camada >> Conteúdo residual de coprólitos.

Bastaria encontrar um osso de canino nas fezes de um Tiranossauro rex para provar que dinossauros e cães foram contemporâneos! Bastaria encontrar sementes de girassol nas fezes de um Estegossauro para provar que dinossauros e plantas modernas coexistiram. Bastaria encontrar ossos de golfinho nas fezes de um Pleissiossauro para provar que sauropterígeos marinhos extintos e cetáceos modernos coexistiram.

Onde estão os fragmentos de ossos humanos nas fezes de Tiranossauros? Onde estão as sementes de maracujá nas fezes de Tricerátops? Onde estão os restos de atum nas fezes de Ictiossauro?

Agora, se os dinossauros são contemporâneos e os métodos de datação são uma farsa, porque os conteúdos dos coprólitos (fezes fósseis) de animais extintos consistentemente refletem a fauna das mesmas eras geológicas em que são encontrados, sem exceção?

Infelizmente para os criacionistas, os coprólitos são uma evidencia clara das dietas dos animais extintos em suas respectivas eras geológicas. Isso é verificável em cada coprólito já coletado e pesquisado. Não espere encontrar um coprólito com restos de animais ou plantas de eras geológicas diferentes da camada sedimentar onde o coprólito foi encontrado. Tal simplesmente não ocorre.

Como foi dito antes, se apenas um coprólito fosse encontrado que provasse a contemporaneidade de animais de eras geológicas distintas, os criacionistas só teriam a lucrar com isto. Então porque os criacionistas não estão vasculhando coprólitos em busca de evidência geocronológica inconsistente? Porque não existem pesquisas criacionista sendo feita em cima de coprólitos?
(parte dessa análise a respeito do coprólito foi retirada desse site).

Mas os fatos ainda não acabaram...